Nesta semana, o co-CEO da CD Projekt, Michał Nowakowski, anunciou que o próximo jogo da franquia The Witcher – também conhecido como Project Polaris e não oficialmente chamado pela maioria apenas de The Witcher 4 – finalmente entrou no que ele descreveu como ‘produção em larga escala – a fase mais intensiva do desenvolvimento’.
Após isso, a CD Projekt RED conversou com o site Eurogamer. “O próximo jogo que fizermos não será menor, e não será pior… não queremos voltar”, disse Nowakowski.
Unreal Engine 5
“Sei que muitas pessoas estão curiosas sobre isso, então tentarei explicar”, disse o vice-presidente de tecnologia da CDPR, Charles Tremblay, no início deste ano, brincando ironicamente que a decisão [de trocar para a Unreal Engine 5] foi uma “questão muito polarizadora em geral, para a empresa e para todos”. Ele explicou que, ao contrário da crença popular, a REDengine não foi a causa específica dos problemas do estúdio com o desenvolvimento de Cyberpunk 2077, e nem seu lançamento severamente problemático foi o principal motivo da troca”.
“A primeira coisa que quero dizer novamente, para ter certeza, 100% claro, é que toda a equipe, inclusive eu, estamos extremamente orgulhosos do motor que construímos para Cyberpunk. Então não se trata de ‘isso é tão ruim que precisamos mudar’ e, você sabe, ‘mate-me agora’ – isso não é verdade. Isso não é verdade, e não foi por isso que a decisão de mudar foi tomada”.
Em vez disso, tudo se resumiu ao desenvolvedor querer ter vários projetos em desenvolvimento ao mesmo tempo – ou seja, o próximo jogo Witcher, a sequência mais distante de Cyberpunk com o codinome Orion e a nova IP ainda distante com o codinome Hadar. “A maneira como construímos as coisas no passado era muito unilateral, como um projeto de cada vez. Nós forçamos o limite – mas também vimos que se quiséssemos ter um multiprojeto ao mesmo tempo, construindo em paralelo, compartilhando tecnologia juntos, não seria fácil”, disse ele.
Ambição com The Witcher 4
“Mais uma vez, não direi que é fácil”, ele acrescentou, “mas acho que temos algumas coisas legais acontecendo, e espero que isso tenha uma boa demonstração [da tecnologia]. A única coisa que direi é que mudar a tecnologia para nós não muda o fato de que sempre seremos ambiciosos”, ele disse. “E o próximo jogo que fizermos não será menor, e não será pior. Então será melhor, maior, melhor que The Witcher 3, será melhor que Cyberpunk – porque para nós, é inaceitável [lançar dessa forma]. Não queremos voltar atrás.
Outra observação sobre plataformas também: outra coisa que o estúdio tirou dos erros de Cyberpunk 2077 foi o que Nowakowski descreveu como “o foco na plataforma alvo” durante o marketing desde o início. “Acho que o que nos colocou em muitos problemas foi o quão tarde começamos com o PS4 e o Xbox [One] naquela época, e não queremos nunca mais estar na mesma situação”.
