Call of Duty: WWII

Quando o primeiro Call of Duty foi lançado em 2003, ele trouxe algumas novidades ao gênero FPS. Embora fosse situado na Segunda Guerra Mundial como o esquecido Medal of Honor, trazia uma experiência diferente com uma trama envolvente, batalhas em grande escala e companheiros de pelotão comandados pela inteligência artificial do jogo.

Ao longo dos anos, a franquia mudou um pouco o rumo e visitou outros períodos históricos, viajou para o futuro e até levou os jogadores para o espaço; o que não agradou aos fãs do jogo clássico. Numa tentativa de se redimir, a Sledgehammer resolveu voltar às origens com o Call of Duty: WWII que traz tudo o que já era muito bom no início da franquia mas de uma maneira ainda melhor.

A história de Call of Duty: WWII, como o próprio nome já menciona, é situada no período da segunda guerra. Você jogará na pele de Ronald Daniels, um soldado do Primeiro Pelotão de Infantaria que desembarca na praia da Normandia com o intuito de retirar a França do poder Nazista e seguir caminho até o rio Reno, dando fim ao confronto. Daniels embarcará nessa jornada com seus companheiros de pelotão que o ajudaram durante todo o jogo.

Como de costume, o modo campanha de Call of Duty não traz apenas uma história interessante, mas também uma aventura no melhor estilo cinematográfico. A campanha do jogo é dividida em 11 missões dando um ar episódico que faz com que a série Band of Brothers seja lembrada. Para quem assistiu à série, alguns momentos da mesma são revividos aqui em grande estilo e emoção.

O único problema aqui é o tempo que ela dura. São em torno de 7 horas de ação ininterrupta com missões a serem concluídas. Embora o jogador visite momentos e batalhas marcantes durante o conflito, a história termina deixando-o com aquela vontade de ter mais duas ou três missões – não por acabar bruscamente (até porque a história é excelente do início ao fim), mas sim pois o jogo faz com que você queira jogá-lo mais e mais.

Embora os últimos jogos da franquia dividiram opiniões sobre sua jogabilidade e/ou história, nunca se contestou a sua apresentação gráfica. Em Call of Duty: WWII, os gráficos estão muito mais reais se comparados aos jogos anteriores. Em certos momentos, o verde da floresta passa um realismo absurdo ao jogador. O detalhamento dos locais do jogo também merece atenção. As cidades destruídas, a expressão dos personagens e a movimentação dos mesmos no campo de batalha, os veículos… Enfim, o jogo traz uma experiência visual impressionante.

E falando em realismo, os efeitos sonoros do jogo estão de deixar qualquer um de boca aberta. Como já mencionado, a campanha coloca o jogador em uma aventura cinematográfica e o som o envolve por completo.

Os desenvolvedores estão de parabéns pelo trabalho que tiveram com o barulho das armas, explosões, etc. O desembarque na praia da Normandia faz com que o jogador reviva a famosa cena do filme O Resgate do Soldado Ryan, tanto sonora quanto visualmente. Se houver a oportunidade de jogar Call of Duty: WWII em um sistema de audio 5.1, o faça, pois não se arrependerá com a imersão sonora que o jogo proporciona.

O jogo traz novidades interessantes na jogabilidade em praticamente todos os modos conhecidos. Desde o primeiro jogo da franquia, o jogador sempre tinha a ajuda de um companheiro em algumas missões ou de um pelotão que era comandado pela inteligência artificial. Embora ele estivesse ali, nenhum tipo de ordem ou comando poderia ser dado.

Em Call of Duty: WWII o jogador mais uma vez terá a ajuda de seu pelotão, mas poderá recorrer a ele caso esteja precisando de alguma coisa. Cada soldado do grupo é especialista em algum tipo de equipamento ou tática de guerra, possuindo habilidades que ajudarão o jogador. Caso necessite de granadas, munição, energia ou até mesmo suporte para encontrar seus inimigos, basta pedir apoio aos seus companheiros. Essas habilidades possuem um medidor e, uma vez requisitadas, serão recarregadas à medida que você elimina os inimigos.

Visto que a premissa do jogo é de colocar o jogador na pele de um soldado membro de um esquadrão, nada mais justo que fazer com que você realmente precise contar com a ajuda dos mesmos para conseguir sobreviver e atingir seus objetivos. Em certos momentos, você acaba sentindo-se totalmente dependente do soldado próximo de você.

Já no multiplayer, foi implantada uma área social chamada de Quartel General. Agora é possível adquirir certos equipamentos, melhorar sua mira, contatar o major e ter acesso a missões específicas, dentre outras opções, antes mesmo de começar a jogar os modos online. Entretanto, essa ideia fica perdida pelo fato de que é impossível interagir com outros jogadores aqui. A única interação ocorre em um combate de 1×1 em uma espécie de arena dentro do próprio quartel.

É possível escolher entre 5 tipos de divisões do exército para o seu personagem: Infantaria, Aviador, Expedicionário, Blindado e Montanha. Cada uma delas possui características distintas e armas próprias. Entretanto, caso o jogador ache mais agradável usar um tipo de armamento especifico de uma classe, mesmo estando em outra, é possível.

Uma das grandes novidades do multiplayer é o modo Guerra. Sempre no seu início há um vídeo introdutório, assim como no final um outro vídeo sobre a sua derrota e/ou vitória. Você e seus companheiros terão que trabalhar juntos para conquistar seus objetivos que serão os mais variados possíveis como, por exemplo, tomar ou defender um ponto específico, escoltar um comboio, explodir equipamentos, etc.

Além de divertido e interessante, esse modo faz com que você realmente se sinta parte de um grupo de soldados em busca da vitória, pois realmente será preciso trabalhar em equipe para ter sucesso. A interação é de suma importância fazendo com que o uso de um headset seja muito bem-vindo.

O famoso modo Zumbi está de volta e também trouxe novidades. Você fará parte de um grupo de operações especiais encarregado de recuperar obras de arte roubadas pelos Nazistas e, ao longo da operação, descobrir os planos de um cientista nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Seu plano consiste em criar um exército muito mais forte que, obviamente, seria usando os mortos como pelotão.

Depois de completar o prólogo e então embarcar na aventura, o jogador terá a possibilidade de escolher qual dos quatro personagens do grupo quer ser e qual classe de armamento considera mais interessante: ofensiva, controle, suporte ou médico.

Você terá que mais uma vez eliminar hordas de inimigos em um vilarejo alemão. Conforme elimina os mortos, o seu personagem vai adquirindo trancos que servem como moeda no modo. Com eles é possível comprar armas e equipamentos, ter acesso a novos locais do mapa e até mesmo melhorar o seu ataque.

Além das armas comuns do período em questão, armamentos produzidos pelos cientistas nazistas no jogo também podem ser comprados. Em certos locais do cenário, o jogador também poderá utilizar seus trancos para habilitar armadilhas para auxiliá-lo a eliminar os mortos.

Se há algo a ser dito sobre o modo Zumbi é o seu ritmo frenético. Conforme você vai avançando, as hordas ficam cada vez mais difíceis de serem eliminadas fazendo com que em certos momentos não saiba nem mesmo para que lado deva atirar. Jogar com outros jogadores online faz com que a experiência fique ainda melhor.

Veredito

Call of Duty: WWII é o jogo que os fãs da franquia estavam esperando há muito tempo. Com uma apresentação gráfica perfeita, efeitos sonoros execelentes, uma história bem desenvolvida, novo modo multiplayer e um modo zumbi cheio de ação, Call of Duty: WWII chega para se tornar um dos melhores FPS do ano.

Jogo analisado com código fornecido pela Activision.


 

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Call of Duty: WWII is the game that the fans of the franchise have been awaiting for a long time. With a perfect graphical presentation, excellent sound effects, a well developed story, a new multiplayer mode and the zombie mode full of action, Call of Duty: WWII arrives to become one of the best FPS of the year.


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