Labyrinth of Galleria: The Moon Society – Review

Sendo um grande fã de DRPGs, gênero em que você controla um grupo de personagens que explora o jogo em primeira pessoa e costuma batalhar também em primeira pessoa, passei anos ansioso pelo anúncio da localização de Labyrinth of Refrain: Coven of Dusk, desenvolvido originalmente para o PlayStation Vita pela Nippon Ichi (NIS).

Após alguns anos de espera sem nenhum sinal de anúncio, o jogo surgiu em um evento da empresa, agora para PlayStation 4 e Nintendo Switch, sendo lançado no Ocidente em 2018. Por algum motivo, não consegui jogá-lo no lançamento, comprando o jogo no ano seguinte em promoção, e apenas começando de fato um mês depois do início da pandemia. Foi vício à primeira vista.

Foram por volta de 55 horas de jogo em menos de duas semanas desde o início do jogo até a platina, completando todos os mapas e tudo que o jogo havia a oferecer. A sua sequência, Labyrinth of Galleria: The Moon Society já havia sido anunciada a aquela altura, e logo esperei ansiosamente pelo seu lançamento e localização. Três anos depois do seu lançamento original, a sequência agora também desembarca no Ocidente.

Labyrinth of Galleria: The Moon Society, como visto acima, é o segundo DRPG dessa franquia, desenvolvido pela NIS e publicado pela NIS America no Ocidente, lançado para várias plataformas, incluindo PlayStation 4 e PlayStation 5.

Em Labyrinth of Galleria: The Moon Society, você acompanha a história da jovem Eureka, uma jovem nobre que, por conta de dificuldades financeiras enfrentadas pela sua família, decide arriscar e ir atrás de um trabalho em um local distante que encontrou num panfleto em sua cidade natal.

Chegando à mansão de Galleria, local anunciado para o trabalho, Eureka encontra uma velha bruxa, chamada Madame Marta, que logo trata de baixar a bola da jovem e explica que o trabalho é muito mais perigoso do que imagina. Eureka, sem noção da realidade, mesmo assim aceita a proposta, e logo as duas começam um ritual.

Eureka acaba evocando um espírito, que a utiliza como médium para se comunicar com a realidade, e após Madame Marte aceitar que Eureka tem as habilidades necessárias para o trabalho, logo trata de explicar o que as duas farão naquela mansão: caçar tesouros e obras de arte há muitos anos seladas no subsolo, numa realidade em que humanos podem até entrar, mas nunca saírem com vida.

Eureka, com a ajuda do espírito, controla fantoches de madeira, que entram no subsolo, enfrentam monstros desconhecidos, exploram cada centímetro do calabouço, e retornam com os tesouros para a superfície, para então serem avaliados pela velha bruxa e entregues ao benfeitor que é o novo dono da mansão e tem profundo interesse nessas misteriosas riquezas.

Explicada a história, que serve muito bem o seu papel, apesar de não ser o foco de jogos desse gênero, agora vamos à jogabilidade. Como todo DRPG, a exploração se dá em calabouços e mapas desconhecidos, tudo em primeira pessoa, com o controle direto do jogador, decidindo o caminho e enfrentando inimigos diversos.

Os mapas de Labyrinth of Galleria: The Moon Society lembram o layout de alguns calabouços de seu antecessor, com a diferença que na sequência, são todos calabouços fechados, com todas as artimanhas e armadilhas que esperamos do gênero: áreas abaixo da água, paredes que podem ser quebradas, caminhos inacessíveis até serem destravados por interruptores ou chaves, e assim vai.

O combate do jogo também relembra bastante o primeiro jogo, com poucos pontos novos de destaque. O jogador, que escolhe não apenas a classe dos fantoches, mas também quase todos os parâmetros, parte para o combate controlando tais fantoches.

No início do jogo, você terá acesso a poucos fantoches para controlar no combate, mas ao habilitar mais almas e corpos de fantoche, além de “congregações”, pergaminhos que permitem mais de um fantoche por slot, pode se controlar diretamente em combate 15 fantoches, permitindo inúmeras combinações e cobrindo todas as classes.

As batalhas costumam ser bastante rápidas, principalmente durante a exploração rotineira dos mapas. Batalhas contra chefes requerem mais habilidade e planejamento, principalmente com os pontos de reforço, um recurso limitado que pode ser gasto tanto na exploração e no combate, que pode fazer toda a diferença durante a batalha contra um inimigo mais difícil.

A arte do jogo é feita por Takehito Harada, artista por trás de outros jogos bastante conhecidos da NIS, como Disgaea, Phantom Brave e Makai Kingdom. Os designs, principalmente dos personagens da história, são belos, e assistir a história desenrolar com os retratos não se torna um tédio dessa forma.

A trilha sonora também te fará lembrar do primeiro jogo, mas para quem não conhece, é algo que remete ao Disgaea e outros JRPGs da década de 2010. Nenhuma trilha dos calabouços são irritantes, o que é um ponto muito positivo quando o jogador consegue passar horas e horas na exploração antes de decidir prosseguir com a história. O jogo também é dublado em inglês e japonês, mas em relação ao suporte de linguagem, não temos a opção em português.

Após cerca de 30 horas de jogo, você chegará aos créditos. Mas não, o jogo não acabou, ele está apenas começando. Dividido em duas partes aparentemente independentes, a narrativa é unida após essa reviravolta, fechando a história e trazendo desafios inéditos para o jogador. Ao total, é fácil passar de 60, 70 horas de jogo, principalmente se não usar guia para a história ou para os mapas.

Não posso dizer que Labyrinth of Galleria: The Moon Society foi uma surpresa, porque após jogar Labyrinth of Refrain: Coven of Dusk, eu sabia do que a NIS era capaz no gênero de DRPGs, mas consigo dizer que a empresa conseguiu desenvolver um jogo que parece tão inédito como o primeiro, mas ao mesmo tempo tão bom quanto, se tornando uma recomendação imperdível para qualquer fã de DRPGs ou mesmo de JRPGs no geral.

Jogo analisado no PS5 com código fornecido pela NIS America.

Veredito

Mais um hit no gênero de DRPGs, Labyrinth of Galleria: The Moon Society marca a continuação de uma franquia de sucesso para a NIS. Absolutamente imperdível para fãs do gênero e uma recomendação forte para fãs de JRPGs.

90

Labyrinth of Galleria: The Moon Society

Fabricante: NIS

Plataforma: PS4 / PS5

Gênero: DRPG

Distribuidora: NIS America

Lançamento: 14/02/2023

Dublado: Não

Legendado: Não

Troféus: Sim (inclusive Platina)

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Veredict

Another hit within the DRPG genre, Labyrinth of Galleria: The Moon Society marks another entry in NIS’ successful franchise. An unmissable title for fans of the genre and a strong recommendation for JRPG fans in general.