Mini-análises #4

Existem jogos que não há muito a ser dito. São jogos pequenos ou ports. Pensando nisso, criamos este artigo chamado "mini-análises". Nele, você encontra quatro análises por edição. Os textos abaixo podem ser lidos aqui (obviamente) ou em nossa bibilioteca de análises, também.

Nesta edição, você lerá análises de três games para o PlayStation Vita e um para o PS3.
 


Sound Shapes (Vita)
– Por: Ivan Nikolai Barkow Castilho

Nota: Sound Shapes também existe para o PS3 e é um título cross-buy, inclusive contando com cross-save. A análise foi escrita baseada na versão de Vita.

Sound Shapes é um jogo de plataforma musical. Ele é dividido em três opções básicas: as fases criadas pelos desenvolvedores, a opção de você criar a sua própria (e compartilhar, além de conferir outras criações) e a “Beat School”.

Você é uma pequena bola amarela que gruda nas superfícies. Segurando um botão, você retira essa propriedade de se grudar e aumenta a velocidade. Fora isso, temos o botão de pulo. Como podemos ver, os comandos são extremamente simples. Os objetivos? Coletar os itens nas fases e seguir para o seu final. Cada “item” coletado na fase é uma nota adicionada à música. Portanto, quando você chega no final da tela e se coletou todos os itens, a música estará tocando como deveria inicialmente. Por isso o nome do jogo: o som vai se moldando conforme você joga.

As fases são bem variadas e apresentam um desafio interessante de plataforma. Há, inclusive, colaborações de Deadmau5 e Beck, que valem ser destacadas. Depois de completá-las, há uma outra espécie de desafio que consiste em coletar os itens em menor tempo possível.

O “Beat School” é um desafio que o jogo oferece aos seus ouvidos. Há uma planilha de 16×9 quadrados (confira exemplos em nosso Trophy Guide. Você deve inserir uma quantidade de notas nos quadrados a fim de reproduzir o som que você está escutando. O som é diferente em cada linha, portanto você deve identificar que som está escutando e em que ritmo ele se encontra. É um desafio único e interessante.

Por fim, o modo de criação é onde os jogadores que gastam seu tempo em LittleBigPlanet vão gastar em Sound Shapes. As possibilidades são imensas (o game ensina o jogador logo no início como criá-las) e basta uma busca rápida nas fases disponíveis e compartilhadas que você verá a criatividade das pessoas. Além de “tematizar” a fase, ela consegue reproduzir a música tema com os itens a serem coletados. Um exemplo aleatório com a Green Hill Zone de Sonic pode ser conferido clicando aqui.

Sound Shapes é um excelente título e precisa estar em sua coleção digital. Apesar do conteúdo single-player acabar logo (e os DLCs lançados são coisas apenas para o modo de criação e “Beat School”), você pode passar bastante tempo jogando as fases criadas. O único problema de Sound Shapes, talvez, seja sua simplicidade, oferecendo poucas formas de desafio ao jogador (como os próprios “challenges” do game – eles só são difíceis por causa do tempo, e ainda assim não são tão difíceis).

Recomendação: 95%



Dokuro (Vita)
– Por: Ivan Nikolai Barkow Castilho

Dokuro é um título produzido pela Game Arts. Sua proposta é bastante simples: você é um pequeno esqueleto chamado Dokuro e que é capanga do Dark Lord. Seu chefe acabou de raptar uma princesa e pretende se casar com ela. O coração de Dokuro não aguenta ver a princesa chorando e decide salvá-la.

O objetivo de Dokuro, portanto, é guiar a princesa por inúmeras fases e de diferentes formas. No início, você fará coisas básicas como apertar um botão para que uma plataforma apareça e a princesa possa caminhar (ela sempre caminhará reto e só parará se encontrar um obstáculo – e obviamente, ela nunca olhará para cima, portanto você que deve evitar que ela seja esmagada, por exemplo). Mas com o passar das fases, os puzzles vão ficando cada vez mais complexos e desafiadores.

Você também vai recebendo poderes aos poucos, como se transformar em um cavaleiro temporariamente e que pode carregar a princesa, além de causar danos nos inimigos.

Dokuro possui uma premissa simples, mas eficaz e muito divertida em um portátil. As fases duram questão de minutos, o que é excelente para alguém que só quer descontrair por pouco tempo. Os gráficos são bonitos e parece que foram desenhados com giz de cera.

Se você gosta de jogos de plataforma e de puzzle, não deixe de conferir Dokuro.

Recomendação: 90%



Sly Cooper: Thieves in Time (Vita)
– Por: Ivan Nikolai Barkow Castilho

Nota: Sly Cooper: Thieves in Time também existe para o PS3 e é um título cross-buy, inclusive contando com cross-save. A análise de PS3 pode ser lida clicando aqui.

Sly Cooper: Thieves in Time foi muito bem descrito na análise da versão de PS3 (acrescentaria que a adição das cutscenes animadas foram um charme especial). A de Vita possui o mesmo conteúdo e, apesar de ter gráficos um pouco inferiores, ainda é um jogo sólido. Tanto, que se você não jogar a versão de PS3, nem notará tal inferioridade. Outra característica que pode ser aproveitada com as duas versões é a realidade aumentada para buscar tesouros (veja um trailer aqui).

O único problema do jogo é o seu loading. Quando, por exemplo, você sai do esconderijo de Sly em um determinado mundo, o loading demora cerca de 15 a 30 segundos. Isso, em um portátil, é tempo demais de espera.

Mas, de qualquer forma, se você possui um Vita, Sly Cooper é um título obrigatório para o seu portátil.

Recomendação: 90%



Angry Birds Trilogy (PS3)
– Por: Ivan Nikolai Barkow Castilho

Angry Birds Trilogy é uma coletânea que inclui os jogos Angry Birds, Angry Birds Rio e Angry Birds Seasons. Os gráficos são em alta definição e os controles são adaptados ao Dual Shock 3 (a versão de PS3 pode ser jogada com o PlayStation Move inclusive).

Angry Birds é um fenômeno e isso é incontestável. Seu apelo é para todos os públicos e se tornou uma marca extremamente conhecida. O objetivo é simples: arremesse diferentes tipos de pássaros nos porcos que estão posicionados de formas únicas em cada fase. Os pássaros, ao serem arremessados, podem ter habilidades únicas, como explodir (preto) ou aumentar a velocidade do trajeto (amarelo), por exemplo.

Os três jogos do pacote possuem essa mesma proposta, variando as fases apenas e coisas como os pássaros oferecidos e os objetos na frente dos porcos. No caso de Angry Birds Rio, as coisas mudam um pouco: não há porcos e podemos usar outros pássaros como o próprio Blu, mas a proposta continua sendo a mesma de arremessar os seres alados em objetos e outros tipos de animais.

Angry Birds Trilogy possui inúmeras fases e há inclusive exclusivas em relação à versão de celular/tablets (no momento de seu lançamento, agora fica difícil de dizer se ainda são exclusivas). E é desafiador – você passará horas e horas fazendo as três estrelas nas fases.

Porém, o grande ponto negativo desta coletânea é o seu preço. Podemos adquirir os mesmos três jogos por 1 dólar no celular ou um pouco mais no caso das versões para tablets. A versão de PS3 custa 40 dólares, mesmo a digital. Portanto, a recomendação fica apenas para os fãs dos pássaros raivosos, porque existem opções muito mais baratas no mercado pelo mesmo conteúdo oferecido. Ao menos, existe uma opção aqui que é muito atraente: segure quadrado e a fase reiniciará, sem a necessidade de pausar o jogo e selecionar tal opção.

Recomendação: 70%