Yuji Naka

Ao longo dos últimos meses, a saga judicial pela qual vem passando Yuji Naka, o antigo chefe do Sonic Team, tem chamado bastante atenção nos noticiários, desde que ele foi acusado formalmente pela polícia após ser preso por “Insider Trading”, ou, como é conhecido no Brasil, o crime de Manipulação de Mercado.

O caso foi à julgação pela Corte Distrital de Tóquio em março, com Naka sendo acusado de adquirir ações nas desenvolvedoras Aiming e ATeam logo antes de ser anunciado que ambos os estúdios estariam trabalhando em projetos da sua então-empregadora, a Square Enix.

No primeiro julgamento em 02 de março, Naka confessou as acusações. Mas, em uma recente atualização do caso, parece que ele resolveu tentar transmitir ao menos parte da responsabilidade para um suposto erro de sua secretária.

Segundo o usuário do twitter @gosokkyu, traduzindo uma matéria disponibilizada no YouTube por um canal japonês, Naka confessou as acusações de manipulação de mercado e disse que o seu envolvimento começou graças a um erro de sua secretária que o fez ter acesso a informações que ele não deveria ter tido.

Isso significa que a equipe de defesa de Yuji Naka está alegando que não houve uma premeditação na compra das ações por e que o fato dele ter visto essas informações que ele não deveria ter tido acesso o levaram ao seu eventual curso de ação. Pode parecer um argumento frágil mas, como o próprio @gosokkyu apontou, parece ser ou a única forma de defesa que encontraram ou genuinamente a única abordagem que pode vir a conseguir um pouco de clemência da corte japonesa para ele.

O sucesso desse argumento ainda será avaliado, já que o crime pelo qual Naka está sendo acusado deixa um certo espaço para interpretação de intenção visto que o crime de Manipulação de Mercado/Insider Trading presume que ele comprou as ações com a intenção de revendê-las por um valor maior após os anúncios dos projetos até então secretos dos estúdios. Projetos estes que eram Dragon Quest Tact da Aiming e Final Fantasy VII: The First Soldier da ATeam, o qual já se encontra com serviços encerrados.