Não é novidade para ninguém que Call of Duty é sempre um dos grandes títulos lançados a cada ano. Modern Warfare 2 é a aguardada sequência do jogo de 2019, onde a desenvolvedora Infinity Ward realizou uma espécie de soft-reboot na sua saga. Como um dos maiores componentes da franquia é sempre o fator multijogador, a oportunidade de testar a beta nesse último final de semana foi um dos pontos altos do mês.
Se você é acostumado com o tradicional multiplayer de COD sabia que se encontrará em casa aqui. Obviamente há novidades e melhorias, como acontece a cada ano e a cada versão do jogo por suas diversas desenvolvedoras, mas também há uma certa familiaridade com o jogo de 2019 e sua tentativa de aumentar a escala dos combates e gerir um ritmo mais focado no objetivo, ainda que não deixe de lado o tiroteio frenético de sempre.
Consegui jogar perto de umas 5 horas da Beta e saí com uma boa impressão do que foi mostrado. Particularmente, sempre fui muito fã de Battlefield e da escala aplicada no jogo, assim como o foco sempre em objetivo e squadplay, com sua equipe sendo o foco ao invés do enaltecimento particular. O Modern Warfare de 2019 foi o primeiro COD que vi apresentando um foco maior nisso, principalmente com mapas maiores, objetivos mais nítidos e modos de jogo com veículos junto de infantaria num ritmo ininterrupto. Modern Warfare 2, apesar de não mostrar mapas grandes e modos com veículos assim, também apresenta mais o foco do jogo anterior, ainda que o TTK (time to kill, tempo para matar) seja mais curto e indicando o jogo para embates resultados na fração de segundos.
Em suma, o jogo ainda considera o mais importante sua capacidade de raciocínio rápido, reflexos, resposta direta e conhecimento de mapas. Esse que, principalmente Farm 18 e Breenbergh Hotel, apresentam um foco maior na verticalidade, com ao menos 2 níveis de acesso aos jogadores. Isso acaba deixando o jogo mais intenso, sendo necessário atenção ao que está na sua frente e também por cima. Mesmo assim, acaba criando situações típicas para os famosos “campers” aproveitarem a situação e estacionar num local apenas aguardando jogadores desavisados.
Há outras novidades interessantes na jogabilidade aqui, como atirar pendurado em bordas de muros, saltar e mergulhar, troca de equipamentos durante a partida mesmo estando vivo, novas melhorias de campo de batalha, uso de gadgets úteis como câmera tática adesiva e bonecos de distração e outras mais.
De toda forma, ainda há um certo balanceamento necessário a ser realizado. SMG’s parecem poderosas demais mesmo em longa distância. Spawn protection é quase inexistente, acontecendo de o jogador renascer quase de frente para um inimigo em diversas ocasiões. Netcode parece não finalizado e realmente é perceptível em algumas situações onde seu inimigo parece ter te encontrado bem antes de você mesmo estando cara a cara. Além disso, houve algumas constantes desconexões durante e no fim de partidas.
Obviamente muito disso deve ser reparado até o lançamento oficial do jogo e ainda há algum trabalho a fazer no polimento do título. Mesmo assim, como já dito antes, a impressão do jogo foi muito boa e pode indicar um dos COD mais acessíveis de se jogar dos últimos anos, podendo abranger uma boa quantidade de novos jogadores.