Theatrhythm Final Bar Line é o tipo de título que parece ser feito comigo em mente. Um jogo de ritmo feito pensando tanto em veteranos quanto novatos do gênero e utilizando as músicas de uma das mais icônicas e amadas séries de videogame de todos os tempos em Final Fantasy. E uma demo é exatamente o veículo perfeito para convencer quem nunca se imaginou com um jogo do estilo a perceber que é bem fácil se divertir com ele.
E foi justamente essa demo a qual nós tivemos acesso antecipadamente graças à Square Enix Latin America. E eu não poderia ter saído da experiência mais convencido sobre o potencial que Theatrhythm Final Bar Line tem. Apesar de ser relativamente curta, contando com apenas 30 das prometidas 385 músicas que o título final terá, ficamos com um intenso gostinho de “quero mais”.
Embora a série Theatrhythm, consistente até aqui de dois títulos lançados para Nintendo 3DS em 2012 e 2014 e um terceiro para Arcades no Japão em 2017, já venha sendo há algum tempo um dos veículos através do qual a SE celebra os aniversários mais importantes da sua principal série, algo aqui parece diferente. Maior.
A estrutura ainda segue basicamente a mesma. Você escolhe um dos títulos disponíveis no jogo (aqui na demo tínhamos FFII, V, VII, XIII, XIV e XV), o que basicamente significa todos da linha principal e alguns dos spin-offs mais importantes, e então uma das canções daquele título para jogar. O cerne do jogo gira em torno das Series Quests, através do qual você poderá jogar todas as músicas disponíveis de cada título para desbloqueá-las no Music Stages (onde poderá jogá-las livremente).
Mas, como se trata de um jogo baseado em uma série de RPGs, alguns elementos do gênero se apresentam aqui. Antes de cada fase, você precisará escolher sua party, consistindo de 04 personagens de toda a série (com um elenco de 104 personagens desbloqueáveis), além de Summons, um Airship e um mascote. Cada personagem possui habilidades, forças e fraquezas que vão lhe ajudar no progresso da missão, ajudando assim a completar side-quests dentro dessas missões, além de ganhar EXP e evoluir ao final delas.
Quando a música começa, o jogador precisa apertar botões à medida em que eles vão cruzando um ponto específico no lado direito da tela. Essas combinações podem ir de apertar botões de ataque (qualquer botão de face ou gatilho) ou direcionais (movimentando o analógico na direção indicada), além das esperadas combinações de nota segurando botões ou apertando múltiplos deles.
Quanto melhor você jogar, mais pontos irá fazer e, consequentemente, mais ataques e habilidades seus personagens irão usar. Isso é determinante para conseguir completar as fases da melhor forma possível, e, apesar da composição da sua party ser importante, tudo ainda gira em torno de apertar os botões no ritmo certo e na ordem certa. Felizmente, mesmo se você não é um veterano do gênero ou quase não teve contato com ele (como é o meu caso), Theatrhythm Final Bar Line se mostrou incrivelmente fácil de aprender.
Mesmo jogando no normal, sem qualquer tipo de assistência do jogo, foi fácil já na terceira música conseguir um Ranking S (o que é determinado pela sua pontuação e sequência de acertos), com uma Perfect Chain vindo poucos minutos depois. Embora as músicas se tornem tensas com alguma frequência e tudo pareça prestes a desmoronar com o ritmo intenso de algumas músicas, todas as canções são excelentes e é fácil se sentir motivado para acertar tudo quando se está ouvindo Saber’s Edge, Stand Your Ground ou Fight On.
Isso, claro, no normal. O jogo vai a dificuldades insanas ao se jogar no Expert, Ultimate e, principalmente no Supreme, então os fãs de jogo de ritmo vão conseguir se esbaldar. Se você é, como eu, só um fã da série e de suas músicas, o Basic propõe um desafio mais do que suficiente e boas doses de diversão. Ou, caso queira só curtir as músicas, o jogo ainda conta com um sistema de auto-play, lhe permitindo só prestar atenção na tela sem se preocupar em apertar os botões.
E ser fã da série parece ser o principal requisito, visto que, apesar do ótimo gameplay, Theatrhythm Final Bar Line é bem focado em destravar coisas. Novas músicas, novos summons, além de uma vasta coleção de itens para o museu do jogo, telas icônicas e filmes para serem assistidos e arquivados pelos fãs. É bastante coisa e muito baseada em jogador mais, ganhar mais pontos e ir evoluindo sempre, mas um bem divertido.
A única coisa que não pudemos testar foi o modo multiplayer do jogo. Chamado de Multi Battle, a promessa é que o modo permitirá aos jogadores participar de partidas competitivas e cooperativas em modos bem variados e desafiadores. Como isso funcionará na prática ainda é um mistério para este que vos fala, mas é inegável que o gameplay do título é fácil de se ver funcionando com amigos. Há também uma possibilidade de multiplayer local, mas dada a limitação de como testamos a demo (rodando no Switch e, na maior parte do tempo, no modo portátil), não deu pra ver muito dele também.
Dito tudo isso, Theatrhythm Final Bar Line precisava só de uma coisa para mostrar promessa pra mim que era ser divertido o suficiente de se jogar enquanto eu ouvia as músicas que eu tanto amo. E é exatamente isso que ele vai caminhando para entregar quando for lançado no dia 16 de fevereiro no PlayStation 4 e Switch. Então, se você é fã da série, é bom ficar de olhos e ouvidos bem atentos.