Riverbond, novo jogo da Cococucumber Games, permite que você embarque numa aventura estilo RPG, explorando vários mundos em uma campanha contra o mal.
Riverbond tem um design simpático e minimalista, claramente baseado em Minecraft, com formas planas e cúbicas. O destaque vai para o cenário colorido e a movimentação da grama. Mesmo que seja simples, tem seu charme.
A jogabilidade se assemelha a um RPG, mas não pode ser classificado como um. Não possui um contador de nível ou experiência – o que existe é um de moedas, que são coletadas ao acabar com um monstro ou encontradas pelo mapa.
É possível encontrar ao longo de sua jornada três tipos de baús: um com uma nova arma, com uma nova skin e outro com uma poção de vida. Você consegue carregar até cinco armas, sejam elas de longo alcance, rápidas ou mais lentas. Em cada nível você encontra uma arma nova, entre guarda-chuva, pirulito, arma de disparo (o jogo tem 50). Porém, sempre que quiser pegar uma nova, deve descartar uma antiga, pois não há um inventário e nem a possibilidade de voltar atrás. Para as armas de disparo, existe uma barra de “número de balas”, sendo preciso administrar com cautela o tempo que leva para recarregar.
As skins são diversas, entre frutas, legumes e comida japonesa. Também temos as skins especiais, em homenagem a outros jogos:
- Raz Aquato – Psychonauts
- Bullet Kin – Enter the Gungeon
- Juan Aguacate – Guacamelee!
- Demelza – Knights and Bikes
- The Kid – Bastion
- Shovel Knight – Shovel Knight
- Lover Mu – Lovers in a Dangerous Spacetime
- Robot 05 – Planet of the Eyes
Confesso que fiquei chateada por não ter nenhum tipo de contagem de itens, apenas das moedas. Há minions diversos, armas, skins e até objetos do cenário em que você pode atirar. Mas não há uma contagem para a sua morte ou até mesmo penalidade. Caso acabe sua vida, o personagem é revivido instantâneamente e isso tira a dificuldade do jogo, transformando praticamente em um hack n´slash, se quiser jogar assim. O chefão de cada mundo é desafiador, mas sem qualquer penalidade, torna a partida sem graça.
Ao longo de sua jornada, há alguns NPCs que contam piadas ou que dão alguma dica superficial. Praticamente desnecessários, pois os níveis são curtos. Os últimos mundos são mais desafiadores e é possível acessá-los a qualquer momento. Riverbond é um jogo para passar o tempo: sem pressão, sem dificuldade, com gráficos coloridos que não cansam. Porém, achei a trilha sonora nada intuitiva, com exceção do tema do chefão. As demais músicas não inspiram o gameplay. Imagino que jogos de ação precisem de uma trilha mais “animada”.
Os botões de controle também são simples, com um tutorial que os explica no menu principal, mas que não é necessário. R1 para ataque especial, quadrado para ataque normal, triângulo para agarrar um objeto, e bola para rolar. Notei alguns problemas na hora de trocar de armas e rodear o mapa, parece que tem algumas situações em que o personagem fica travado e os comandos demoram um pouco para acontecer.
Jogo analisado no PS4 padrão com código fornecido pela Cococucumber.
Veredito
Riverbond é um jogo simpático, leve, com uma dinâmica de RPG, mas soa melhor como hack n’slash. Porém, é muito curto e a falta de inventário e de contagem numérica de itens, além da penalidade da morte, se destacam como pontos negativos. É um jogo divertido, mas não é nada que já não tenha sido visto antes.
Veredict
Riverbond is a friendly, soft game with RPG dynamics, but hack n’slash could describe it better. But it is very short, and the lack of an inventory and a numerical counting of items, besides the death penalty, are negative points. It’s a funny game, but it’s nothing that hasn’t been seen before.