Elden Ring tem o potencial de ser o melhor jogo da From Software. Com os previews lançados recentemente e agora tendo a oportunidade de testar o jogo por algumas horas é possível ver que tudo coincide para o mesmo caminho. O jogo usa a fórmula consagrada do estúdio em seu ápice e arrisca entregar o melhor jogo do tipo em um mapa de mundo aberto.
As semelhanças com Dark Souls são gritantes. Qualquer jogador da franquia vai assimilar rapidamente isso graças aos inimigos quase iguais, estilo de arte, menus, gameplay e muito mais. Não é algo apenas soulslike, mas sim um jogo que deveria ter o nome de Dark Souls IV. Apesar disso, e com o pouco tempo para observar, o jogo já mostra características que podem o definir como o título máximo do estúdio.
O mundo de Elden Ring vai incentivar o jogar a explorar bastante mesmo sem ter qualquer tipo de objetivo. Há muito da sensação de querer apenas vasculhar cada canto, andar sem saber exatamente o que encontrar, independente de ser arriscado ou não. O combate continua brutal e punitivo, mantendo a essência dos jogos anteriores, com inimigos como semi-chefes estando espalhados pelo mapa quase como adversários comuns. A variedade de outros desafios por tipo de bioma/área é interessante, assim como algumas surpresas que podem ser encontradas.
Entretanto, algumas mecânicas foram aprimoradas para que o estilo melhor se enquadre ao mundo mais vasto e o jogo mais aberto. Pontos de “checkpoint” não são apenas as áreas de graça (similar às bonfires), mas também há pontos de renascimento chamados makitas, que irão deixar o ato de morrer e voltar em longas distâncias menos frustrantes. Há também uma mecânica de recuperar seus frascos de vida ao eliminar grupos de inimigos, com grupos mais difíceis garantindo uma maior recuperação.
Dungeons escondidas, eventos dinâmicos, segredos pelo mapa, falta de um direcionamento linear que impulsiona a liberdade do jogador e muito mais já criam um mundo cada vez mais interessante em Elden Ring. Do que parecia ser um delírio coletivo e que começou até a virar piada com o tempo, o novo título da From Software se afasta disso e mostra seu potencial sem ter que fazer muito alarde.
Apesar de tudo isso, é notável também alguns problemas no jogo, ainda que possam ser mais particular para cada um. A engine gráfica, mesmo melhorada, já mostra sinais de cansaço. Os mesmos efeitos de sempre, cabelos ainda similares do primeiro Dark Souls de 2011, problemas com frame pacing e taxa de quadros quase nunca estável, um visual que já começa a se datar, menus e interface quase inalteradas por uma década, e outros pontos são algo a ser notados e não mais ignorados.
De toda forma, esses problemas quase sempre são deixados de lado quando a qualidade do jogo excede a qualquer tipo de expectativa. Particularmente, ainda espero que o estúdio se arrisque mais longe da fórmula de bolo que sempre dá certo e que vez ou outra decidem apenas mudar a cobertura e recheio. Ainda assim, espere por um jogo desafiante e empolgante como sempre souberam fazer.
Elden Ring será lançado em 25 de fevereiro para PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series e PC. A pré-venda está disponível.