Com a chegada do novo ano, diversos títulos de RPG prometem tornar o PlayStation 4 uma verdadeira estação de acesso ao gênero. Jogos como Tales of Vesperia: Definitive Edition, Code Vein e God Eater 3, são apenas alguns exemplos do que 2019 guarda para os fãs. Porém, não podemos esquecer de que o fim de 2018 também foi agradável com os jogadores ao trazer Atelier Arland Series Deluxe Pack, aumentando ainda mais a biblioteca do console.
O pack de RPGs lançado pela Koei Tecmo conta com três jogos remasterizados que aportaram originalmente no PlayStation 3: Atelier Rorona, Atelier Totori e Atelier Mururu. Sequência direta um do outro, os títulos mostram como as três garotas fizeram Arland prosperar com seus conhecimentos em alquimia.
Atelier Totori: The Adventurer of Arland DX é continuação direta de Atelier Rorona. Ele narra a história de Totori, uma novata no mundo da alquimia que quer se transformar em uma aventureira para encontrar sua mãe desaparecida.
Com alguns recursos aprimorados e outros nem tão bem explorados, Atelier Totori comete o mesmo erro de narrativa que seu antecessor, oferecendo algo fraco e repetitivo.
Como dito anteriormente, Totori é uma garota que tem o sonho de se tornar uma aventureira para encontrar sua mãe. Suas habilidades com a alquimia foram ensinadas por Rorona, personagem principal do título anterior.
Embora Totori seja sempre comparada com Rorona pelos personagens do jogo, ela consegue ser mais tímida e fraca que sua mestre. Seu sonho de ser aventureira é acompanhado por Gio, seu melhor amigo de infância. Ambos decidem ir rumo a Arland pegar suas credenciais para que, desta forma, consigam se tornar verdadeiros exploradores.
Como você pôde perceber pelo título, o foco do jogo está em se transformar num aventureiro e explorar cada canto do mapa. Para aproveitar ao máximo os campos abertos, será preciso subir sua licença de nível. Isso pode ser feito ao aceitar tarefas no bar em sua vila ou na guilda de Arland, que fica disponível em determinado ponto da jornada. Caso as condições estabelecidas não sejam atingidas em até três anos, a sua permissão para visitar outras áreas é cancelada.
Conforme sua licença de aventureiro vai ficando mais alta, novos caminhos são desbloqueados. Embora existam diversos locais diferentes, tudo é muito genérico, contendo apenas um espaço para colheita e alguns inimigos. Para tentar melhorar a imersão, agora é possível encontrar adversários aleatórios no mapa principal, bem como materiais de alquimia e Cole, o dinheiro do jogo.
Embora os mapas tenham diminuído drasticamente se comparado ao título anterior, o sistema de dias tornou a aventura mais agradável. Antes você ficava preso às datas estabelecidas pelo Rei, tendo que realizar tudo em uma prazo muito curto. As coisas não mudaram em Atelier Totori, porém, as tarefas têm um tempo bem maior para serem cumpridas, dando mais liberdade para o jogador explorar os cenários e coletar materiais para a alquimia.
Outro ponto que é preciso ficar atento, está na forma com que os dias são subtraídos do contador. Enfrentar inimigos e fazer colheita, por exemplo, consomem uma parcela do seu tempo. Embora as quests sejam simples (chegando a serem chatas e repetitivas), este novo sistema pode fazer você perder prazos facilmente. Caso não seja possível completar determinada tarefa, é permitido cancelá-la sem ser penalizado por isso.
No início do texto comparamos a força de Totori com a de Rorona, alegando que a personagem principal é muito mais fraca que sua mestre. O problema é que os produtores levaram isso muito a sério, deixando quase insuportável subir de nível no início da aventura. Seus golpes são extremamente fracos, bem como sua defesa. Os punis, monstros considerados fáceis, conseguem derrubar você mesmo em um nível um pouco mais alto. Chega a ser ridículo de tão absurdo.
Para compensar a dificuldade inicial, uma personagem de nível mais alto entra no grupo após alguns minutos de jogo. Outro ponto positivo que merece destaque, está na forma como seus aliados se juntam à equipe. Agora não é preciso mais pagar para seus amigos participarem da festa, basta conversar com eles na cidade e convidá-los para a caçada. São permitidos até dois membros (além de Totori), que podem ser trocados a qualquer momento.
E como estamos falando em dificuldade e grupo de caça, é importante levantar o fato de que o sistema de batalhas continua simples demais e tedioso. Há alguns pontos que fazem os combates serem um pouco menos monótonos, como interromper um ataque inimigo com a ajuda de um aliado ou ataques em dupla, mas nada que vá muito além disso.
Embora Atelier Totori: The Adventurer of Arland DX decepcione em alguns aspectos, é preciso enfatizar que nem tudo são trevas. O sistema de alquimia, bem como o menu, estão mais fáceis e intuitivos. Agora é possível coletar materiais de qualidade superior mais facilmente, melhorando os atributos de bombas e itens de cura, por exemplo.
Além da alquimia tradicional, onde você deve produzir suplementos diversos, há também um sistema em que é possível criar itens que garantem habilidades especiais. A necessidade desses objetos surge após os próprios personagens fazerem alguma solicitação para você, porém, não há momento certo para isso acontecer.
E como toda Alquimista que se preze, Totori tem em seu atelier um contêiner para guardar os materiais. Mais adiante na aventura, você fica apto a utilizar o workshop de Rorona em Arland, não sendo necessário voltar à sua vila para criar itens ou aceitar quests.
Caso você não saiba nada de inglês, será impossível compreender a história de Atelier Totori. Os diálogos, embora considerados pesados para quem não está acostumado com esse gênero, são muito engraçados e bem escritos. Há possibilidade de mudar o áudio para japonês, deixando tudo mais divertido.
Veredito
Atelier Totori deixa o jogador um pouco mais livre das amarras do tempo, permitindo que ele vasculhe melhor os cenários. Porém, o sistema de batalha e os ambientes mais genéricos tornam tudo um pouco mais tedioso e repetitivo que o primeiro capítulo.
Jogo analisado no PS4 padrão com código fornecido pela Koei Tecmo.
Veredito
Veredict
If you’re not looking for something more complex, Atelier Totori can make your weekend a little happier. However, the story, gameplay and mechanics in general, are a little boring and repetitive.