Final Fantasy XVI terá New Game+ e níveis de dificuldade; produtor explica ausência de personagens negros

Final Fantasy XVI

Nesta sexta, noticiamos que Final Fantasy XVI está 95% concluído e que a data de lançamento deve ser anunciada ainda em 2022. Uma das fontes dessa informação é o site 4Gamer, mas a entrevista traz outros detalhes ainda.

A publicação japonesa basicamente confirma a existência de um modo New Game+ (via Push Square). O diretor Hiroshi Takai afirma que depois de completar o jogo, você pode jogá-lo uma segunda vez com todas as suas habilidades e equipamentos desbloqueados intactos. Além disso, o nível do personagem principal Clive será transferido para uma nova jornada – e os inimigos aparentemente serão ajustados de acordo. Em outras palavras, isso soa como um New Game+.

A equipe de desenvolvimento também quer que os jogadores saibam que haverá uma variedade de configurações de dificuldade que devem satisfazer quase todos. Uma dificuldade dedicada à história facilita o desafio dos cenários de combate, e parece que permitirá que você encadeie ataques e movimentos especiais automaticamente. Há menção de uma configuração difícil também, mas os desenvolvedores não entram em muitos detalhes.

Paralelo a isso, em uma entrevista com o site IGN (via GameSpot), o produtor de Final Fantasy XVI, Naoki Yoshida, deu uma longa resposta a uma pergunta que alguns fãs têm feito desde o trailer de anúncio do jogo: existem pessoas negras no mundo de Final Fantasy XVI? Os trailers do jogo até hoje retrataram um conto de fantasia sangrento e sombrio cheio de espadas e feitiçaria, mas até agora tiveram uma clara falta de personagens que não sejam brancos.

Observando que sua resposta “pode ​​acabar sendo decepcionante para alguns”, Yoshida explicou o raciocínio por trás da falta de diversidade do jogo. De acordo com Yoshida, há diversidade no mundo do jogo de Valisthea, mas que “não é abrangente” e é “sinérgico com o cenário que criamos e é fiel às inspirações das quais nos inspiramos”. Grande parte da resposta de Yoshida quanto à falta de diversidade do jogo é atribuída ao desejo da equipe de ser “fiel” à inspiração da Europa medieval por trás do mundo de Final Fantasy XVI.

“Nosso conceito de design desde os primeiros estágios de desenvolvimento sempre apresentou fortemente a Europa medieval, incorporando padrões históricos, culturais, políticos e antropológicos que eram predominantes na época”, disse Yoshida. Como tal, Yoshida disse que uma “incorporação excessiva [de diversos personagens] neste único canto de um mundo muito maior pode acabar causando uma violação dos limites narrativos que originalmente estabelecemos para nós mesmos”. “A história que estamos contando é fantasia, sim, mas também enraizada na realidade”, disse Yoshida.

A equipe não queria atribuir “etnias distintas” ao antagonista ou ao protagonista de Final Fantasy XVI para evitar “convidar especulações injustificadas e, finalmente, atiçar as chamas da controvérsia”. Yoshida disse que a equipe quer que “o foco seja menos na aparência externa de nossos personagens e mais em quem eles são como pessoas – pessoas complexas e diversas em suas naturezas, origens, crenças, personalidades e motivações”.

Final Fantasy XVI será lançado no inverno brasileiro de 2023 para PS5.