Mini-análises #5

Existem jogos que não há muito a ser dito. São jogos pequenos ou ports. Pensando nisso, criamos este artigo chamado "mini-análises". Nele, você encontra mais de uma análise por edição. Os textos abaixo podem ser lidos aqui (obviamente) ou em nossa bibilioteca de análises, também.

Nesta edição, você lerá análises de dois jogos para o PS3, dois para o PS4 e três para o PS Vita.
 


Assassin's Creed: Liberation HD (PS3)
– Por: Filipi Silveira

Nota: esta é uma mini-análise que apenas destaca as diferenças da versão remasterizada em HD para PS3 em relação ao título original de PS Vita. Leia a análise completa do jogo clicando aqui.

Assassin’s Creed: Liberation HD é a versão em HD de um dos grandes blockbusters do Vita. Nele, é contada a história de Aveline de Grandpré, a primeira protagonista mulher de um jogo da série, que vive na Nova Orleans do século XVIII e se dedica a libertar os escravos da região e a lutar contra os templários.

A principal e mais sensível diferença na versão de PS3, como o próprio título do jogo anuncia, são os gráficos, visivelmente mais complexos e detalhados do que no game original. Isso era o essencial e a Ubisoft entrega um bom trabalho. Entretanto, para aqueles que já acompanham a franquia há algum tempo, vai ser difícil deixar de notar que o avanço da remasterização não foi o suficiente para deixar o visual do jogo no mesmo nível de um Assassin’s Creed nativo dos consoles. Para alguns, isso é mais ou menos óbvio, mas é importante destacar.

O refinamento da experiência ficou faltando também: o jogo, como na versão de Vita, é cheio de bugs que vão perturbando a experiência. Pessoas surgem do nada no cenário, não é raro ficar travado entre árvores no meio do pântano e, já no primeiro carregamento, um bug transforma a pequena Aveline num monstro horrendo.

Outra mudança bastante sensível é a ausência do multiplayer que marcava presença na versão do Vita. Como nossa análise completa explica, não é exatamente uma grande perda, mas é curioso uma versão remasterizada ter conteúdo a menos do que a original. Talvez para compensar, novas missões foram adicionadas ao modo single player, e elas se encaixam bem no contexto do jogo, mas não oferecem nada muito diferente.

Por fim, os controles, que usavam as funcionalidades específicas do Vita, foram bem adaptados ao DualShock 3 e permitem uma adaptação veloz ao fãs mais antigos da série.

Assassin’s Creed: Liberation HD traz uma remasterização do bom, mas um tanto decepcionante jogo de Vita. Os gráficos estão bem melhores, mas os bugs permanecem; o multiplayer se foi, mas o single player é bem vasto, embora um tanto linear. É uma experiência razoável para fãs da série que não têm o portátil da Sony.

Recomendação: 70%



FEZ (Vita)
– Por: Filipi Silveira

Nota: esta é uma mini-análise que apenas destaca as diferenças da versão de Vita em relação à de PS3. Leia a análise completa do jogo clicando aqui.

Fez é um jogo bastante popular no universo indie e já está no mercado há algum tempo. Nele, você controla Gomez, que vivia tranquilo num mundo 2D quando um misterioso cubo aparece e se despedaça, alterando sua realidade e enchendo-a de bugs. O protagonista precisa, então, recuperar os pedaços do cubo para reconstruí-lo e salvar sua realidade. Na prática, Fez é um jogo de plataforma e puzzle em cenários 2D que giram como se fossem construídos em 3D.

No Vita, Fez funciona tão bem quanto na versão de PS3, com a adição da tela de toque que permite ao jogador, ao arrastar o dedo por ela, observar trechos mais longínquos do cenário. Navegar pelo mapa também usa a mesma funcionalidade, que é bastante intuitiva e rápida.

Em termos gráficos, o jogo não fica atrás da versão de PS3, embora, obviamente, não seja tão fácil observar tantos detalhes na tela do portátil. A tela menor, inclusive, contribui para um pequeno desagrado que tive: em momentos em que a câmera do jogo recua muito, Gomez fica ainda menor do que já é, o que talvez mal seja notado na versão de console, mas que no Vita o deixou um pouco pequeno demais.

Os controles nos trechos de plataforma funcionam bem e os puzzles são exatamente iguais à versão de PS3, para o bem e para o mal. As fases são bastante segmentadas e a coleta de pedaços de cubo é um processo muito tranquilo e que pode ser retomado quase exatamente de onde se para, graças a salvamentos recorrentes. Por isso, em termos de design de cenário e proposta, Fez é um jogo bem adequado a um portátil, o que de alguma forma complementa o certo desgaste que longas partidas podem causar, como apontado na nossa análise principal.

Por fim, é preciso dizer que Fez apresenta cross-buy e cross-save entre as versões de PS4, PS3 e PS Vita.

Fez é um jogo original e bom, apesar de algumas falhas, e sua versão de Vita está no mesmo nível da versão de PS3, com a vantagem de o design do jogo favorecer uma plataforma de partidas curtas.

Recomendação: 88%



UFO Dad (Vita)
– Por: Ivan Nikolai Barkow Castilho

UFO Dad é, na verdade, um título da linha PlayStation Mobile (portanto, compatível com o PS Vita). Ele é exclusivo da linha e foi produzido pela Edit Mode. Trata-se de um puzzle que mistura também elementos de plataforma.

O objetivo do título é simples: junte as peças de hambúrguer e avance para a próxima fase, destruindo os blocos que for preciso para isso. O gameplay permite que seu personagem ande livremente no cenário do puzzle. No início, você controlará apenas Dad e destravará outros personagens enquanto progride – cada um com seu estilo único (velocidade, força, altura do pulo e poderes especiais que são usados quando você consegue uma pontuação alta).

A dificuldade evolui de uma forma semelhante a Tetris. Você pode escolher entre a fase 1 ou ir direto para a 10. Há também rankings online.

Por fim, apesar dos gráficos serem muito simples, o som do jogo é bom. Não há micro-transações e o custo do título é bem baixo por ser da linha PS Mobile. Há alguns bugs que podem frustrar o jogador, mas de uma forma geral é um bom título para a linha e para o Vita.

Recomendação: 70%



Stealth Inc: A Clone in the Dark Ultimate Edition (PS4)
– Por: Ivan Nikolai Barkow Castilho

Nota: esta é uma mini-análise que apenas destaca as diferenças da versão de PS4 em relação à de PS3. Leia a análise completa do jogo clicando aqui.

Stealth Inc. – Ultimate Edition é a edição, como o título diz, definitiva do jogo da Curve Studios para o PS3 e Vita de 2013 que agora chega ao PS4. A nossa análise de PS3 explica com mais detalhes o funcionamento, mas Stealth Inc é um simples jogo de plataforma focado na discrição. Ou seja, você deve avançar sem ser detectado, enquanto soluciona puzzles e evita obstáculos como câmeras e lasers.

Os comandos são simples e intuitivos, como círculo ser usado para agachar e X para pular. Há muitas fases, mas a versão de PS4 inclui os dois DLCs lançados ("The Lost Clones" e "The Teleporter Chambers"), trazendo o total de fases para mais de 120. O jogo também tem novos troféus e rankings online.

Infelizmente, não há cross-buy com as versões já disponíveis de PS3 e de Vita. Portanto, o título só é recomendado para quem ainda não aproveitou o jogo original ou apenas possui o PS4.

Recomendação: 80%



Assassin's Creed IV: Black Flag (PS4)
– Por: Ivan Nikolai Barkow Castilho

Nota: esta é uma mini-análise que apenas destaca as diferenças da versão de PS4 em relação à de PS3. Leia a análise completa do jogo clicando aqui.

Assassin's Creed IV: Black Flag foi eleito o nosso melhor jogo de 2013 no PlayStation 4. Na ocasião, mencionamos a análise de PS3 para ser lida. E não estávamos errados – a versão de PS4 de ACIV é idêntica à de PS3, porém, com dois aspectos importantes: os gráficos incrivelmente melhorados e os controles levemente diferentes (como o uso do Touch Pad).

Se você pretende ter um PlayStation 4 ou já possui um, ACIV é uma ótima adição para a sua biblioteca. Leia nossa análise de PS3 para saber mais sobre o jogo.

Recomendação: 97%



Dustforce (Vita)
– Por: Ivan Nikolai Barkow Castilho

Nota: esta é uma mini-análise que apenas destaca as diferenças da versão de Vita em relação à de PS3. Leia a análise completa do jogo clicando aqui.

Dustforce no PS Vita é virtualmente idêntico à versão de PS3. Continua absurdamente desafiador, um hub confuso e com um gameplay que demora para se acostumar, assim como o online continua vazio e difícil de conectar com outros jogadores (mesmo existindo cross-play).

Mas como dito na análise original, "[…] o público-alvo de Dustforce são aqueles que não se cansam de repetir os mesmos estágios de novo e de novo em busca da perfeição". Portanto, se você se encaixa nessa categoria, Dustforce é um título obrigatório. Saiba mais sobre ele lendo a análise original.

Recomendação: 70%



Metal Gear Solid V: Ground Zeroes (PS3)
– Por: Ivan Nikolai Barkow Castilho

Nota: esta é uma mini-análise que apenas destaca as diferenças da versão de PS3 em relação à de PS4. Leia a análise completa do jogo clicando aqui.

A nossa análise de Metal Gear Solid V: Ground Zeroes detalhou bem tudo o que o jogo oferece no PS4. Em relação ao PS3, é exatamente o mesmo conteúdo – apenas que tudo roda a 720p e 30 quadros por segundo. Há também alguns outros efeitos que você nota a diferença, como a qualidade das sombras. Porém, continua sendo impressionante a qualidade gráfica no console que já está há quase uma década no mercado.

Há também a vantagem de que a versão de PS3 tem um custo reduzido em relação à de PS4. Portanto, se seu bolso falar mais alto, a versão de PS3 pode ser bem-vinda.

Algo pequeno que me incomodou foi que o trailer de The Phantom Pain não rodou nesta versão de PS3 após finalizar o título, algo que acontece no PS4. É possível que The Phantom Pain não aparecerá no PS3? Cedo para dizer, mas ao menos podemos aproveitar Ground Zeroes.

Recomendação: 90%