Análises

The Witch and the Hundred Knight 2

O primeiro The Witch and the Hundred Knight foi uma experiência única, porém, lotada de problemas. A jogabilidade era similar a Diablo misturado com mecânicas de ação, mas suas fases eram muito extensas, causando períodos de tédio relativamente longos. A história era essencialmente uma tragédia, em que praticamente todos os personagens são pessoas verdadeiramente ruins, com ações repugnantes que resultavam em consequências abomináveis para todos os envolvidos, sendo que isso é precisamente o que tornava o título especial em meio a outros RPGs.

The Witch and the Hundred Knight 2 é uma interação sobre a fórmula criada no primeiro jogo, com algumas coisas melhorando e outras piorando.

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A história foca nas irmãs Amalie e Milm, que são expulsas da vila onde vivem após Milm contrair a “doença da bruxa”, cujo principal sintoma é um olho fechado na testa que, uma vez aberto, faz com que a mulher se torne uma bruxa e traz desastres e destruição. Amalie trabalha para a Weiss Ritter, uma organização que pesquisa uma cura para a doença e que caça bruxas já despertadas. O jogo se inicia com Amalie em sua primeira missão, enquanto Milm passa por uma cirurgia para ser curada da doença da bruxa. Infelizmente, a cirurgia vai completamente errada e Milm desperta como Chelka, uma bruxa com tendências altamente destrutivas.

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Amalie então procura uma forma de reverter a transformação de Milm em Chelka e evitar que a Weiss Ritter cace sua irmã, enquanto que Chelka procura por liberdade de fazer o que bem entender. Dando suporte às irmãs existe o Hundred Knight e Hunninmugin, um corvo drag queen que serve como guardiã de ambas as irmãs. Nessa aventura, esse grupo incomum encontra outras bruxas e entra em contato com as desgraças que estas causam, os familiares que apoiam as bruxas, agentes da Weiss Ritter com suas determinações pessoais para eliminá-las e mais. Existem poucos personagens na trama central, mas são desenvolvidos com bastante atenção. Infelizmente (ou felizmente, talvez) o segundo jogo não chega no mesmo nível trágico do original, mas a história é contada de forma muito mais interessante e coerente que seu predecessor.

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Os sistemas de combate sofreram algumas alterações e mesclam melhor entre si, tornando a jogabilidade mais divertida e também estratégica. Hundred Knight utiliza de múltiplas armas em seus ataques para matar seus inimigos, fazendo com que o jogador deva se preocupar em ter um arsenal de armas diversificado e bastante poderoso. Ele pode assumir diferentes facetas (classes), que alteram suas habilidades especiais e o modo de combate, oferecendo opções mais agressivas, defensivas ou até mesmo manipuladoras para sair vitorioso nas lutas. Tochkas retornam servindo como evocações de suporte e ainda existem várias outras mecânicas que complementam o combate.

The Witch and the Hundred Knight 2 tem seus desafios consideráveis. Os inimigos normais utilizam padrões básicos de ataque, mas encontrar versões superpoderosas ou grandes grupos de inimigos pode causar a morte rapidamente. Os melhores combates ficam por parte dos chefes, que além de serem poderosos e relativamente difíceis, mudam suas estratégias no meio do combate para dificultar a vida do jogador. Houve poucos chefes em que não fui derrotado pelo menos uma vez e necessitei bastante de abusar de todas as mecânicas de combate.

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Um dos principais problemas do original eram suas gigantescas fases, que tornavam a exploração excessivamente cansativa. O segundo jogo opta por um único mapa interligado por pequenas áreas e que, em tese, tornaria a exploração mais interessante e menos cansativa. Infelizmente, esses são gerados de maneira aleatória, portanto, as temáticas e blocos que compõem os mapas se repetem excessivamente e, consequentemente, torna a investigação desses ambientes em algo cansativo e às vezes com pouca recompensa.

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Veredito

The Witch and the Hundred Knight 2 é uma interação sobre o original e deve agradar os fãs de seu predecessor. A sequência conserta a maioria dos defeitos do original, mas também possui suas próprias falhas e não consegue alcançar os mesmos desenvolvimentos trágicos que o anterior, mesmo tendo personagens mais interessantes. A NIS conseguiu criar um RPG de ação que consegue se destacar em meio a vários outros, seja pelas suas falhas ou pela sua história interessante e humanamente horrível.

Jogo analisado com código fornecido pela NIS America.

Veredito

75
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