SaGa Emerald Beyond

Uma das franquias clássicas de RPGs que mais me alegra ver renascendo em tempos modernos é SaGa. Muito à frente do seu tempo quando surgiu como fruto da experimentabilidade de Final Fantasy II, ela sempre me pareceu algo mais alinhado com os gostos e interesses modernos do que com os padrões da indústria lá nos idos do final dos 80, começo da década de 90.

E, embora não seja o primeiro jogo da série a ser lançado para plataformas atuais, já que SaGa Scarlet Grace: Ambitions foi lançado em 2019 para PS4, Switch, PC e Mobile, o mais novo jogo da série, SaGa Emerald Beyond é o primeiro totalmente desenvolvido com essas plataformas em mente, visto que Scarlet Grace é originalmente para PS Vita.

Pode parecer uma diferença pequena, mas é notória. Quando recebemos o convite para jogar antecipadamente um pouco de SaGa Emerald Beyond para compartilhar nossas impressões com vocês, a empolgação com o potencial visto nos trailers foi aos poucos sendo substituída por uma certeza de que ele está no caminho certo para continuar a elevar a franquia a um novo panteão dentro do gênero.

SaGa Emerald Beyond

A versão a qual tivemos acesso é só um pequeno compilado do que os jogadores poderão experimentar no conteúdo final que chegará ao PlayStation 4, PlayStation 5, Switch, PC e Mobile no próximo dia 25 de abril. Emerald Beyond é um título ambicioso que traz uma visão mais atual para os conceitos trazidos por SaGa Frontier, contando com seis protagonistas distintos com histórias únicas que explorarão um total de 17 mundos diferentes.

Nesse primeiro momento, nós pudemos ver um pouco do começo da jornada de três desses seis protagonistas nos seus mundos iniciais: o jovem guerreiro Tsunanori Mido que vem de uma família encarregada há gerações de proteger a barreira em torno da sua cidade; a bruxa Ameya Aisling buscando recuperar seus poderes; e Diva No. 5, uma cantora que perdeu sua voz e seu corpo, precisando assim reencontrar seu propósito.

Cada um dos personagens tem sua própria razão para embarcar nessa jornada e o primeiro capítulo de cada um dos três aos quais tivemos acesso consegue estabelecer bem suas personalidades e motivações. Dito isso, fica claro já nesse começo que cada um deles é bem distinto entre si, havendo motivos mais do que suficientes para que o jogador jogue múltiplas vezes com cada um deles.

SaGa Emerald Beyond

Isso é algo que só poderá ser consolidado com mais tempo de jogo, mas o plot geral que conecta esses mundos teoricamente desconexos e os eventos que afetarão a vida de todos os protagonistas também é bem interessante. Há muito potencial aqui, ainda mais quando consideramos que o jogo promete uma série de variações a depender da ordem em que o jogador for realizando certas ações, influenciando assim no seu resultado final.

Em termos de gameplay, bem, Emerald Beyond é basicamente uma evolução do que foi visto em Scarlet Grace. O sistema de combate segue o tradicional sistema de batalhas por turnos, com uma linha do tempo mostrando a ordem de combate, quais as habilidades estão sendo preparadas e com que alvo. Aliados agindo em sequência podem usar combos e, naturalmente, a medida em que fatos vão acontecendo em combate você poderá ganhar novas habilidades aleatoriamente através do tradicional Glimmer.

É claro, o que pudemos ver é o básico do sistema, já que é basicamente só o começo do jogo. Há toda uma vasta variedade de situações a serem vistas e novas abordagens para sistemas antigos, como, por exemplo, o fato de Tsunanori Mido poder controlar Kugutsus, que são guerreiros que podem imitar habilidades de outros membros da sua equipe. São sistemas que prometem expandir bastante as opções táticas à disposição do jogador pelas dezenas de horas do jogo mas que, novamente, só poderemos realmente testar a profundidade quando pudermos ter mais tempo com o jogo.

SaGa Emerald Beyond

Assim, apesar de ter sido um tanto quanto limitado o quanto nós pudemos jogar, esse primeiro gostinho do que SaGa Emerald Beyond terá a oferecer serviu como um excelente aperitivo para o que o jogo promete entregar em sua forma final. Os personagens passam uma boa primeira impressão e o pouco que se pode ver da narrativa é capaz de fisgar o jogador na busca por ver o desenrolar dessa trama.
O gameplay também é bem divertido e entrega mais do que os jogadores mais experientes já esperariam de um título da série, mas sem ser intransponível para novatos que devem ter em SaGa Emerald Beyond uma ótima porta de entrada para a franquia.

Junte a isso os gráficos que melhoram o visto em Scarlet Grace e a trilha sonora que já se mostra no mesmo nível que estamos acostumados e SaGa Emerald Beyond tem tudo para ser mais um cativante RPG que merece sua atenção quando for lançado no próximo dia 25 de abril para PlayStation 4, PlayStation 5, Switch, PC, iOS e Android. Uma demo será lançada amanhã (4).