[PSN] Octodad: Dadliest Catch

Dentre as formas de gêneros que encontramos nos jogos hoje em dia, Octodad: Dadliest Catch foge da regra. Se tratando de um indie (jogos de produtoras independentes sem financiamento de outras empresas), vemos que o jogo tem mais liberdade para ousar, mas até dentre os indies ele acaba sendo único.

No jogo, você controla um polvo, o “Octodad” do título, que encontra sua cara metade humana e, enganando todos a sua volta, casa e constitui uma família com sua amada. Alguns anos à frente, já com dois filhos e na sua própria casa, o jogo começa com o protagonista lidando com tarefas do dia-a-dia, como fazer café e cortar a grama. Se apenas o jogo permanecesse assim, seria um verdadeiro jogo de simulação da vida de um pai, exceto que os dias calmos do “Octodad” estão contados – um cozinheiro irado faz questão de acabar com a farsa à todo custo.

Os controles do jogo é o que o torna algo verdadeiramente único, além da história: você, no comando de um polvo disfarçado de humano, controla o personagem, um passo por vez, pé por pé, ou melhor, tentáculo por tentáculo. Você controla cada passo e todo o movimento do personagem, além de controlar o seu tentáculo-mão para interagir com objetos do cenário e resolver puzzles.

Este acaba sendo o ponto principal do jogo: resolver puzzles para continuar a história e ver o desenrolar dos acontecimentos desta família, mas tem um porém – você não pode deixar que os outros percebam que você não é humano.

Quando há pessoas ao seu redor, o jogo mostra se eles estão te observando, além de uma barra abaixo da tela que detecta o nível da desconfiança deles. Se ao se mover você derrubar itens ao seu redor, esbarrar nas pessoas ou mesmo fazer algo que um humano não conseguiria, eles vão notar e sua barra irá crescer. Caso a barra chegue ao máximo, você chega ao “game over” e volta ao ponto anterior para tentar novamente. Você pode alterar a dificuldade do jogo, que modifica apenas a facilidade dos outros de detectarem os seus movimentos estranhos.

O jogo mostra o objetivo do personagem, então cabe ao jogar decidir como resolver o problema, já que alguns deles você pode resolver de várias maneiras ou mesmo escolher quais dos objetivos vai resolver primeiro. A exploração dos cenários é um aspecto bastante interessante do jogo, mas ao mesmo tempo você deve se preocupar em manter o cuidado para não chamar a atenção das pessoas ao seu redor.

Originariamente, o jogo foi lançado para computador e, alguns meses depois, para PS4. Alguns jogadores acabam se preocupando sobre o desempenho desses jogos quando são lançados posteriormente no Vita, mas no caso de Octodad: Dadliest Catch, não é uma preocupação. Não há problemas de desempenho em comparação às outras versões, somente os gráficos que foram adaptados ao Vita e que estão um pouco abaixo do nível dos gráficos da versão de PS4.

O jogo é um tanto curto, pode ser completado em algumas horas, mas acaba sendo porque a graça do jogo é a sua jogabilidade, a exploração dos cenários e como você decide resolver os problemas. O humor por trás da história e o desenvolvimento do personagem acabam sendo uma surpresa agradável. Há também um modo de dois jogadores, cada um controlando uma parte do protagonista, além de quatorze troféus para colecionar nesta versão.

Em resumo, é um dos jogos em que a jornada é a parte divertida, incluindo toda a exploração e a narrativa por trás do jogo. É algo único e inédito, então, mesmo que os controles possam ser frustrantes em alguns momentos e o jogo seja mais curto do que eu gostaria, vale a pena conferir.
 

Veredito

Apesar das dificuldades no controle do personagem, Octodad: Dadliest Catch é uma experiência válida e divertida para aqueles procurando jogos que fujam dos moldes que conhecemos e estamos acostumados.

Jogo analisado com código fornecido pela Young Horses.

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70

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