Um novo jogo da linha Arcade Archives foi lançado nesta semana e trata-se de Pac-Land. Algo curioso, porém, foi notado nesse relançamento: Ms Pac-Man está ausente (via VGC).
Quando os jogadores retornam à casa de Pac-Man no jogo, eles não são mais recebidos por Ms Pac-Man, mas sim por uma nova personagem que usa um chapéu rosa. De acordo com Ryan Silberman, que contribuiu para o livro Pac-Man: Birth of an Icon, a nova personagem aparece no próximo Pac-Man Museum+ e parece ser chamado de ‘Pac-Mom’.
O novo sprite parece ser a mais recente tentativa da Bandai Namco de manter a Ms Pac-Man fora de seus jogos, pelo menos até que resolva uma disputa em andamento sobre os direitos dos royalties do personagem.
O jogo original Ms Pac-Man não foi uma criação da Namco. Era originalmente uma versão modificada do jogo chamado Crazy Otto, que foi feito por um grupo de programadores da General Computer Corporation (GCC) nos EUA. A Midway, que tinha os direitos de lançar Pac-Man na América do Norte, queria lançar uma sequência, mas a Namco não havia fornecido uma, então a Midway concordou em comprar os direitos de Crazy Otto da GCC, com os dois trabalhando juntos para transformá-lo em Ms Pac-Man.
Quando o acordo de licenciamento da Namco com a Midway foi encerrado em 1984 (supostamente porque não autorizou a decisão de liberar Ms Pac-Man), os direitos do nome Ms Pac-Man foram para a Namco. No entanto, a GCC já havia concordado com um acordo de royalties com a Midway, o que significa que receberia royalties sempre que a Ms Pac-Man fosse usada.
Isso ficou ainda mais complicado em 2019, quando a AtGames, uma empresa especializada em mini consoles e portáteis retrô, lançou um mini gabinete de arcade Ms Pac-Man, apesar da Bandai Namco alegar que nunca deu permissão para isso. A Bandai Namco processou a AtGames, que uma semana depois fez um acordo com a GCC para adquirir os royalties de Ms Pac-Man supostamente devidos a ela.
Desde então, a Bandai Namco aparentemente fez esforços para garantir que Ms Pac-Man não apareça em nenhum de seus jogos, para não complicar ainda mais a disputa de royalties.