Little Nightmares III é um dos títulos que parecem estar longe de serem lançados após ter sido adiado para 2025. Portanto, poder jogá-lo num evento que a Bandai Namco realizou para a imprensa da América Latina no México foi algo que me fez sentir privilegiado.
Infelizmente, não podíamos gravar o gameplay da demo que jogamos. Além disso, era uma demonstração relativamente curta, que podia ser terminada em cerca de 15 minutos. Mas acredite: deu aquele gostinho de “quero mais”.
A demo estava rodando em um PC, mas conectado em rede com outra máquina ao meu lado. A representante da Bandai Namco que estava nos guiando confirmou que não haverá cross-play (provavelmente existirá entre PS4 e PS5, porém) e nem multiplayer local. A razão da ausência desse último, segundo a representante, é que os personagens vão se separar significativamente em muitos momentos e querem que os jogadores se comuniquem. Seria uma escolha de design, portanto.
Como ponto positivo, foi confirmado que haverá um sistema de Friend Pass. Em outras palavras, comprando apenas uma cópia do jogo, você poderá jogá-lo sem custo adicional com outro amigo. Mais detalhes sobre esse sistema devem ser fornecidos até o lançamento.
Na demo controlamos Low e Alone. Como comentei, jogamos basicamente em multiplayer online (no meu caso, com o outro colega jornalista do meu lado em outra máquina), conversando e discutindo como solucionar cada puzzle.
Acabei controlando Alone, uma garota que usa uma máscara que parece de piloto de avião. Cada personagem possui sua habilidade exclusiva: Alone dá pancadas fortes com a sua chave de boca enorme, enquanto que Low (o outro personagem jogável) utiliza um arco e dispara flechas.
Na hora de criar a sessão, pelo menos no teste em que encontrávamos, tanto o host quanto o que se conecta a ele podem escolher o personagem (Low ou Alone) que desejarem (ou seja, não é ‘travado’ ao host, por exemplo).
Outro ponto importante a ser ressaltado é que não jogamos com a CPU, portanto não temos ideia de como a CPU se comporta ao jogar sozinho.
Não havia informações se a demo era no início ou no meio do jogo. Caímos simplesmente em uma seção (sem tutorial algum) com o objetivo de avançar. Como Little Nightmares III possui um gameplay simples e acessível, era fácil entender as mecânicas.
Você pode correr com o quadrado, se agachar, pular e equipar a sua arma (ou desequipar para andar mais rápido) e agarrar (que pode ser usado tanto para pegar objetos quanto abrir portas ou se agarrar em beiradas). O ataque da arma de cada personagem é utilizado em puzzles específicos. Por exemplo, em um momento há faíscas de eletricidade saindo de um cabo no chão – Low deve utilizar seu arco para desativá-las em um botão. Já a chave de boca de Alone é forte o suficiente para destruir correntes que podem estar bloqueando o seu caminho.
Outro momento da demo obrigava um dos personagens a carregar uma lâmpada que afastava os insetos mortíferos (ou seja, o jogador que não está carregando o item deve seguir de perto) e levá-la até um interruptor do outro lado da sala onde há uma escada para avançar.
A demo se destaca por uma seção específica. Como se espera de um jogo da série Little Nightmares, você deve evitar de ser visto por um monstro gigante – no caso, uma mulher que parece uma bibliotecária vinda do inferno. Após morrer algumas vezes tentando passar por ela, você logo percebe que se andar agachado e se esconder em determinadas partes (após analisar o padrão de movimento dela), permite que ela não o veja e consiga avançar. É crucial ter paciência – principalmente o seu amigo, se ele for afobado.
Na parte final foi um pouco confuso entender a saída, porque a escalada que deveríamos fazer era por um armário (as prateleiras dele eram as escadas disfarçadas) e parecia mais um item do cenário e não algo importante no qual você podia subir. Mas entendido isso, seguimos com a demo.
Após chegar em uma parte bem macabra (uma amostra dela está na imagem abaixo), continuamos seguindo por mais um caminho bem linear e o fim da demo nos aguardava.
Por fim, a demo não deu ideia alguma da história ou qualquer outra coisa. Era algo simples e direto, focado totalmente no gameplay de stealth e na tentativa de não ser visto (basicamente solucionando puzzles para esse fim).
Como dito, foi uma sessão bem curta de gameplay, mas que deu a entender o que está sendo preparado. Jogar no cooperativo parece ser bem interessante e sem dúvida a comunicação é algo crucial. Para os jogadores solitários, ainda não temos ideia de como a CPU vai se comportar, mas recomendamos que cogitem jogar no cooperativo, pois o gameplay dessa forma é bastante sólido.
É claro, encontramos alguns bugs nessa versão bastante inicial. Por exemplo, mesmo estando em uma sessão bem próxima uma da outra, aconteceu uma dessincronização em um dado momento que foi até engraçada – eu era o host e o outro jornalista estava conectado à minha sessão. Nesse momento, ele controlava o personagem e eu o via realizando os comandos que ele pressionava, mas em sua sessão o personagem estava totalmente perdido. Por sorte, isso se consertou sozinho e em menos de 10 segundos. Outro bug que posso citar é que um “caminho que parecia ser o caminho certo” fazia o personagem “clippar” (ou seja, atravessar o cenário), mas logo vimos que não deveríamos ter ido por ali. Mas, novamente, é algo completamente perdoável em um jogo que está ainda em desenvolvimento.
Little Nightmares III será lançado em 2025 para PlayStation 5, Xbox Series, PlayStation 4, Xbox One, Switch e PC via Steam.
O PSX Brasil viajou à Cidade do México a convite da Bandai Namco.