Análise – This is the Police 2

This Is the Police 2 é a sequencia direta do jogo de mesmo nome lançado em 2017 pela THQ Nordic. Desenvolvido novamente pela Weappy Studios, This Is the Police 2 continua a história de Jack Boyd e o que aconteceu com o antigo chefe de polícia de Freeburg após os eventos do primeiro jogo.

Enquanto Jack tentava apenas encerrar sua carreira na polícia de forma satisfatória e ainda conseguir uma boa poupança para sua aposentadoria, tudo conspirava contra Jack e no fim do primeiro jogo, independente das escolhas do jogador, não havia um final muito feliz. Nessa sequência conseguimos descobrir o que aconteceu com Jack e dar andamento em mais uma história policial, cheia de crimes, corrupção, inimigos e decisões difíceis.

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Jack Boyd deixou Freeburg como escória e um dos maiores criminosos da cidade (Não vou dar mais detalhes sobre o fim do primeiro jogo, vale a pena conferir a história e seu desenrolar) e agora é um fugitivo procurado por todo o país. Na sua fuga, Jack acaba se refugiando na pequena Sharpwood e, após alguns eventos, assume parte do comando na delegacia da cidade ajudando a xerife novata, que ficou com o cargo inesperadamente. A partir daí, Jack começa a usar toda sua experiência e fazer o melhor para a cidade e seu departamento de polícia.

O jogo funciona como o primeiro. Partes de uma visual novel com um estilo mais cartunesco e a jogabilidade se baseando na gestão dos recursos da polícia e como usar esses para atender aos chamados da população. Nessa parte não há muita diferença com o que foi mostrado no jogo anterior, mas apresenta algumas melhorias significativas.

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Os policiais agora não possuem apenas a pontuação de profissionalismo, mas também atributos e habilidades que ajudam na solução de crimes, atributos de força, velocidade, tiroteio ou negociação. Um policial com o atributo certo consegue resolver da melhor maneira uma situação, como por exemplo, um crime onde um assaltante tenta escapar correndo e ter um policial com bons atributos de velocidade facilita o processo de captura do delinquente.

No geral, as atividades se mantiveram as mesmas, além de receber alguns eventos distintos. Haverá os crimes corriqueiros a resolver, como pequenos furtos, brigas, discussões, assim como situações mais tensas, tentativas de assassinato, sequestros e assaltos. Para uma cidade pequena, Sharpwood é bastante movimentada no mundo do crime. Jack agora pode atender pedidos de cidadãos que podem fornecer recursos únicos. Ajudar um senhorio de salas comerciais pode dar a Jack um contêiner para guardar as “provas” que foram surrupiadas de locais de crime, como drogas ou armas, por exemplo.

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A maior novidade na jogabilidade fica por conta das operações táticas, dando ao jogo algumas atividades similares a missões de XCOM: Enemy Unknown. Essas operações funcionam como uma atividade de estratégia por turnos, onde se deve designar os policiais com atributos e equipamentos definidos para realizar operações especiais, como em assaltos de um equipe da SWAT. Aqui o jogador toma controle de cada ato dos policiais e é responsável direto pelo sucesso ou falha da missão, podendo prender ou matar os criminosos ou até realizar uma operação de resgate de reféns sem chamar a atenção de ninguém.

Esse modo é bem vindo e se encaixa muito bem na proposta de This Is the Police 2, sendo desafiador na medida certa e criando atividades diferentes do que havia até agora. Alguns pontos negativos desse modo é a IA não ser bem desenvolvida, com os inimigos tomando atitudes quase suicidas algumas vezes, e os movimentos e opções dos policiais serem mais limitados. De toda forma, é um modo que melhora bastante a dinâmica do que This Is the Police possuía.

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A história segue os padrões do primeiro jogo, envolvendo reviravoltas, alianças com personagens questionáveis e traições. Algo diferente é que Jack agora toma decisões que condizem mais para um fugitivo que faz tudo para sobreviver, diferente do chefe de polícia de Freeburg, inclusive ordenando tortura e assassinatos para encobrir os próprios rastros. Infelizmente a história não possui tantos eventos como anteriormente e, além de ser menor, acontece num ritmo bem mais lento, quase que esticando o pouco conteúdo para durar mais do que devia.

Enquanto as atividades ficam menos monótonas com as novas inclusões, a história toma rumos distintos do que foi mostrado anteriormente e acaba sendo ofuscada por personagens que participam de cenas e diálogos desnecessários. Resumindo, dessa vez existe muito mais conversa do que ação em alguns momentos chave do jogo.

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Alguns problemas que surgiram foram as constantes travadas e erros do aplicativo, fechando por várias vezes o jogo. Como o sistema de checkpoint só funciona no fim do dia de trabalho da polícia, era comum ter que refazer várias atividades novamente e torcer para que o jogo não travasse enquanto salvava.

Apesar de algumas escorregadas, ainda é interessante acompanhar esse submundo da polícia e em como existe uma linha fina separando o correto do errado, sendo que, por várias vezes, o jogador vai pisar dos dois lados ao mesmo tempo para safar Jack de situações complicadas.

Veredito

Jack Boyd mostra que a verdade tem mais de um lado e que tudo é justificável. Embora a história tenha alguns problemas e a narrativa tenha um ritmo inconsistente, os novos modos de jogo trazem uma sensação diferente na sequência, mantendo o jogador mais envolvido e interessado, diferente do primeiro jogo que poderia ser entediante depois de algum tempo.

Jogo analisado no PS4 padrão com código fornecido pela THQ Nordic.

Veredito

78

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Veredict

Jack Boyd shows that the truth has more than one side and that everything is justifiable. Although the story has some problems and the narrative has an inconsistent rhythm, the new gameplay modes bring a different feeling to the sequence, keeping the player more engaged, different from the first game that could become boring after some time.