Análises

Space Hulk: Deathwing – Enhanced Edition

Space Hulk: Deathwing é mais um jogo dentro do universo de Warhammer 40,000, que já é amplamente usado no mundo dos jogos. Baseado no jogo de tabuleiro Space Hulk, a versão Enhanced Edition chega aos consoles para inserir mais conteúdo aos adoradores do universo Warhammer.

Em Space Hulk: Deathwing, o jogador é um Librarian, líder do esquadrão Deathwing dos Dark Angels, a elite da primeira companhia dos Space Marines. A campanha principal gira em torno dos Dark Angels sendo enviados para inspecionar o surgimento de uma Space Hulk, que seria uma nave cheia de Genestealers, alienígenas agressivos que lembram bastante os Xenomorfos dos filmes Alien.

A história é dividida em 9 missões, que praticamente consistem no Librarian e mais dois companheiros do esquadrão avançando entre os corredores claustrofóbicos da Space Hulk seguindo objetivos diferentes, como eliminar inimigos, proteger locais, acionar dispositivos e acabar com ninhos de infestação dos Genestealers.

Com uma visão em primeira pessoa, o combate é mais cadenciado e mais tático do que apenas correr e atirar. Há um arsenal bem distinto para uso, que vão desde uma boa variedade de armas de fogo, combate corpo a corpo e até poderes específicos do Librarian. Tudo será útil na jornada, já que é bem frequente se ver cercado por inimigos e sempre em minoria. Há ainda uma evolução das habilidades do Librarian e seus parceiros, que ocorre ao final de cada missão com os pontos de habilidades que se conquista.

Mesmo com um combate tático e divertido, após algum tempo na campanha solo ele começa a ficar repetitivo, principalmente pela falta de variedade dos ambientes e dos inimigos. Essa falta de variedade reflete diretamente no conteúdo limitado, já que as 9 missões são tudo o que o jogo possui.

No modo multiplayer é possível jogar cooperativamente com até outros 3 jogadores, porém o conteúdo é exatamente o mesmo da campanha solo, não tendo nenhuma novidade. Como também há uma evolução no multiplayer, que consiste em ganhar pontos para comprar novas armas e habilidades, a melhor opção é jogar diretamente no modo online, evitando assim os parceiros controlados pela IA. Um ponto positivo de jogar direto no cooperativo e deixar a campanha solo de lado é a possibilidade de escolher qual classe usar e variar mais a jogabilidade.

Há ainda um modo de missões especiais, que consiste em utilizar os mapas de cada missão, mas com objetivos aleatórios e distintos das missões principais. Porém, é só uma forma diferente de se fazer a mesma coisa, caindo na mesmice e sendo um modo que pode ser deixado de lado em favor do cooperativo.

Visual e tecnicamente, o jogo é um pouco estranho. Enquanto os ambientes fechados e escuros dão uma boa sensação de tensão e apreensão enquanto se avança pelo mapa, basta olhar mais atentamente para ver o quanto a modelagem é simples demais, as texturas são de baixa qualidade e os efeitos de luz e partículas não são nada atraentes. Há ainda ocasionais quedas de frames e alguns congelamentos durante transição de cenário ou no salvamento.

Space Hulk: Deathwing não é um jogo para quem deseja apenas entrar numa campanha solo e se divertir. Quem buscar isso e tentar a campanha sem olhar para o coop, pode achar o jogo desinteressante e monótono ao longo da jogatina. Caso decida se focar exclusivamente na parte multiplayer, há um fator de diversão maior e uma longevidade atraente.

Veredito

Space Hulk: Deathwing Enhanced Edition é um jogo que mostra falta de polimento técnico e variedade de conteúdo. Mesmo com um bom combate, é recomendado para os que desejam apenas aproveitar bem o multiplayer cooperativo e para os fãs do universo de Warhammer 40,000.

Jogo analisado com código fornecido pela Focus Home Interactive.
 

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