ONWIN365

Análise – Blade Strangers

O PS4 possui uma quantidade significativa de jogos de luta. Passando por títulos populares e de nicho, a variedade é alta. Agora, Blade Strangers chega para deixar essa biblioteca ainda mais populosa. No entanto, o que exatamente este jogo de luta crossover da Nicalis possui para se diferenciar dos demais?

Primeiramente, Blade Strangers chama a atenção justamente pelo que comentamos no parágrafo anterior: é um crossover. A quantidade de personagens presentes é chamativa por ter em seu elenco Shovel Knight, Isaac e vários outros. Sem dúvida, é um dos pontos mais fortes de Blade Strangers, caso você goste de jogos indie.

O elenco de personagens é um tanto quanto pequeno (são apenas 14 jogáveis). Segue a lista deles e de qual jogo vieram originalmente:

  • Ali (Code of Princess)
  • Liongate (Code of Princess)
  • Master T (Code of Princess)
  • Solange (Code of Princess)
  • Curly Brace (Cave Story)
  • Quote (Cave Story)
  • Emiko (Umihara Kawase)
  • Kawase (Umihara Kawase)
  • Noko (Umihara Kawase)
  • Isaac (The Binding of Isaac)
  • Gunvolt (Azure Striker Gunvolt)
  • Shovel Knight (Shovel Knight)
  • Helen (Original)
  • Lina (Original)

Ou seja, apenas dois personagens são criados para o jogo. Além disso, a maioria são de Code of Princess, um RPG de ação e hack-and-slash disponível para 3DS, Switch e PC. Não é de se espantar isso, pois a desenvolvedora de Blade Strangers é a mesma de Code of Princess: o Studio Saizensen.

Com essa mistura de personagens, surge um problema: a história. O jogo oferece um modo história para cada personagem e ela se desenvolve através do estilo visual novel.

O enredo segue o fato de que cada universo é uma de muitas simulações sendo geradas por uma rede interdimensional de servidores. Essas simulações são supervisionadas pela deusa Exiva e seus Motes, um grupo de computadores que são protegidos pelos Blade Strangers. Um ser, chamado Lina, aparece e começa a consumir os dados dos servidores, eliminando mundos inteiros e derrotando os Blade Strangers. Para impedir Lina, os Motes começam a invocar heróis de mundos que Lina ainda não alcançou, alterando suas memórias para que achem que estão participando de um torneio de luta. O herói que restar será um novo Blade Stranger e os Motes esperam que ele possa derrotar Lina.

Apesar de ser uma explicação de certa forma convincente para juntar todos os personagens, a história e seu desenrolar são bem fracos. Um modo Arcade já existe, então você provavelmente vai apenas jogar o modo história para ganhar os troféus relacionados (se for um caçador) ou nem isso.

Os gráficos e sons de Blade Strangers são ótimos. As animações dos personagens são muito boas também. Mas nada disso adianta se o gameplay não for bom. Bem… ou você vai amá-lo ou odiá-lo.

Blade Strangers não possui comandos tradicionais de jogos de luta. Ou seja, esqueça “meia-lua”, “shoyruken” e similares. Os comandos são feitos pressionando uma direção e um botão apenas. O Super, inclusive, pode ser feito com um único botão (pois é uma combinação deles), sendo que para seu nível 2 basta apertar o botão mais uma vez quando for ativado.

Explicando melhor: Blade Strangers possui quatro opções de ataque. Quadrado e triângulo são os ataques fraco e forte, respectivamente. O X é chamado de ataque único, que varia conforme o personagem usado. Já o bola é a habilidade – é aqui que ficam os golpes especiais. Como dito, cada botão oferece um golpe diferente, conforme a direção que você segura ao pressioná-lo. É algo extremamente simples e, pessoalmente, funcional.

Blade Strangers é o primeiro jogo que vejo que tenta simplificar os comandos e acaba fazendo isso de uma maneira funcional. Pessoalmente, apesar de serem extremamente simples, aprovei o sistema, pois ainda existem combos e as lutas são divertidas. Porém, ressalto que essa facilidade talvez não agrade todos os jogadores.

Ainda sobre os comandos, você notará que eles são simples quando fizer os Challenges (as Trials) de cada personagem. Nenhum exige muito esforço, o que fará você perceber que realmente é fácil jogar. Ainda sobre os modos, há um Survival, o já mencionado Arcade, um breve Tutorial, Training e, é claro, o Online.

O Online, para minha surpresa, funciona muito bem. O netcode é excelente, mesmo jogando com americanos (não há lag, praticamente). O problema que existe você já pode imaginar e não é bem culpa dos desenvolvedores: por ser um título de extremo nicho, o online provavelmente será deserto em poucas semanas (se é que já não se tornou), o que, sinceramente, é uma pena. Como dito, apesar dos comandos simples, achei as lutas variadas e interessantes. Isso, somado ao netcode, deixou o título muito bacana.

Portanto, de maneira geral, Blade Strangers é um ótimo jogo de luta. O problema fica no modo história ruim, um elenco pequeno de personagens (apesar de serem interessantes) e talvez nos controles, que não serão aprovados por todos. Porém, no meu caso, fui surpreendido e agradou. E agora é torcer para que o jogo consiga conquistar um público para que o online seja povoado.

Jogo analisado com código fornecido pela Nicalis.

Winz.io

Veredito

Blade Strangers é um ótimo jogo de luta que busca simplicidade em seus comandos e, talvez pela primeira vez, conseguiu com sucesso agradar nesse sentido. Os gráficos são atraentes e os personagens, bacanas, principalmente os convidados. O online também é funcional, inclusive com gringos. O modo história, porém, é um tanto sem graça (apesar de cada personagem ter seu enredo estilo visual novel) e talvez nem todos aprovem a simplicidade nos comandos. Infelizmente, resta torcer para que o online não se torne deserto por ser um título de nicho.

80

Blade Strangers

Fabricante: Studio Saizensen

Plataforma: ps4

Gênero: Luta

Distribuidora: Nicalis

Lançamento: 28/08/2018

Dublado:

Legendado:

Troféus:

Comprar na

Veredict

Blade Strangers is a great fighting game that seeks simplicity in its commands and, perhaps for the first time, has accomplished this. The graphics are attractive and the characters are cool, especially the guests. Online mode is also functional, including with people from different regions. The story mode, however, is somewhat bad (though each character has its own novel visual style plot) and maybe not everyone will approve the simplicity in the commands. Unfortunately, there is still hope that the online mode will not become deserted, since it is a niche title.