Cory Barlog, diretor de God of War, deseja que preços dos videogames sejam ajustados por região

Cory Barlog

Em seu Twitter, Cory Barlog, diretor de God of War (2018), comentou que ‘os videogames são para todos. Ou ao menos esse é o mundo em que eu quero viver’.

Um seguidor brasileiro respondeu que é difícil isso com os preços das coisas atualmente, como o PS5 custando cinco salários mínimos no Brasil. Para esse tweet, Barlog disse que isso é uma besteira. Depois, ele esclarece que quis dizer que besteira no sentido de que é uma droga que o console custe tudo isso e o preço não é ajustado por região – e não que o usuário está falando uma besteira.

Sabemos que o preço do PS5 no Brasil é um conjunto de fatores que vai além de uma simples decisão da Sony. Além disso, o preço ser ajustado considerando o nosso salário mínimo não seria algo tão simples. Para efeitos de comparação, nos EUA, por exemplo, o salário mínimo é de 7,25 dólares por hora. Considerando 40 horas de trabalho semanais e por quatro semanas, o salário mínimo americano mensal é de 1.160 dólares. Com o preço do PS5 em 499 dólares, o valor é pouco menos da metade do salário mínimo americano. No Brasil, o salário mínimo está em 1.100 reais e o PS5 sai por 4.699 reais (praticamente quatro vezes maior). Como você pode notar por essa comparação básica (e crua), é impossível imaginar que o PS5 custaria em torno de 500 reais se baseando na mesma situação dos EUA.

Nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro mencionou mais uma promessa de reduzir os impostos sobre games, algo que já aconteceu no passado (em 2019 e 2020). Infelizmente, mesmo com essas reduções e a promessa de diminuir ainda mais, o valor final do console ainda deverá ser alto considerando outros fatores (como os vários outros impostos relacionados e o dólar).