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Análise – Gungrave VR

Em 2002, o PlayStation 2 recebeu Gungrave, um frenético third person shooter que, apesar de pouco conhecido, recebeu uma sequência e até mesmo uma adaptação em anime pelo estúdio Madhouse. Tamanho feito deve ser principalmente atribuído ao design de seus personagens, idealizado por Yasuhiro Nightow, conhecido por seu trabalho em Trigun. Agora, após 14 anos de sumiço, finalmente a série está de volta com Gungrave VR Loaded Coffing Edition direto para o PlayStation VR, reunindo em um só pacote Gungrave VR Episode 1 e a sua sequência Gungrave UN.

A história acompanha novamente Beyond the Grave, um poderoso assassino que foi trazido de volta à vida, em sua busca por vingança. Junto de sua parceira Mika, Grave perseguirá a máfia da Cidade do Sul para acabar com a fabricação de uma perigosa droga que tem se espalhado pela região. Apesar da premissa, Gungrave VR se distancia bastante dos títulos anteriores, uma vez que seu enredo não tem o menor desenvolvimento durante sua curta campanha, que dura aproximadamente uma hora.

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Não existem diálogos, personagens secundários, subtramas, cutscenes ou algo do gênero. Tudo que o jogador precisa saber sobre a narrativa é dito através de um pequeno texto nos segundos iniciais do título. O jogo é composto de 6 missões, que podem ser selecionadas na base de operações de Grave. Aqui ainda se encontram o campo de treinamento, onde você pode aprender e testar os comandos do game, e as cápsulas de reabastecimento sanguíneo, que oferecem a possibilidade de alterar o visual de Grave sob certas exigências.

A jogabilidade resgata algumas mecânicas do título original, funcionando como um third person shooter, com a simples diferença que controlamos a mira de Grave com o PlayStation VR, enquanto que o movimentamos com o DualShock 4. Em certas missões, o jogo muda completamente de estilo ao adotar uma perspectiva em primeira pessoa, se transformando assim em um clássico shooter sob trilhos. Estes momentos poderiam ser melhor aproveitados se o jogo oferecesse suporte ao PlayStation Move, o que certamente melhoraria a experiência adequando-a melhor ao VR.

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Apesar de lento, Grave pode desviar de projéteis inimigos ao rolar em qualquer direção, ou até mesmo rebatê-los com seus golpes físicos. Em situações mais complicadas pode-se recorrer ao Reaper Mode, que atrasa o tempo (semelhante ao bullet time em Max Payne), criando boas oportunidade para nos reposicionarmos ou maximizarmos o dano contra algum inimigo. Por fim, o assassino conta com dois golpes especiais, que podem ser utilizados ao se preencher uma pequena barra no canto inferior da tela e causam danos massivos nos inimigos.

Infelizmente, a inteligência artificial dos inimigos é mínima, e muitos deles podem ser flagrados parados pelo cenário esperando para serem mortos. Além disso, a pouca variação dos inimigos, somada à falta de desafio, faz com que a experiência rapidamente se torne monótona. Mesmo os chefes, que até possuem um visual interessante, acabam sofrendo desse destino, funcionando como grandes esponjas para os projéteis disparados pelo jogador, sem oferecer nenhum perigo real ao jogador.

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As fases sofrem com um loop interminável de eventos, nas quais sempre será seguido um caminho linear até uma área mais aberta, onde enfrentaremos algumas ondas de inimigos. Não há exploração, coletáveis nem nada que gere variação ao ritmo de jogo. O fator replay por sua vez fica atrelado unicamente à possibilidade de se repetir as missões em busca de maiores pontuações, a fim de se obter melhores ranks ao final de cada estágio.

A trilha sonora é bastante pobre, não possuindo nenhuma composição memorável e infelizmente é pouco notável ao longo do título, uma vez que os efeitos de som são muito mais altos. A ambientação cumpre bem o seu papel e entrega cenários que captam bem a essência e tonalidade da série. Porém, o mesmo não pode ser dito da modelagem e animação dos inimigos. Os gráficos por sua vez, abandonaram o estilo em cel shading da época do PlayStation 2, que davam um visual único ao jogo, e tornaram-se mais realistas.

Veredito

Infelizmente, Gungrave VR é um título que possui as piores características de um jogo destinado ao PlayStation VR: é chato e monótono. Isso somado à sua curtíssima duração, falta de enredo e problemas técnicos, faz com que o alto preço cobrado pelo game simplesmente não valha a pena. É completamente questionável o motivo que levou os desenvolvedores a produzirem um novo título da série Gungrave para o VR. O jogo poderia ter funcionado melhor se seguisse a fórmula original que foi estabelecida nos títulos anteriores.

Jogo analisado no PS4 padrão com código fornecido pela XSEED Games.

Winz.io

Veredito

50

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Veredict

Gungrave VR unfortunately is a title that has the worst characteristics of a game destined for PlayStation VR: it is boring and monotonous. This added to its very short duration, lack of plot and technical problems makes the high price charged by it simply not worth it. It’s completely questionable why developers had to produce a new Gungrave series title for VR. The game could have worked better if it followed the original formula that was established in the previous titles.