Após um longo tempo sem nenhum informação sobre o jogo, Biomutant teve sua data de lançamento revelada alguns dias atrás. Agora, numa entrevista para o site IGN, Stefan Ljungqvist, líder da Experiment 101, contou os motivos de terem ficando tanto tempo em silêncio e o que aconteceu durante o período de desenvolvimento do jogo.
Algo importante na fase final de qualquer processo de desenvolvimento de um jogo é a eliminação de bugs. Esse foi o grande motivo do estúdio não ter dado novidades do título no último ano, já que para apenas 20 pessoas, todo o processo de garantia de qualidade e eliminação dos últimos problemas do jogo tem sido um trabalho maior do que esperado.
Ljungqvist diz que, como Biomutant é um jogo de mundo aberto e possui vários eventos num mapa grande e com muita mecânicas, ir juntando tudo isso para o jogo final e eliminar os bugs virou um trabalho talvez grande demais para um estúdio pequeno. De toda forma, como o intuito da equipe é continuar pequena, esse trabalho foi necessário para entregar o jogo o mais polido possível.
Algo que também ocupou a equipe foi o aumento da escala do título. Como exemplo, o roteiro no fim de 2019 possuía perto de 85 mil palavras. Já hoje, fica próximo de 250 mil palavras. Outras melhorias e novidades também foram adicionadas nesse período, como um sistema de karma, tutorial mais efetivo e 13 idiomas diferentes (português brasileiro incluso).
Ainda como parte da estrutura da Experiment 101, Ljungqvist ressalta que precisam preocupar com a saúde física e mental das pessoas, com cada um tendo direito a férias e descanso e não existindo crunch. Inclusive parte disso se deve ao relacionamento com a THQ Nordic, que em nenhum momento forçou os desenvolvedores com datas de lançamento ou demais pressões externas.
Finalizando, Ljungqvist diz que Biomutant foi totalmente pensando e planejado para a geração anterior, com o foco sendo PS4, Xbox One e PC, sendo este último com várias melhorias técnicas já executadas. Quanto a uma versão para PS5 e Xbox Series, o desenvolvedor diz que será possível jogar nos consoles de todo jeito (muito provavelmente via retrocompatibilidade por agora), mas que irão analisar posteriormente o que fazer de forma mais específica.