O texto abaixo foi publicado no PlayStation.Blog brasileiro.
Lara Croft está numa jornada pessoal desde o impressionante reboot da série Tomb Raider em 2013, de estudante de arqueologia inexperiente até forte sobrevivente. Quando encontramos Lara em Shadow of the Tomb Raider, ela não está mais correndo; está caçando a organização militar obcecada com a dominação mundial Trinity, e seus líderes, tentando ficar um passo à frente deles e pulverizar seus planos.
Mas como dizem, a estrada para o Inferno é pavimentada com de boas intenções, e algumas decisões apressadas da parte de Lara causam uma série de eventos cataclísmicos que faz com que todos, de seu aliado de longa data Jonah, até líderes da Trinity, a confrontem sobre as conseqûencias terríveis de suas ações. Logo de cara, este novo capítulo parece mais pesado e centrado que os anteriores, e cada parte do jogo reflete o caminho de Lata até o âmago desta escuridão.
Nada coloca isto em destaque mais do que a ambientação de Shadow: as perigosas selvas do Perú. Lara sempre conseguiu usar seu ambiente para sua vantagem, e aqui não é nenhuma exceção. Ela pode desaparecer entre cipós e vegetação para passar por inimigos, ou se cobrir de terra ou barro para uma camuflagem rápida. Novas habilidades podem ser destravadas usando uma skill tree tradicional, ou encontrando antigos totens, como o divertido Eagle’s Talon, uma eliminação que começa com Lara caindo em um inimigo e termina com ele preso a um galho de árvore sendo enforcado. Lara realmente abraça seu estado predatório aqui — seu estilo de combate é mais brutal do que nunca.
Isto não quer dizer que ela não esteja sendo caçada. Uma novidade na série, Lara agora se encontra cara-a-cara com predadores muito mais à vontade do que ela: os mortais jaguares das selvas da América do Sul. Bem diferentes dos lobos em títulos passados, estes encontros são experiências estratégicas e testarão as habilidades de Lara ao limite. As duas vezes que passei por isso no jogo foram diferentes, uma com apenas opções de fuga terrestre e uma com várias chances de alcançar terrenos mais altos. Em cada um deles, o jaguar ficava entrando e saindo do campo de visão de Lara, espreitando sua presa e saltando com precisão e força mortal para atacar. Usar o ambiente é importante para evitar ataques, e as novas ervas de Percepção (que funcionam mais ou menos como as ervas medicinais da série) podem ajudá-lo a ficar de olho na posição do predador e partir para o ataque.
Tumbas sempre fizeram parte da série Tomb Raider (nenhuma surpresa), e em Shadow elas não desapontam. Os puzzle são implementados com estratégia, colocando à prova a lógica do jogador e sempre com aquele jato de endorfinas como recompensa. As tumbas em si são maiores e mais traiçoeiras do que nunca, com muitas debaixo d’água — um clássico da série Tomb Raider aparecendo pela primeira vez nesta trilogia. Bolsas de ar e enguias ou piranhas fazem as partes que envolvem mergulho ainda mais emocionantes.
Shadow of the Tomb Raider oferece dificuldade customizável que permite que os jogadores alterem os puzzles, a movimentação e o combate separadamente. Está achando o combate fáci mas fica horas preso nos puzzles? Ou prefere não ter nenhuma dica sequer para eles, mas precisa de uma ajuda para não se perder na selva? Basta ajustar estas configurações do jogo como quiser e criar a sua experiência pessoal em Tomb Raider.
Como fã de longa data da série, sempre amei acompanhar Lara em sua jornada para se tornar uma verdadeira Tomb Raider. Shadow of the Tomb Raider contém os elementos que me atraíram à série em primeiro lugar: exploração emocionante, combate tático e puzzles difíceis. Mas é a exploração moral da identidade de Lara que mais me animou para adentrar as selvas de Shadow of the Tomb Raider quando for lançado em 14 de setembro para PS4. Até lá, você pode ter uma prévia do combate e gameplay no último episódio do PlayStation Underground.
