O PSX Brasil teve a oportunidade de jogar Dragon Ball: Sparking! Zero na Cidade do México a convite da Bandai Namco (também conferimos Heihachi em Tekken 8, Little Nightmares 3 e Unknown 9: Awakening).
Em nossos testes, jogamos cerca de duas horas: uma hora do modo batalha e outra hora do chamado modo episódio (que é basicamente um modo história).
Como o lançamento está próximo, uma análise completa ficará disponível no site na ocasião. Portanto, focaremos no que presenciamos nessas duas horas.
Modo Batalha
Dragon Ball: Sparking! Zero estava jogável no PC. Ao que tudo indica, era a versão praticamente final do jogo, pois todos os modos e personagens estavam disponíveis.
O modo batalha citado é basicamente uma batalha simples contra a CPU. A Bandai Namco provavelmente queria que jogássemos isso para pegar o básico do gameplay.
Nesse modo, após escolher o cenário (lista completa a seguir), você pode fazer lutas 1×1 ou até 5×5. Durante a luta em si, é possível trocar os personagens quando desejar com um comando pelo D-Pad – e, caso seu personagem tenha uma transformação, também é possível realizá-la pelo D-Pad. Essa última, como é possível escolher desde o início a forma que deseja, é basicamente um “cosmético”, não necessitando de recursos para realizá-la em combate. Aliás, é possível voltar à forma base do personagem também.
O gameplay em si é bem simples, mas divertido. Você pode realizar golpes básicos e que possuem sequências em seu oponente, assim como ter acesso a uma espécie de dash e projéteis simples. Também é possível voar para cima ou para baixo. Ao carregar seu KI, sua barra abaixo da vida enche e novos golpes podem ser realizados. Há duas formas de golpes nesse caso: os que gastam as barras amarelas e um golpe definitivo que você só tem acesso no modo “Sparking”.
Os golpes que gastam três barras são padrões, mas causam um bom dano e são aqueles que você mais vai usar em uma partida normal (principalmente contra um humano que não vai ficar esperando você carregar seu KI). Após ter as barras amarelas preenchidas e você continuar carregando seu KI, uma barra azul surge em seu lugar e, ao enchê-la, você entra no modo Sparking. Enquanto estiver nele e a barra estiver disponível (ela vai esvaziando devagar), seus golpes causam mais dano e, como dito, possui acesso a um golpe devastador que depende do personagem usado.
O fluxo da batalha é mais ou menos esse: tudo depende das barras e os golpes que você tem acesso. É possível se defender, é claro, assim como em alguns casos realizar uma espécie de teletransporte para trás do oponente se você defender no momento certo em que levaria o golpe.
Os gráficos do jogo estão bem bacanas. Os modelos dos personagens são fiéis ao material fonte, enquanto que os cenários, que sempre foram meio simples e decepcionantes nas gerações passadas, ficaram bonitos aqui. Há alguns cenários que vão até debaixo d’água durante o combate.
Com mais de 180 personagens, fica difícil dizer se o jogo será balanceado. É claro que muitos lutadores são similares entre si dada essa quantidade, mas aqueles que são obviamente diferentes também possuem golpes variados. Há também os gigantes que, apesar de parecerem fortes, é muito difícil causar dano com eles, pois seus golpes normais raramente acertam os oponentes pequenos.
Outros Modos de Dragon Ball: Sparking! Zero
Antes de partimos para o modo de episódios, demos uma olhada rápida no que mais o jogo tem a oferecer. Confira um resumo do que vimos:
- Desafios e Missões: há duas opções aqui (Ordens de Zen-Oh e Livro de Figuras do Whis). Ambos basicamente pedem que você faça ações específicas no jogo para receber prêmios, como esferas do dragão ou zeni (a moeda in-game). Inclusive, os personagens precisam ser habilitados com zeni, mas para os nossos testes todos já estavam disponíveis;
- Loja e Personalização: neste modo, você pode personalizar seu personagem com trajes, gestos e outras opções. A maioria dos itens a serem usados aqui precisam ser destravados;
- Apareça: usando as esferas do dragão coletadas, você pode invocar Shenlong, Porunga ou Super Shenlong. Ao invocar um deles, é possível destravar trajes, ganhar moedas in-game e assim por diante.
Há ainda um outro modo que a Bandai Namco deseja que seja uma surpresa para os fãs, portanto não vamos comentar a respeito.
Batalha de Episódio
Batalha de Episódio é basicamente o modo história de Dragon Ball: Sparking! Zero. Como dito anteriormente, jogamos cerca de 1 hora desse modo, sendo 30 minutos com Goku e outros 30 minutos com Freeza ou Goku Black (era possível escolher).
A ideia do modo é escolher o personagem e presenciar as batalhas que ele participou ao longo da história da obra original. Por exemplo, com Goku (como é a versão adulta), começamos lá em Dragon Ball Z com Raditz.
A única parte triste desse modo é que as cutscenes são bem simples. Em alguns momentos temos elas rodando na engine do jogo, mas boa parte é contada por imagens paradas com textos.
O interessante, porém, é que você pode mudar alguns pontos do que acontece no anime. No início, Piccolo aparece logo após o primeiro duelo contra Raditz e você pode aceitar ou recusar a oferta dele para se juntar a ele no combate. Se aceitar, ele estará ao seu lado durante o próximo combate. Se recusar, será Kuririn. Porém, independente da escolha, o final dessa parte ainda é o mesmo: Goku se sacrificando para que Piccolo elimine tanto ele quanto Raditz.
Atualização: conforme apontado para nós, a história pode mudar levemente sim (Goku sobrevive e treina Gohan). Mas para que isso aconteça, você precisa vencer de Raditz rapidamente, caso contrário a luta é encerrada e leva aos cenários acima.
Considerando o tempo que tínhamos, era possível jogar a história de Goku até mais ou menos o seu primeiro duelo contra Vegeta (ou seja, depois de Raditz havia Nappa). Os outros 30 minutos decidimos jogar um pouco da história de Goku Black. O primeiro oponente é o próprio Goku, seguido por Vegeta.
Ainda na mesma aba do Batalha de Episódio, há um outro modo chamado Batalha Personalizada. A ideia desse modo é você criar alguma batalha específica da forma que desejar (cenário, personagens duelando, formas específicas, etc) e, além de jogá-la, compartilhá-la online (e conferir a criação de outros também). Pode ser algo interessante dependendo do quão profundo e variado o modo pode ser (e também o quão engajada a comunidade vai ser com o modo para que existam diversas opções).
No fim, Dragon Ball: Sparking! Zero acaba sendo uma homenagem a toda a série. Com um elenco gigantesco (que será aumentado ainda mais com DLCs, portanto aquele personagem que ficou de fora ainda pode chegar) e batalhas variadas, o potencial para ser um bom jogo existe. Mas apenas quando lançá-lo e pudermos verificar com calma tudo o que ele tem a oferecer é que um veredito final poderá ser dado.
Dragon Ball: Sparking! Zero será lançado em 11 de outubro para PS5, Xbox Series e PC.
O PSX Brasil viajou à Cidade do México a convite da Bandai Namco.
