Análise – GRID

GRID, quarto título da série de automobilismo urbano da Codemasters, demonstra a capacidade da produtora de criar um jogo de corrida com uma jogabilidade envolvente e que recompensa o jogador por competir de maneira correta e limpa. GRID preza pela simplicidade, optando por focar completamente sua experiência dentro das corridas. Essa simplicidade é apreciada, no entanto, ela também acaba por passar a impressão de modos de jogo raquíticos e que precisavam de muitos ajustes para realmente se destacarem.

A campanha em GRID é separada em diferentes categorias: Touring, Stock, Tunados, GT, Fórmula e eventos restritos. Cada evento pode ser composto de várias corridas e, uma vez escolhido o carro, o jogo salta direto para a corrida. O jogo permite alterações nos carros, mas suas opções para tal estão muito bem escondidas.Também é possível trocar a pintura dos veículos com seleções pré-determinadas. O jogador possui um conjunto básico e carros e vai adquirindo mais veículos conforme obtém mais dinheiro por ganhar corridas e torneios.

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Devo ressaltar que a Codemasters forneceu o título com um código VIP que garante um bônus adicional de 10% no dinheiro ganho em cada corrida. A quantia que consegui acumular de dinheiro era suficiente para comprar vários carros nos eventos iniciais, no entanto, o elevado custo de alguns carros dos eventos finais tornava a experimentação de diferentes veículos um ato bastante proibitivo. Outro agravante também está nas pouquíssimas informações sobre cada veículo, sendo extremamente difícil diferenciá-los antes de uma corrida. É possível vender veículos ou até mesmo alugá-los em alguns casos, mas não senti necessidade em fazer isso, pois os veículos oferecidos por padrão já eram me foram suficiente em boa parte dos eventos. Jogadores com a versão normal talvez venham a sofrer um pouco mais com a falta de dinheiro, mas o jogo já fornece uma ótima seleção de veículos padrão.

O jogador pode alterar diversos aspectos da dificuldade como quais assistências estão ligadas, nível da inteligência artificial, linha de corrida e muito mais. Essas alterações permitem que o jogador crie uma experiência customizada que permite agradar iniciantes e veteranos. A jogabilidade de GRID fica em um meio termo entre um jogo arcade de corrida e um simulador, perfeito para iniciantes do gênero começarem a se habituar com as características de simuladores. A mecânica de “Rewind”, também presente nos outros jogos da série, permite retornar alguns segundos no tempo e corrigir erros que podem resultar em situações extremamente punitivas. Isso permite que jogadores possam errar, sem se preocupar em perder todo o progresso em uma corrida. Um bom ajuste de dificuldade acompanhado de sua excelente jogabilidade do título é o que faz com que GRID se destaque como excelente jogo de corrida.

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Uma novidade do título fica pela mecânica “Nemesis” faz com que a AI se torne altamente agressiva caso o jogador colida muito fortemente ou muitas vezes com um outro corredor. Em tese, isso é um incentivo para que o jogador não realize manobras bruscas, no entanto, o “Nemesis” deixa de existir após terminar uma corrida. O pior é que devido ao baixo número de voltas e algumas pistas extremamente estreitas, ser grosseiro é as vezes uma das únicas maneiras de ultrapassar seus oponentes. Essa mecânica seria muito mais eficiente se o progresso de cada corrida afetasse a campanha como um todo, mas cada evento existe num vácuo faz com que a “carreira” e, consequentemente, a progressão do jogador seja uma simples lista de vitórias e derrotas em vez de uma curva de habilidade bem traçada.

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A simplicidade excessiva do título também acaba por atrapalhar a experiência do jogador num geral. O título faz um péssimo trabalho em explicar os básicos de uma corrida, das particularidades de cada categoria ou sequer informações claras sobre cada veículo. Em toda a corrida você tem um outro integrante em seu time, mas o jogo não convém informação sobre como comandá-lo ou da opção de trocá-lo por outros corredores melhores. A simplicidade também se aplica aos menus que muitas vezes escondem opções importantes (ajustes dos carros, por exemplo) de maneira bastante inconveniente. Caso GRID fosse um jogo apenas local e mais barato, seria uma recomendação fácil para fãs do gênero, porém, ainda deve ser levado em consideração o online e, consequentemente, da longevidade que se espera do título.

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O online tem apenas dois modos: Partidas Rápida e Partida Privadas. Salas Privadas permite que o jogador escolha a categoria da corrida e convide seus amigos para jogar, fazendo deste um modo mais dedicado para uma comunidade. O modo partida rápida coloca o jogador em uma corrida aleatória, impossibilita a escolha da categoria mesmo se você for o host da sessão e também não permite procurar por salas. Em minha experiência, joguei cerca de 1 hora para encontrar duas boas corridas e uma dezena de tentativas falhas. E nas duas boas corridas, ainda tiveram problemas com a IA e com outros jogadores largando antes da hora ou com o carro que simplesmente não respondia aos comandos. Essencialmente, não vejo esse título tendo uma longevidade online muito grande. A simplicidade acaba sendo o maior problema do título fazendo com que mesmo que sua jogabilidade seja excelente, tudo ao seu redor parece inacabado, algo difícil de aceitar para um produto que cobra um preço completo.

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Veredito

GRID tem uma excelente jogabilidade, mas cujo pacote completo acaba por ser afetado por uma excessiva simplicidade e por um modo online muito aquém para os padrões atuais.

Jogo analisado com código fornecido pela Codemasters.

Veredito

65

GRID

Fabricante: Codemasters

Plataforma: ps4

Gênero: Corrida

Distribuidora: Codemasters

Lançamento: 11/10/2019

Dublado:

Legendado:

Troféus:

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Veredict

GRID has an excellent gameplay, however, the whole package ends up failing due to its excessve simplicity and the online mode that is far below what you can expect from current standards.