Análise – Home Sweet Home

Home Sweet Home é um jogo desenvolvido pela YGGDRAZIL GROUP, uma companhia tailandesa que mergulha pela primeira vez no mundo dos games. Com referências ao folclore da Tailândia, o título tinha intenção de ser lançado para mobile, porém, acabou indo parar nos PCs e consoles de mesa.

Home Sweet Home possui mecânicas semelhantes a alguns jogos, como Outlast, onde é preciso se esconder para fugir do inimigo, já que não existem armas. Porém, é preciso ficar atento, pois só ficar embaixo da cama não resolverá seu problema. Quer saber mais? Então entre nesse pesadelo com a gente, precisaremos de companhia lá dentro.

Home Sweet Home
Há diversos armários para se esconder. Mas esses aí estão proibidos. Fonte: PS4 Share

Home Sweet Home é um título de terror que começa não fazendo sentido algum. Você acorda em um local completamente desconhecido com a voz de sua mulher, Jane, ecoando na sala. Sem saber o que fazer ou para onde ir, Tim, o personagem principal, perambula pelos corredores atrás de respostas.

No decorrer do jogo, você descobre que Jane desapareceu, e cabe a você encontrá-la neste universo paralelo de horror. Como ele existe? Tim não sabe. Porém, há grandes suspeitas de que isso não seja só um sonho, mas sim uma maldição da casa onde vivem.

Os coletáveis, embora não sejam  obrigatórios, te fazem entender melhor o que está acontecendo e porque. Porém, na maior parte das vezes, eles estarão à sua frente, apenas esperando serem coletados. Afinal, após um começo sem explicação nenhuma, nada mais justo que facilitar a vida do jogador, não é mesmo?

O gameplay de Home Sweet Home é intuitivo e focado nessa transição entre os mundos. Este sistema lembra muito Fatal Frame lll, onde a personagem principal entrava nesse mundo de horror apenas durante seus sonhos. Porém, ambos os jogos possuem algo em comum: tudo que é vivido naquele lugar, pode ser refletido na vida real.

Como exemplo do sonho se tornando realidade dentro de sua casa, temos os espíritos chamados Preta. Segundo informações dadas pelo próprio jogo, eles foram pessoas que cometeram diversos pecados, como assassinato e roubo. Tim os encontra em determinado momento da história, deixando a entender que a casa o leva para diferentes dimensões.

Home Sweet Home
Para acalmar um Preta, é preciso fazer um ritual oferecendo-lhe comida. Fonte: PS4 Share

Para encontrar sua mulher, Tim precisa encarar uma universidade como cenário. Embora pareça chato estar no mesmo local diversas vezes, é incrível a tensão que ele passa a todo instante. Embora o jogo tenha diversas portas interativas, não há como se perder, já que ele tenta ser o mais linear e objetivo possível.

Em meio a tantos corredores e salas, você não verá inimigos em grande quantidade como em Outlast. Aqui seu único objetivo é fugir desse mundo e de uma garota ensaguentada que carrega um estilete. Quando ela te vê, grita muito alto e o persegue, deixando seu maxilar travado devido a tensão.

Embora os gráficos não sejam a oitava maravilha do mundo, é possível surpreender-se com os detalhes da linha queimando ou do sangue escorrendo pelas paredes, por exemplo. Os ambientes escuros fazem você pensar duas vezes antes de seguir em frente, pois nunca se teve tanto medo em abrir uma porta qualquer.

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Dependendo do lugar onde você para, é possível escapar das estiletadas do espírito. Fonte: PS4 Share

O título tem diversos puzzles, e mesmo que simples, são acompanhados pela música padrão dos jogos de terror, deixando você sempre em alerta. Não é possível fazer giros em 360º, estilo adotado nos jogos desde Resident Evil 4. Embora pareça frustrante, a perseguição se torna ainda mais tensa, já que não é possível olhar o perseguidor enquanto foge.

Um dos pontos em que Home Sweet Home mais falha, é em seu fator replay. É possível escolher os capítulos para pegar os colecionáveis que faltam. Porém, eles são tão fáceis de serem encontrados, que dificilmente você precisará passar por eles novamente. Além disso, o tempo de vida dele é extremamente curto, mas pode se estender caso você pare no meio da jogatina para dar aquela respirada.

Veredito

Home Sweet Home mostra que gráficos não são necessários para criar um belo jogo. Com ambientes sombrios, inimigos pavorosos, suporte a legendas PT-BR e VR, o título consegue se destacar no gênero, fazendo muita gente jogá-lo de luz acesa.

Jogo analisado no PS4 Fat com código fornecido pela Mastiff.

Veredito

87

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Veredict

Home Sweet Home shows that graphics are unnecessary for a game to be great. With a lot of dark places, scary enemies and VR support, the title is a highlight on its genre, making you play with the lights on.


Rui Celso
Rui Celso
Jornalista que decidiu se aventurar no mundo gamer desde o tempo em que as revistas eram a principal fonte de informação deste mundo do entretenimento. Hoje eu expandi meu universo e também faço parte do backstage deste universo atuando como Assessor de Imprensa. Só pra constar: Paper Mario é o meu jogo favorito da vida.