Banner of the Maid – The Oriental Pirate – Review

Ver DLC ser lançado tão próximo do lançamento de um jogo é (quase) sempre algo bastante positivo. Especialmente, conteúdo expandido a história de um jogo que já tinha na sua narrativa um dos seus pontos mais fortes e mais interessantes.

É exatamente isso que vemos acontecendo agora com Banner of the Maid, um ótimo RPG de Estratégia lançado há pouco mais de um mês para PlayStation 4 e que agora recebe a sua primeira expansão por meio de The Oriental Pirate. E, nada melhor para um jogo cheio de waifus históricas e um ótimo sistema de combate do que mais waifus e mais batalhas desafiadoras.

Se passando de forma paralela a campanha principal, The Oriental Pirate é acessível aos jogadores em qualquer ponto da história, desde que eles tenham acesso ao Malmaison Salon e, consequentemente, ao menu de missões secundárias, já que todos os capítulos do DLC são apresentados como missões extras nessa parte do jogo.

A história de The Oriental Pirate gira em torno de uma pirata oriental chamada Mu Zhiyun. Zhiyun foi enviada para a Europa por sua irmã mais velha com a missão de recuperar uma gema extremamente poderosa que caiu nas mãos de um mercador inglês e que é capaz de mudar totalmente os rumos do mundo.

Através de um acidente, Zhiyun acaba cruzando os caminhos de Pauline Bonaparte e, vendo os esforços dela contra os ingleses, resolve se juntar a Pauline como uma forma de conseguir mais informações sobre o paradeiro da gema. Assim, após completar a primeira missão do DLC, Zhiyun passa a poder ser utilizada nas missões normais do jogo sem qualquer problema (salvo pelo fato dela começar no nível 5 e, caso você já esteja mais avançado no jogo, vá precisar de um bom trabalho para evoluí-la).

Não há nada de muito diferente na forma como Zhiyun funciona em combate, visto que ela é, essencialmente, uma classe de artilharia, sendo mais forte contra infantaria e fraca contra soldados montados. Dito isso, ela é tratada como uma classe especial chamada Oriental Pirate, com equipamentos específicos e a habilidade que lhe dá uma chance de roubar equipamentos de inimigos ao derrotá-los.

Isso não significa que o conteúdo de The Oriental Pirate termina nesta primeira missão e em desbloquear a personagem. A partir daí, é possível dar seguimento a história de Zhiyun, vendo os esforços dela para obter informações de inimigos capturados usando uma técnica de piratas: os deixando bêbados.

Assim, Zhiyun passa então a extrair informações dos ingleses a medida que eles relembram acontecimentos do ponto de vista dos ingleses, dando ao jogador o comando das Maids do exército britânico e seus aliados em cada missão. Para evitar problemas com nível, os personagens sempre tem itens e níveis pré-definidos, fazendo com que o desafio realmente esteja em vencer as batalhas sem se preocupar com outros aspectos.

Com essa mudança, cada nova missão apresenta um desafio bem distinto ao jogador, já que você sempre está limitado a um determinado grupo de tropas, sem ter como usar seus soldados de costume. É uma maneira bem interessante de te fazer pensar com mais afinco cada nova missão, já que sempre se está lidando com situações completamente novas e personagens cujas habilidades você não estará tão familiarizado.

Essa estratégia não só serve para tornar o combate de cada nova missão mais interessante, mas é uma boa forma de expandir um pouco mais a mitologia por trás de Banner of the Maid. De várias formas, o jogo base já indicava o quanto o conceito por trás do jogo poderia ser expansivo, com a ideia de jóias que podem impactar o mundo e o quanto o poder das Maids é importante e que não estava restrito à França, pois a vontade de outros povos foi capaz de criar guerreiras poderosas em vários cantos da Europa.

The Oriental Pirate não só expande isso em direção à Ásia, mas é um bom lembrete de que, por mais que nós vejamos a história de um ponto de vista bem eurocêntrico (o que faz sentido neste caso, visto que a Revolução Francesa mudou profundamente o Ocidente), durante o mesmo período existiam guerreiros poderosos e forças influentes do outro lado do mundo, com seus próprios interesses e objetivos, capazes de fazer o que fosse necessário para alcançá-los.

Talvez a única coisa a se reclamar aqui é que o conteúdo não é realmente um motivo para se retornar à Banner of the Maid caso você já tenha terminado e platinado o jogo. No entanto, se você terminou e pretende rejogar no General Mode para conquistar a platina, talvez seja uma boa ideia considerar a aquisição do DLC, visto que as missões dele nessa dificuldade são ainda mais legais de se jogar.

DLC analisado no PS4 base com código fornecido pela CE-Asia.