Marvel: Ultimate Alliance 2

Marvel: Ultimate Alliance 2 é baseado em sua maior parte na história contada no recente sucesso "Guerra Civil" dos quadrinhos da Marvel Comics (embora contenha também elementos da saga "Guerra Secreta" em sua narrativa). Desenvolvido pela Vicarious Visions, o jogo segue o estilo de jogabilidade mesclando elementos de RPG e principalmente de ação e combate que já tinha sido apresentado na edição anterior do jogo. Porém foram adicionados alguns elementos novos que fazem com que a fórmula inicial não seja tão repetitiva e batida como poderimos esperar.

 

A história se inicia quando o Capitão Nick Fury invade a Latvéria com a ajuda de um grupo de super-heróis. E o desdobrar da história se dá nos fatos da série “Guerra Civil”: O congresso norte-americano decide que todos os super-heróis devem revelar as suas identidades caso decidam continuar com suas atividades. Desta forma, o universo de heróis se divide em dois grupos, os que discordam da decisão do governo e a partir deste ponto serão tratados como inimigos (Capitão América, Luke Cage e outros), e os que defendem a posição do governo e que agora além de combater os vilões serão responsáveis por prender os heróis que desobedecerem à lei (Homem de Ferro e Sr. Incrível, dentre outros). E você deverá escolher de qual lado vai ficar ao mesmo tempo em que vai combatendo super-vilões e fazendo alianças estratégicas inesperadas e por vezes infames.

 

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A jogabilidade é em grande parte muito semelhante à edição anterior do jogo. São quatro heróis simultâneos na tela (embora só um seja controlado individualmente), atravessando corredores e salas combatendo dezenas de inimigos ao mesmo tempo. Embora os golpes e ações sejam diferenciados para cada personagem (o Homem de Ferro pode voar, o Homem Aranha pode lançar teias, a Mulher Invisível pode… ficar invisível), não chega a fazer grande diferença. Um ataque do Wolverine com as suas garras ativadas ou um murro do Homem Aranha tiram a mesma quantidade de dano. Apenas no caso dos personagens que são teoricamente mais fortes (devido ao seu tamanho) a força dos ataques chega a ser diferente, como no caso do Coisa e do Hulk.

 

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As principais diferenças na jogabilidade agora vêm dos ataques combinados que podem ser realizados entre os super-heróis conforme uma barra de força específica para isso vai sendo cheia. Por exemplo, ao possuirmos na equipe o Homem de Ferro e o Capitão América, pode ser realizado um ataque conjunto entre os dois no qual o Homem de Ferro lança um raio no escudo do Capitão América, que por sua vez diverge o raio para várias direções na tela, acertando vários inimigos simultaneamente. É uma adição interessante, mesmo que não seja tão variada quanto poderia ser: se no exemplo acima o par for Wolverine e Homem de Ferro, o ataque combinado será exatamente o mesmo (com os raios refletindo nas garras do Wolverine).

 

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O jogo também possui alguns elementos que são bem característicos dos RPGs: Progressão de nível individual para cada personagem de acordo com a pontuação ganha em seus combates; Utilização de “perks” para adição de reforços às equipes; Sistema de cura no qual um dos personagens pode curar a si próprio ou a outro da equipe; Bônus de performance para formação de equipes especiais (apenas o Quarteto Fantástico ou apenas personagens dos X-Men, por exemplo); E escolha de frases (e opções) em diálogos que podem alterar características de agressividade dos personagens

 

No aspecto gráfico o jogo não apresenta nada de especial. Na verdade, fica até aquém das possibilidades e do que poderíamos esperar de um jogo da nova geração de consoles. As texturas são repetitivas e até meio borradas. Os personagens parecem bonitos de longe, mas de perto pode ser percebida grande falta de detalhamento. Os efeitos de luz são bons, mas ainda assim parecem desnecessariamente escuros demais. Os CGs também são muito pouco inspirados, mostrando cenários simples e que mantém o mesmo nível de qualidade meio preguiçoso do resto do jogo. Em geral, não chega a ser terrível, mas sem sombra de dúvida faltou capricho por parte da produtora.

 

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Embora as cenas contem com dublagens diferenciadas para cada personagem, estas também não são das mais inspiradas. As vozes embora tentem espelhar-se nas já consagradas dos desenhos e filmes (grossa e rouca para o Wolverine e com trejeitos adolescentes para o Homem Aranha, por exemplo), não passam o realismo necessário e em alguns momentos parecem dublagem de novela mexicana.

 

O jogo também conta com multiplayer co-operativo (que parece que está se tornando uma tendência para adição de longevidade aos títulos de videogame) online e offline, que funciona bem nos dois casos. Os jogadores têm liberdade para entrar e sair da partida em qualquer momento da trama.

 

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Em síntese, se você é um fã das sagas e dos personagens da Marvel Comics, mesmo com a jogabilidade se tornando cansativa depois de certo tempo, Marvel: Ultimate Alliance 2 é obrigatório. E mesmo se você não for, mas se tiver interesse em disputas online ou offline de forma co-operativa e não se importar com gráficos meio batidos e narração pouco inspirada, o jogo ainda vale a compra. Caso você não se encaixe em nenhuma das situações acima ou caso não seja um grande fã de Action-RPGs, considere no máximo uma alugada.

 

Veredito

70

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