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Análise – Tom Clancy’s The Division 2

É triste quando desenvolvedores erram em um jogo e cometem o mesmo nos próximos títulos da mesma franquia. Felizmente para os amantes de The Division, os desenvolvedores fizeram um trabalho excelente ouvindo a comunidade que se dedicou por horas ao primeiro jogo e com The Division 2 mostra como críticas, sejam elas positivas ou não, são importantes. O resultado? Um jogo que se sobressai em praticamente todos os sentidos em relação ao anterior.

The Division 2 é uma sequência direto do primeiro jogo e a sua história se passa sete meses após a erradicação da pandemia. Em função dele, diversas cidades foram dizimadas e algumas até mesmo abandonadas pelos seus governantes. Isso levou a cidade de Washington a ficar à mercê de um novo grupo de terroristas que surgiram com o intuito de instalarem a sua própria ordem que originou uma guerra civil entre duas facções: Hyenas e True Sons.

Você então recebe um chamado da capital americana e parte em uma missão para entender o que realmente está acontecendo. Mais uma vez, os agentes da Divisão são necessários em virtude de seu treinamento excessivo para agir em momentos como esse.

Como Sua primeira missão, você deve retirar a Casa Branca do poder dos Hyenas e transformá-la em um posto de operações. A partir desse momento, você irá ter acesso a missões principais e secundárias, assim como também diversas outras atividades que surgirão ao longo do jogo.

Embora a história pareça interessante, ela acaba se mostrando muito rasa e nenhum pouco atrativa. Em diversos momentos você acaba simplesmente por nem saber o porquê de estar fazendo o que está fazendo em cada missão pelo simples fato de as peças não parecem encaixadas.

Somado a isso, as missões secundárias são muito semelhantes e lembram em muito as principais, tendo como grande diferença o tempo menor que é dedicado para completa-las. Entretanto, caminhar pela cidade fará com que você descubra outras missões secundárias, destrua sinais de rádio, não deixe que civis sejam executados, etc… The Division 2 possui um vasto número de coisas pequenas ou grandes missões a serem cumpridas.

Outro ponto estranho sobre a história está relacionado às cutscenes. Ao terminar algumas missões principais, você irá assistir a vídeos que somam à história e tentam fazer com que o jogador entenda mais sobre o que está se passando na capital americana. Entretanto, o seu personagem aparece mudo em todos os vídeos do início ao fim.

É no mínimo estranho, pois você é até mesmo xingado, participa de discussões e elaboração de planos sem esboçar nenhum tipo de reação. Pelo menos uma linha ou duas de diálogo para o personagem poderia tornar o momento mais interessante.

Quanto ao aspecto gráfico do jogo, a nova localização acaba causando um sentimento estranho em um primeiro momento para quem estava acostumado com o primeiro jogo. Esqueça os arranha-céus de Nova Iorque, o ambiente cinza causado pela estrutura dos prédios e a neve ajudando a dar um clima ainda mais frio e sombrio. Em Washington, o jogador irá se deparar com um clima muito mais vivo, colorido e cercado de campos com a coloração verde sendo predominante.

O capim surgindo no chão, animais vagando pela cidade, plantas que cresceram e tomam conta de prédios e estátuas, etc… Tudo isso faz com que o jogador se surpreenda positivamente com um nível de detalhamento ainda maior daquele visto no jogo anterior.

Embora a coloração vibrante possa causar um impacto menos realista, poder visitar diferentes locais durante a aventura é muito legal. Em um segundo você está em meio a prédios altos e no outro está em frente ao Rio Potomac. Se Nova Iorque foi uma ótima escolha dada toda a ideia e adoração pela cidade, Washington conseguiu elevar o sistema de exploração presente franquia a um nível excelente e faz com que muitos locais da cidade sejam conhecidos pelo grande público.

Seria injusto não elogiar o áudio do jogo. As músicas durante as missões ajudam a instaurar um suspense atrelado a um ritmo frenético. A escolha das mesmas para determinadas missões faz com que o jogador tenha a sensação de estar fazendo parte de um tiroteio tirado de uma cena de filmes de Hollywood.

E por falar em som, The Division 2 traz uma quantidade enorme de armas a sua disposição e cada uma delas com a sua respectiva sonoridade. O trabalho feito aqui é excelente, pois mesmo adicionando o silenciador nas armas, elas permanecem com uma sonoridade ímpar.

Os efeitos de luz também merecem seu devido destaque. Não só luzes dentro de locais fechados receberam um cuidado melhor conseguindo um ótimo efeito de sombra, mas o amanhecer ou o pôr do sol são dignos de serem apreciados. Além disso, as mudanças climáticas ocorrem realmente durante o jogo e não apenas no início da tela de carregamento como no antecessor.

Para os jogadores do primeiro jogo, The Division 2 mantém os elementos da jogabilidade que funcionaram no primeiro jogo, traz alguns erros consertadas e insere novidades. De uma maneira bem simples e direta, você terá a ajuda de seu equipamento e de outros agentes para combater os inimigos. Buscar proteção e atirar continuam sendo a principal movimentação do jogo e os problemas ao pressionar o botão X também. Como ele faz você rolar e se esconder, às vezes o uso do botão acarreta ao erro e tais erros podem ser fatais.

Sua energia do jogo e agora de uma forma mais justa tanto para você quanto para o computador. Tanto os agentes quanto inimigos mais fortes possuem uma armadura demonstrada na forma de uma barra de energia. Ao sofrer danos, essa armadura acaba e sua barra de energia fica exposta.

Esqueça os comentários anteriores de que os inimigos pareciam esponjas por receberem milhares de tiros e continuarem de pé. Caberá agora à força que seu equipamento tem para poder destruir essa armadura protetora e só assim causar um dano real ao inimigo.

E sobre os inimigos, a melhora na inteligência artificial dos mesmos é notável desde os primeiros encontros. Eles conseguem perceber a presença dos agentes, respondem aos seus equipamentos de forma mais ordenada, cercam o jogador e possuem táticas de ataque e defesa muito mais organizadas.

Como todo jogo que se baseia em loot, destruir seus inimigos acaba gerando recompensa e dessa vez você realmente será recompensado. As missões lhe darão um equipamento equivalente ao nível que você está e ao subir de nível você ganhará uma Caixa SHD a qual lhe dará um equipamento ainda melhor.

A Zona Cega também sofreu mudanças. São três zonas agora separadas no leste, oeste e sul de Washington. Para conseguir acesso à zona cega você terá que fazer uma missão de reconhecimento em cada uma. Além de enfrentar inimigos e desapossá-los de monumentos, você terá algumas missões a serem feitas dentro delas.

Não há mais a perda de seus equipamentos e experiência caso você seja morto dentro das Zonas Cegas, o que pode fazer com que jogadores percam o interesse em andar por dentro desses locais visto que no primeiro jogo entrar na Zona Cega sozinho fazia com que você não pudesse confiar em ninguém ao seu redor.

Outra novidade se da nos itens encontrados lá dentro. Nem todos eles precisam ser retirados das Zonas Cegas para serem utilizados. Por um lado, o jogador consegue progredir de forma mais rápida, mas por outro isso acabou por tirar o suspense do momento de chamar o helicóptero para começar a extração dos itens.

Se você chegou ao nível 30 e terminou a história principal, você ganhará acesso ao conteúdo endgame. The Division 2 consegue de uma maneira simples entregar um tipo de “novo jogo” como recompensa à sua dedicação. Ao eliminar todos os inimigos que se encontravam na cidade, uma nova facção chamada Black Tusk resolve invadir Washington e tomar os pontos anteriormente dominados pelos True Sons.

Caberá ao jogador então jogar as missões novamente para eliminar os inimigos e também ser melhor recompensado graças ao nível de equipamento adquirido ao completa-las. Para isso, você contará com três habilidades especiais que são desbloqueadas apenas ao acessar o endgame.

Ao escolher uma das habilidades, você ganhará uma arma especial que será de grande valia para as missões muito mais difíceis que serão enfrentadas. Ainda existirá a possibilidade de uma nova progressão do seu personagem que se dará a partir de bônus ao utilizar esses equipamentos.

Veredito

Dizer que The Division 2 é um jogo completo é redundante. A história não é muito interessante, mas a jogabilidade faz com que você queira ir sempre mais além. Melhorias na jogabilidade que ajudam a prender a atenção do jogador por horas e horas, justo sistema de recompensa e um endgame que ajuda o jogador a melhorar o seu personagem fazem de The Division 2 uma ótima experiência em 2019.

Jogo analisado no PS4 padrão com código fornecido pela Ubisoft.

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92

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To say that The Division 2 is a complete game is redundant. The story isn’t so interesting, but the gameplay makes you always want to go further. Improvements on gameplay mechanics catch the player’s attention for many hours, fair reward system, and an endgame that helps the player to improve its characters make The Division 2 a great experience in 2019.