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Atelier Firis: The Alchemist and the Mysterious Journey

Atelier Firis The Alchemist and the Misterious Journey é o segundo jogo na atual saga da série Atelier, que começou em Atelier Sophie. Atelier Firis tem algumas conexões com a história de Atelier Sophie, como personagens recorrentes e menções a alguns eventos de maneira bastante discreta o que deve agradar os que jogaram o título anterior. A trama principal é independente de Sophie e pode ser aproveitada mesmo sem jogar o título anterior.

Firis, a personagem principal, vive em uma cidade localizada dentro de uma montanha e completamente isolada do resto do mundo. Ela tem o desejo de sair da cidade e explorar o mundo exterior, que ela conhece apenas por meio de livros e pelas histórias de sua irmã que ocasionalmente sai da montanha para caçar. Felizmente para Firis, Sophie visita a cidade e a ensina conhecimentos básicos sobre alquimia, fazendo com que Firis torne-se mais capaz de sobreviver aos perigos do mundo exterior à montanha.

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Após alguns eventos, Firis e o líder da cidade chegam a um acordo: ela deve passar em um teste em uma cidade distante para tornar-se uma alquimista licenciada, isso dentro do período de um ano. Caso consiga, ela é livre para permanecer fora da montanha o tempo que desejar, mas se falhar, deverá permanecer na cidade. Assim começa a jornada de Firis para tornar-se uma alquimista e conseguir sua liberdade.

Ao contrário dos últimos jogos da série, Firis tem o limite de tempo de um ano para se concluir a história principal. É um período de tempo bastante leniente, mas que também coloca certa pressão sobre o jogador para que este não se ocupe demais com as inúmeras atividades opcionais. Após concluir a história principal, o jogador é livre para explorar o mundo da forma que bem entender, e este é um mundo absolutamente enorme para ser explorado.

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Atelier Firis é um jogo de mundo aberto com mapas enormes interconectados. Cada mapa é consideravelmente maior do que qualquer outro que já vi na série e contém inúmeros recursos para alquimia, monstros, tesouros, cavernas secretas, objetivos secundários e muito mais. Não é incomum descobrir um mapa novo e, de repente, aparecerem 50 novos objetivos opcionais que podem ser realizados. Devido ao tamanho e conteúdo descomunal de cada mapa, é impossível explorá-los completamente dentro do primeiro ano e muito dessa exploração fica reservada para depois de se concluir a história.

Cabe ao jogador decidir uma rota para chegar até a cidade onde o teste para licenciatura de alquimista será realizado e, portanto, minha experiência de jogo no primeiro ano pode ser drasticamente diferente de outros jogadores que optaram por outras rotas. Por exemplo, durante a jornada será necessário recolher, pelo menos, três recomendações de alquimistas já licenciados para que se possa realizar a inscrição no teste. Em minha jornada, consegui as três recomendações e foi perceptível que existiam muitas outras que eu poderia ter tentado. Ao chegar à última cidade, minha taxa de exploração era de cerca de 40%, e isso com muitas atividades opcionais ainda pendentes.

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Os novos mapas são possivelmente a maior evolução de Firis se comparado com o resto da série. Explorar cada um é sempre interessante por possuírem cidades, vilas, pontos de interesse, recursos únicos, inimigos variados e uma boa quantidade de segredos e atividades opcionais. Entrar num mapa novo pode revelar um novo clima, novos personagens, histórias paralelas e muito mais. Os mapas tornam a jornada e a exploração os aspectos mais agradáveis do jogo.

A alquimia em Firis é bastante similar aos sistemas vistos em Sophie, no entanto, existem algumas diferenças consideráveis que, francamente, não gostei muito e que explico mais adiante. Firis aprende novas receitas de alquimia realizando diferentes ações como usar itens em batalha, criar itens específicos, coletar uma quantia de um tipo de material, dentre outras. Basicamente, praticamente qualquer ação irá fornecer alguma espécie de progresso para se aprender uma nova receita e agora é possível aprendê-las utilizando “Idea Points”, que podem ser obtidos realizando objetivos opcionais. Uma vez aprendida a receita, basta coletar os ingredientes necessários e realizar a alquimia em si.

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De maneira bastante resumida, a alquimia é basicamente um quebra cabeças em que vários aspectos únicos de cada ingrediente e a sequência e forma na qual são inseridos no processo afetam drasticamente o produto final. O jogo faz um bom trabalho em explicar o básico ao jogador e permitir que o próprio explore seus sistemas, gradativamente incentivando o aprendizado. Alquimia continua sendo uma atividade viciante, pois não é incomum ficar vários minutos pensando na melhor combinação de ingredientes e como inseri-los para aproveitar o máximo de suas características.

Em jogos anteriores, existiam habilidades especiais que tornavam a alquimia ainda mais complexa, mas também mais recompensadora conforme o jogo avançava. Em Atelier Firis, essas habilidades ainda estão presentes, no entanto, ao invés de poderem ser aplicadas a todas as receitas, elas são individuais para cada receita. Conforme Firis cria o item de uma receita, ganha proficiência com ela e eventualmente permite-se utilizar algumas habilidades. Isso torna a alquimia menos recompensadora, especialmente no final do jogo, quando se obtém uma nova receita e não é possível utilizar todos os recursos que já está acostumado.

Outra leve decepção foi com o sistema de batalha, que foi ainda mais simplificado. As batalhas acontecem por turnos, sendo possível observar a ordem dos turnos de cada combatente. As ações possíveis de cada personagem consistem em atacar, utilizar habilidades próprias ou de seu equipamento, ou usar itens criados por Firis. Firis por si própria é bastante fraca e depende quase que exclusivamente dos itens da alquimia, o que é um contraste bem grande com jogos anteriores. Devido a essa fragilidade, outros personagens podem defender Firis de ataques inimigos, caso possuam uma quantia mínima da barra de assistência (barra esquerda da tela). Quando essa barra se enche, os personagens podem utilizar suas habilidades ou itens para desferir golpes em sequência e causar uma quantia considerável de dano.

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Os sistemas de batalha são simples demais, sendo que a grande maioria das batalhas não incentiva o uso de estratégia. A jornada possui inimigos difíceis que podem oferecer algum desafio, mas praticamente todos são opcionais e é necessária muita preparação para enfrentá-los, o que acaba atrapalhando o caminhar do primeiro ano. Felizmente, as batalhas não se tornam entediantes devido ao quão rápido são, levando poucos segundos para se derrotar um grupo de inimigos (ou para ser completamente destruído por um inimigo muito mais forte).

A história é algo simples e que não se desenvolve muito no decorrer da aventura. Firis e sua jornada são o grande foco do jogo, portanto, outros personagens acabam relegados a cenas opcionais e extremamente curtas para aprofundar um pouco suas caracterizações. Com exceção da irmã de Firis, nenhum personagem tem uma motivação forte para acompanhá-la em sua jornada, passando uma sensação que estão lá por conveniência do sistema de batalha. Existem vários personagens jogáveis, muitos dos quais não consegui “recrutar” na minha aventura inicial, mas nenhum se sobressaiu como personagem interessante para eu procurar por suas histórias únicas.

Veredito

Atelier Firis se destaca com seu mundo aberto e a sensação de aventura ao constantemente descobrir novas coisas em cada cenário, característica particularmente fraca em jogos anteriores. No entanto, mecanicamente Firis é mais fraco que seus predecessores, seja no combate, na história ou nos sistemas de alquimia. Os que gostam da complexidade mecânica dos jogos anteriores podem se desapontar com Firis, no entanto, aqueles que aceitarem o jogo como uma aventura e um título focado na exploração irão encontrar um vasto mundo cheio de surpresas para esse objetivo. 

 

Sobre a versão de Vita (escrito por José Viana)

Cabe ressaltar, também, a falta de qualidade da versão de PlayStation Vita. Diferentemente da versão de PlayStation 4, a versão de Vita sofre com quedas de framerate gravíssimas no início do jogo, e passa por variações gritantes de framerate pelo resto do jogo, que acaba distraindo o jogador em quase todos os momentos. Da mesma forma, os gráficos estão muito aquém até mesmo dos outros jogos da série na plataforma, e a dublagem tem baixa qualidade, como se tivesse sido comprimido até ficar distorcido. Vindo de uma versão decente com Atelier Sophie, a versão de PlayStation Vita do Atelier Firis consegue ser o pior jogo da Gust na plataforma em termos de performance e qualidade.

Jogo analisado com código fornecido pela Koei Tecmo.

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Veredito

75

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Veredict

Atelier Firis stands out for its open world and the sensation of being in an adventure where you keep discovering new things in each scenario. However, Firis lacks the more complex systems of its predecessors, either in combat or in alchemy or even in its story. Previous fans that liked that complexity can become disappointed with Firis, however, those that accept the game as an adventure and focus on exploring will find a vast world filled with surprises.