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Fortnite – Capítulo 6: Temporada 4 – Operação Explosiva – Impressões

Retornar para Fortnite depois de algum tempo longe é sempre uma jornada bem curiosa. Afinal, com todos os ajustes feitos ao mapa ao longo das temporadas, passar uma temporada longe já seria o suficiente para surpreender qualquer jogador. Imagine então passar pouco mais de um ano longe dele. Mas, como todo bom jogador suscetível ao poder de um crossover inesperado, a atual temporada do jogo, intitulada Capítulo 6: Temporada 4 – Operação Explosiva, gira em torno exatamente do tipo de participação especial que me convenceria a retornar: Power Rangers.

E, sinceramente, é um retorno que tem valido a pena. É importante ressaltar algo sobre isso: como todo bom jovem dos anos 90, cresci assistindo Mighty Morphin’ Power Rangers o que, por si só, já seria suficiente para me convencer a retornar aqui. Mas PR não foi uma paixão que parou por ali e, ao longo dos anos, de No Espaço até Fúria Cósmica, me mantive fiel a série durante todas as mudanças da Saban até a Hasbro, passando por Disney e tudo mais.

Com a inclusão de dois personagens mais queridos da franquia ao Passe de Temporada, com skins, emotes e demais itens de customização tematizados com as identidades de Tommy Oliver como Ranger Verde e Ranger Branco, imortalizados pelo saudoso Jason David Frank, talvez o ator mais vinculado à IP, além de todo o restante da equipe original na loja e até mesmo um megazord para pilotar… O potencial parecia muito grande. E a temporada vem entregando exatamente isso.

O principal ponto da nova temporada é, obviamente, os ajustes do mapa trazidos com a temática de insetos alienígenas. Várias áreas do mapa agora são afetadas por casulos de insetos, fazendo com que o jogador precise lutar com eles além de outros jogadores para sobreviver até o final. A inclusão desses insetos consegue ser tão útil quanto insuportável. Afinal, embora o loot vindo deles seja bem útil, tentar lutar com eles e contra humanos ao mesmo tempo consegue render alguns momentos bem frustrantes (de forma positiva).

Os pontos de interesse incluídos ou modificados com isso contam com áreas de um líquido especial (e geisers feitos deles) que ajudam a recuperar vida e escudo, fazendo com que você consiga ao menos sobreviver enquanto luta com eles nessas áreas. Nessas mesmas áreas, ao derrotar uma certa quantidade de insetos você desbloqueará uma luta especial com a Rainha que, ao ser completada, te dará uma arma lendária, um Glup lendário e alguns outros itens.

Nessa mesma temática, o jogo trouxe um novo meio de locomoção que talvez seja melhor descrito como um Tatu-Bola radioativo. São veículos para um jogador apenas, bem rápidos e capazes de saltar pelo mapa e que, apesar de suscetíveis à destruição com um tiro só, são bem eficientes na hora de fugir de um combate ou, principalmente, quando você precisar percorrer uma área bem vasta em pouco tempo. Nessa mesma pegada, ainda que um pouco mais lento, a inclusão de um helicóptero trouxe uma nova faceta área ao jogo e um pouco de terror vindo do ar bem legal.

E nada mais emblemático do que isso do que aquele que tem sido o ponto de mais conflito e correria nas partidas: a chegada do Megazord. Com a atualização do último dia 18 de setembro, após o segundo círculo é possível ouvir a emblemática risada da Rita Repulsa anunciando a chegada de uma Rainha Insetóide gigante que só poderia ser derrotada por um robô igualmente gigante. Tem algo de especialmente empolgante ver os zords voando pelo céu e formando a versão original do Mega Zord.

Mas tudo em meio ao caos de tentar correr até um ponto específico no mapa onde você encontrará o icônico pilar do Zordon que, ao ser acionado, o que só pode ser feito por um jogador, te colocará no comando do famoso Mega Zord. Aqui vem um ponto interessante, caso você seja o jogador responsável por ativá-lo, você controlará o robô em terceira pessoa, com a possibilidade de atacar com a espada, mísseis, chutar ou buscar inimigos. Jogando em equipe, os demais aliados ficarão em uma visão em primeira pessoa na qual é possível atacar com mísseis no R2 e um ataque especial com L2 de um míssil teleguiado.

O Mega Zord tem uma barra de energia bem robusta que, ao derrotar o inseto gigante, é recarregada e te dará bastante tempo para caçar outros jogadores. Não é a coisa mais fácil do mundo acertar os adversários aqui, mas o dano ao acertar é expressivo e isso gera uma dinâmica bem legal. Controlar o Mega Zord não é garantia de vitória, mas é imensamente divertido e, sinceramente, é bem legal sair correndo pelo mapa torcendo para ser o primeiro a chegar e ativá-lo.

Mas nem só de Mega Zord o jogo existe e o Blitz tem sido um modo para o qual nós temos dedicado bastante tempo. A temporada até aqui trouxe uma versão do mapa dedicado ao One Punch Man, com um amuleto específico capaz de derrotar adversários com um golpe só e que nos rendeu várias e várias vitórias. Com a atualização mais recente, o mapa passou a ser tematizado com o Homem de Ferro, com os jogadores agora descendo com ou as armas específicas do Máquina de Combate ou um rifle emulando os lasers do Homem de Ferro. Com o mapa reduzido e só três pontos de interesse, as batalhas se tornaram mais intensas e ainda mais divertidas.

No geral, o conteúdo do passe (e incluindo nisso os demais passes, já que o jogo segue recebendo conteúdo para o Fortnite Festival, Fortnite Raiz e LEGO Fortnite), tem valido bastante a pena e entrega algo bem justo para o seu preço. Eu sei que não deu para ver ainda tudo que o jogo tem a oferecer, com a temporada ainda tendo cerca de 40 dias até o seu final, mas o fato é que, em termos de conteúdo (que inclui também material de Halo), pouquíssimos jogos conseguem entregar algo tão divertido quanto o que Fortnite vem fazendo há anos e, sinceramente, só de nos dar a sensação de pilotar um Mega Zord e ouvir um “Go Go Power Rangers” já vale a pena.

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