Análises

Cats and Seek: Kyoto – Review

A estas alturas, você provavelmente já sabe como funciona esse tipo de jogo: ilustrações de cenários panorâmicos e repletos de gatos escondidos para encontrarmos. É simples, agradável, relaxante, divertido e eficaz, além de ser uma fórmula que pode ser reproduzida facilmente vez após vez.

Mesmo aceitando e até apreciando o minimalismo dessas produções enxutas, penso que uma desenvolvedora que se propõe a fazer uma linha de produção de um tipo determinado deve atentar ao autoaprimoramento, sempre buscando dar um passinho à frente em suas produções.

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Cats and Seek: Kyoto faz isso, sendo ligeiramente melhor que seu antecessor, o Dino Park, que também analisei aqui. No entanto, o passo para a frente vem acompanhado de um passo para trás: a redução de conteúdo. É preciso explicar melhor isso.

Dino Park trouxe cinco cenários com cem gatos cada um, somando mais de 500 coisas escondidas para encontrar. Já Kyoto oferece apenas dois cenários na arquitetura tradicional da antiga capital do Japão e menos de 300 coisas escondidas. Embora pareça um retrocesso, a diminuição faz sentido para o tipo do projeto, uma vez que Kyoto é praticamente um “spin-off”.

O jogo foi lançado primeiro no Steam em 2024, com apenas um cenário e de forma gratuita. Junto a ele, foi lançado um DLC pago (baratinho) com um segundo cenário. Dessa forma, a proposta parece ser “teste nosso jogo à vontade e só precisa pagar se quiser mais um pouco”.

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A versão que chegou ao PS5 e PS4 é a completa, incluindo o cenário gratuito e o pago. Sabemos bem que a PS Store é mais cara que o Steam, mas acho que o preço de R$ 16,90 para Kyoto é compatível com uma hora de diversão tranquila que ele nos oferece. O único problema nele é comparar com as muitas outras opções de jogos semelhantes na PS Store. O próprio Cats and Seek: Dino Park custa ligeiramente menos (R$ 15,90) e tem o dobro de conteúdo.

Esse breve tempo de duração pode ser muito expandido por meio de um interessante Modo Foto, que, na verdade, deveria se chamar Modo Colorir, pois é isso que ele é: fazemos um recorte de qualquer parte dos cenários e pintamos com uma rica paleta de cores com preenchimento de área. Uma adição atraente nestes tempos em que livros de colorir bonitinhos estão na moda.

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Além disso, Kyoto tem 25 peças de quebra-cabeça para encontrar e montar a figura, também com gatos. É bem fácil, mas vai agradar às crianças e àquela parte do cérebro adulto que tem prazer em completar tarefas simples e fofas para relaxar.

A outra melhoria que vejo em relação aos dois jogos anteriores está nas ilustrações. Não me interessei pelo primeiro da série, Cats and Seek: Osaka, por parecer plano demais. Dino Park é melhor nesse aspecto, mas ainda senti falta de melhor composição nas paisagens cenas e nos dinos, o que não ficou tão bom na visão isométrica.

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Kyoto é o mais bonito dos três, com desenhos bem detalhados e uma visão que, mesmo sendo lateral, consegue transmitir certa profundidade às cenas. É mais curto que a média, mas agrada enquanto dura.

Cats and Seek: Kyoto está disponível para PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series, Switch e PC com legendas em português do Brasil. Esta análise é da versão PS5 e foi realizada com um código fornecido pela Silesia Games.

Veredito

Cats and Seek: Kyoto dá dois passos à frente na arte mais bonita que seus antecessores e na inclusão de um modo de colorir. Ter apenas dois cenários para procurar gatos, porém, é um retrocesso que faz a experiência agradável ser ainda mais efêmera e, mesmo que custe pouco na PS Store, o preço não é proporcional a outros títulos de mesmo gênero e publicadora. É um jogo agradável e relaxante o bastante para me fazer esperar que o título seguinte, Cats and Seek: Tokyo, já disponível no PC, também chegue ao PlayStation.

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