Um dos pontos citados no relatório financeiro da Sony liberado na última madrugada, que apontou um lucro histórico para qualquer empresa de videogame no primeiro trimestre do ano fiscal, é referente ao número de assinantes PS Plus.
A Sony possui um total de 46,3 milhões de assinantes PlayStation Plus até o dia 30 de junho de 2021. Apesar de ser uma queda de 1,3 milhão em comparação com o trimestre anterior (47,6 milhões), é, ao mesmo tempo, também um acréscimo de 1,3 milhão quando comparado ao mesmo período do ano passado (que estava 45 milhões).
Ou seja, apesar de parecer um número alarmante e a primeira vez que a Sony relata uma queda no número de assinantes – está longe de ser algo problemático e mais distante ainda de afetar os lucros da companhia.
O que queremos esclarecer é que não é o usuário brasileiro deixando de assinar por conta do aumento do preço do plano que causou essa queda significativa. Não temos dados para nos embasarmos, mas é fácil concluir que estamos na transição de uma geração e num ponto de saturação. Ou seja, olhe a quantidade de PS4 vendidos no último trimestre: foram apenas 500 mil. A base instalada do console não aumentou consideravelmente e, consequentemente, não temos novos assinantes. E ainda por cima se considerarmos que muitos usuários de PS5 já foram donos de PS4, a assinatura ainda é a mesma (ou seja, a Sony não recebe novos assinantes no processo).
Isso tudo sem considerar a pandemia: no mesmo período do ano passado, a população global estava mais em casa jogando e aproveitando as coisas como a PS Plus. Falando durante um webcast (via VGC), o diretor financeiro Hiroki Totoki culpou o declínio do trimestre em assinantes PS Plus e usuários ativos mensais em geral justamente por conta dos bloqueios de coronavírus do ano anterior e como eles aumentaram a atividade de tempo de jogo. “Claro, 104 milhões [de usuários ativos mensais] não é um número forte, mas estamos olhando para isso como uma tendência de declínio? Não achamos assim”.
“Estamos tentando analisar diferentes elementos, mas não há tendências visíveis que possamos capturar. Talvez neste mês ou no próximo mês teremos que continuar a observar e fazer uma análise”.
“Correndo o risco de repetição, posso dizer que no ano passado a demanda de ficar em casa foi tão significativa em retrospectiva, então em comparação com o período do ano passado como uma tendência, é claro [diminuiu]. [Mas] em comparação com o ano fiscal de 2019 há um aumento”.