DOOM + DOOM II – Review

DOOM dispensa apresentações. É um clássico que dificilmente alguém não conheça. Porém, sempre existem pessoas que não tiveram a oportunidade de jogá-lo. E é justamente com DOOM + DOOM II que temos a ocasião perfeita para isso.

Já tínhamos ambos os jogos no PS4, mas agora são oferecidos em um único pacote com diversos extras, além de uma versão nativa no PS5. São os jogos originais aprimorados, mas ainda com aquele ar de serem exatamente como você lembrava ser.

Não vamos nos aprofundar nos jogos em si nesta análise. Não tem o que dizer quanto a isso: são os DOOM originais, com o gameplay adaptado mas ainda similar ao que tínhamos na época. Ou seja, é um remaster e não um remake.

Você vai matar demônios, pegar chaves e encontrar segredos pelas fases. Direto ao ponto. É um jogo atemporal e uma aula de inovação. É claro, para quem nunca jogou vai estranhar que, por exemplo, você não mexe a mira na vertical (os tiros, consequentemente, são automáticos para cima ou para baixo se o oponente estiver no mesmo eixo). Mas é preciso sempre compreender as limitações da época e lembrar, mais uma vez, que não é um remake.

DOOM + DOOM II apresenta diversas qualidades de vida e muitas campanhas. Primeiramente, vamos esclarecer o que são essas campanhas.

• DOOM e DOOM II – as campanhas originais e completas. O primeiro jogo acontece em Marte, enquanto que o segundo na Terra (obviamente, com passagem pelo inferno). Vale esclarecer que o primeiro jogo é o The Ultimate DOOM (contém os quatro episódios);
• TNT: Evilution – é metade do que chamamos de Final DOOM. Trata-se de fases criadas por Dario e Milo Casali da id Software;
• The Plutonia Experiment – é a segunda metade de Final DOOM;
• As Fases Mestre de DOOM II – basicamente, são fases criadas pela comunidade na época e selecionadas a dedo pela id Software;
• No Rest for the Living – criado pela Nerve Software, é uma campanha de 9 mapas lançada em 2010. O objetivo principal dessa campanha era destacar o cooperativo online e local;
• Sigil – criado por John Romero (co-criador da franquia) em 2019 para celebrar o 25º aniversário da série. É considerado como um quinto episódio não-oficial do primeiro DOOM;
• Legacy of Rust: um novo episódio para DOOM + DOOM II criado em colaboração com a id Software, Nightdive Studios e MachineGames. O destaque fica por conta de novos demônios e armas.

DOOM + DOOM II também é bastante completo para quem busca jogar com os amigos. Há um novo pacote com 26 mapas, sendo que há no total 43 para o mata-mata (deathmatch). Como se isso não bastasse, todos os mapas da campanha podem ser jogados no cooperativo. Tanto o competitivo quanto o cooperativo aceitam 16 jogadores online e 4 local.

Para os jogadores de PlayStation, porém, há dois pontos negativos no multiplayer (ao menos o online). Os troféus não são desbloqueados quando você está jogando com amigos (portanto quem gosta de caçá-los terá que jogar sozinho) e os cheats não podem ser ativados no multiplayer.

A questão de cheats depende de você inserir um teclado USB no console e digitá-los enquanto joga, da mesma forma que você faria no PC (sim, os cheats clássicos como IDDQD e IDKFA). E sim, como você pode imaginar, DOOM + DOOM II pode ser jogado com mouse e teclado no PlayStation.

A qualidade de vida citada anteriormente para DOOM + DOOM II são várias: trilha sonora original ou em versões modernas, suporte a 4K e 120 fps, compatibilidade a mods (inclusive que já foram criados há muitos anos), legendas em português do Brasil, mira giroscópica no DualSense e DualShock 4, quick save/quick load e, como já citado, suporte a teclado e mouse.

No fim, DOOM + DOOM II é o pacote perfeito para quem deseja relembrar ou conhecer a origem da série. A parte do multiplayer, apesar de quase perfeita, podia ser mais divertida no PlayStation, porém.

Jogo analisado no PS5 com código fornecido pela Bethesda Softworks.