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Análise – Moss

Moss é um jogo desenvolvido exclusivamente para as plataformas de Realidade Virtual e que, desde seu anúncio, recebeu bastante destaque da Sony em sua divulgação, gerando uma expectativa alta nos donos do PSVR. Felizmente, tal expectativa foi atendida, entregando aos jogadores uma ótima aventura estrelando Quill, uma pequena e encantadora ratinha, em um mundo de fantasia e mistério.


A história do jogo é um misto de conto de fadas e de aventura épica. O reino de Moss foi marcado por um passado sombrio, em que os Animais quase sucumbiram aos ataques dos Arcanos, seres vindos do submundo. Uma união dos Animais com os Sprites (seres da Natureza) possibilitou que a ameaça Arcana fosse contida, com o inimigo selado num templo antigo, no entanto, à custa de algumas vidas, incluindo a do Rei e a do Campeão dos Sprites.

Quill, a protagonista do jogo, é uma ratinha aventureira que vive em Moss, anos após a batalha contra os Arcanos. Um dia, explorando a Clareira, ela encontra uma misteriosa Relíquia de Vidro, o que acaba despertando uma magia antiga e resulta na aparição de um ser gigante e misterioso: você. Uma relíquia tão poderosa também atrai a atenção de inimigos do reino, e uma sucessão de eventos leva Quill e o jogador, aqui chamado de Leitor, a partirem em uma jornada por regiões perigosas e há tempos deixadas para trás.


A forma como a história é contada é bem criativa. O jogador começa sentado em uma luxuosa biblioteca, tendo a sua frente o livro que conta a história de Quill. As páginas do livro contêm ilustrações interativas e são acompanhadas de uma narração. Em certos intervalos, o jogador é transportado para dentro do livro, passando a possuir um papel ativo na progressão da história, auxiliando Quill a superar obstáculos e até mesmo dando suporte nas batalhas.

O jogador experimenta Moss por meio de uma visão em primeira pessoa e também em terceira pessoa – e ambas ao mesmo tempo. Explico: no papel de Leitor, o jogador incorpora um personagem do jogo, que vivencia e participa da história sob a ótica de primeira pessoa. Ao mesmo tempo, é o jogador quem controla Quill para movimentá-la pelo cenário e batalhar contra inimigos, tornando-se nesse caso a própria câmera de uma visão em terceira pessoa. É um modo singular de gameplay, possível de acontecer de modo simples e intuitivo por causa da Realidade Virtual.


É por conta da Realidade Virtual que Moss também se beneficia de um level design mais enriquecido, por meio do aproveitamento da perspectiva de profundidade que a tecnologia oferece. Estando imerso no jogo, é dada ao jogador a capacidade de, fisicamente, se aproximar, inclinar, agachar ou mover (ainda que de forma limitada) pelo cenário. Com isso, é possível, por exemplo, olhar por cima ou por detrás de elementos, revelando caminhos ocultos, colecionáveis e novas opções de plataforma, ações que seriam inviáveis em uma tela plana.

Agindo como Leitor, o jogador pode utilizar o DualShock para interagir com elementos do cenário, podendo assim abrir portas, girar e arrastar objetos, de modo a resolver quebra-cabeças ou eliminar obstáculos que impeçam o avanço de Quill. É possível também tocar na ratinha para brincar com ela ou até mesmo curá-la. Do mesmo modo, o jogador também consegue tocar em inimigos para paralisá-los ou movê-los, auxiliando Quill nos momentos de batalha em que a ratinha se vê em desvantagem numérica.


Embora o bom uso da Realidade Virtual seja um destaque em Moss, seu ponto mais forte fica por conta de Quill e de sua interação com o jogador. Ela é uma personagem encantadora, muito bem modelada e animada, apresentando variados movimentos a depender da ação ou lugar em que se encontra. Durante a jornada, a ratinha se comunica com o jogador por meio de gestos e da linguagem de sinais, procurando dar dicas sobre como avançar e até comemorando e agradecendo ao final de uma batalha ou ao se resolver um quebra-cabeça. É praticamente impossível não se apaixonar por Quill quando ela levanta a mãozinha, pedindo por um “toca aqui”.


Moss também possui um dos gráficos mais bem feitos e consistentes para um jogo de Realidade Virtual. Acompanhar a jornada de uma pequena ratinha significa ver o mundo de uma escala gigante, o que possibilita cenários detalhados. Houve preocupação até mesmo com elementos de segundo plano, sendo possível observar a natureza e animais seguindo com suas vidas em camadas ao fundo do cenário.

Como muitos outros jogos para PSVR, Moss é relativamente curto, embora convidativo a se jogar mais de uma vez, seja para obter todos os colecionáveis ou até mesmo para ficar mais tempo ao lado de Quill. O jogo traz uma história com começo, meio e fim bem definidos, mas fica claro que este é apenas o primeiro volume das aventuras de Quill, com a biblioteca em que o jogador se encontra guardando muitos outros livros esperando para serem abertos. Por essa e tantas outras qualidades que uma continuação é mais do que esperada.


Veredito

Moss é mais uma ótima demonstração de como a Realidade Virtual pode enriquecer e melhorar gêneros consagrados de jogos, sejam eles em primeira ou terceira pessoa. Criar uma exploração do ambiente tão dinâmica e criativa, bem como estabelecer uma forte ligação com a ratinha Quill de maneira tão imersiva e envolvente, são características que somente Realidade Virtual poderia proporcionar. Uma continuação maior e tão boa quanto esse primeiro volume de Moss é mais do que obrigatório.

Jogo analisado com código fornecido pela Polyarc.

Winz.io

Veredito

90

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Veredict

Moss is yet another great example of how Virtual Reality can enhance traditional game genres, whether they are first person or third person games. Creating such a dynamic and creative exploration of the environment, as well as establishing a strong connection with Quill in such an immersive and engaging way are qualities that only Virtual Reality could provide. A sequel, bigger and as good as this first volume of Moss, is more than obligatory.