Jack Tretton

Conhecido por ter sido CEO da divisão PlayStation, Jack Tretton levantou em entrevista para o site IGN a possibilidade de participar na aquisição de algum estúdio de desenvolvimento de jogos.

Desde de que deixou seu cargo de CEO em 2014, Tretton vem trabalhando com a comunidade de estúdios independentes no que diz respeito ao financiamento de seus projetos. Com isso foi possível abrir sua empresa, a PowerUp, que é definida como uma SPAC (Special Purpose Acquisition Company). A PowerUp tem como finalidade prover recursos financeiros para pequneos estúdios, adquirindo parte deles em retorno, mas ainda se mantendo minoritário e deixando o máximo de liberdade para os próprios donos.

Agora, o próximo passo da PowerUp é crescer companhias maiores de jogos, que já possuem uma estrutura mais robusta e com valorização entre 1 a 2 bilhões de dólares americanos.

Tretton diz que pela experiência de mercado e novas tendências, o crescimento de novas companhias pode ser favorável. A teoria é de que hoje em dia há muito mais empresas de jogos no mercado e muito mais dinheiro para investir nelas do que havia 15 ou 20 anos antes. Com isso, o mercado é mais favorável a aquisições, como aconteceu com a Microsoft e Activision.

Uma fala notável na entrevista é a que Tretton diz que “você tem algumas fusões e aquisições estratégicas que eu acho que são boas para a indústria, porque se uma Activision se torna parte de uma Microsoft ou uma Zynga se torna parte de uma Take-Two, isso cria espaço para uma nova Zynga ou uma nova Activision aparecer, e talvez alguém que seja uma fração do tamanho de uma Activision ou uma Zynga se torne a próxima Activision ou uma Zynga, e esses caras vão abrir empresas menores com eles…”.

Ainda a respeito da aquisição da Activison pela Microsoft, ele ainda comenta que não ve como uma boa estratégia financeira manter os jogos de forma exclusiva em apenas uma plataforma, como Call of Duty, já que a intenção com grandes valores assim é ser o mais rentável possível.

Finalizando, Tretton afirma que o maior competidor hoje em dia não são outras companhias, mas sim o tempo. O dia continua tendo apenas 24 horas e as pessoas fazem outras tarefas além de jogos, o que muda o foco da competitividade.

Jack Tretton

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