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Transformers: War for Cybertron

Vamos deixar algo claro logo de início. Transformers: War for Cybertron (WFC) é o melhor jogo baseado em Transformers já feito. Isso por si só não é muito mérito, considerando que todos os jogos lançados anteriormente eram fracos ou medíocres. WFC é genuinamente bom, com elementos que poderiam elevá-lo a candidato a jogo do ano. Contudo, alguns problemas sérios impedem isso. WFC é um avanço, mas infelizmente não o avanço que poderia ter sido.

WFC é um jogo de ação e tiro em terceira pessoa. Você controla seu Transformer tanto na forma de robô quanto na de veículo, e em ambos os casos os controles são ótimos. Em um mercado saturado de jogos similares, WFC conseguiu trazer novidades que agradam tanto os fãs da série quanto os neófitos, que conhecem pouco ou nada da série.

 

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<p>O jogo se passa milênios antes do desenho animado original e mostra a guerra civil que tomou conta de Cybertron, o planeta mecânico de onde vêm os Transformers. As duas alianças do planeta, os Autobots e os Decepticons, lutam pela dominação e submissão da aliança adversária. O jogo é sancionado pela Hasbro (a companhia que detém os direitos sobre a série Transformers) como canônico, ou seja, sua história faz parte da cronologia oficial da série. O jogo mostra como eventos importantes da série aconteceram, como a elevação de Optimus de um simples combatente para o status de Prime, o título do líder dos Autobots. Também mostra como Starscream se juntou a Megatron e os Decepticons e porque os Transformers tiveram que abandonar seu planeta-natal.</p>
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A High Moon, desenvolvedora do jogo, merece todos os aplausos pela atenção aos detalhes que conseguiu imprimir ao jogo. Todos os Transformers foram muito bem modelados, e é possível ver suas partes se mexendo enquanto se joga. São detalhes como as armas que os personagens usam, que se integram e fundem ao seu braço direito, e os comentários que os personagens soltam durante o jogo, adaptando expressões originalmente humanas à sua realidade, que mostram que a empresa tomou bastante cuidado para que as pequenas coisas se juntassem e formassem um todo que impressiona.

 

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Falando em comentários, a dublagem do jogo não é nada menos que sensacional. Contando com Peter Cullen, a voz original (e insuperável) de Optimus Prime, além de diversos outros excelentes dubladores, WFC agrada bastante nesse quesito. Não há como não sentir raiva de Megatron e sua voz autoritária e seus comentários despóticos, e não sentir vergonha dos comentários do pequeno Rumble. As músicas são um pouco apagadas no jogo, mas possuem bons momentos e que conseguem criar um clima maior de tensão e empolgação.

Os gráficos do jogo são bons e representam bem um planeta eletromecânico como Cybertron, mas os cenários acabam ficando repetitivos pelo uso da mesma palheta de cores apagadas (tons de cinza/marrom/azul). A taxa de frames por segundo no geral é boa, mas diversas vezes ela sofre com o excesso de acontecimentos na tela e cai consideravelmente, mas nada que realmente prejudique o desempenho geral do jogo.

Controlar os Transformers é fácil e intuitivo para quem está acostumado com jogos de tiro em terceira pessoa, e são facilmente assimilados por quem não está. A forma de robô utiliza o analógico esquerdo para andar e o direito para mirar, enquanto L1 mira e R1 atira. A forma de veículo utiliza os analógicos da mesma forma, mas utiliza L1 para usar um turbo e acelerar, enquanto R1 atira a arma específica de cada veículo.

 

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A transformação entre as formas de robô e veículo é muito natural e rápida, o que permite manter um ritmo sem quebras enquanto se joga. Por exemplo, se o personagem está na forma de veículo e quiser pular um obstáculo muito alto para o veículo, basta voltar à forma de robô (as mudanças são feitas com L3) e já pular. A transformação acontece enquanto se está no ar pulando. É bastante fluido e dá muita liberdade para o jogador controlar seu personagem como achar melhor.

WFC oferece diversos modos de jogo. O principal é o modo de campanha, que conta a história do jogo em capítulos separados para os Autobots e os Decepticons. No começo do jogo pode-se escolher qual campanha se quer começar primeiro, mas o jogo indica claramente que a campanha dos Autobots deve ser jogada depois da dos Decepticons. O primeiro capítulo dos Decepticons é o de número I, enquanto o dos Autobots é o VI. Ao jogar o modo dos Autobots primeiro, várias surpresas do modo dos Decepticons serão estragadas, então recomenda-se seguir a ordem sugerida. A High Moon poderia ter entrelaçado os capítulos de ambos os modos, realmente permitindo que o jogador escolhesse sua campanha sem prejudicar o desenrolar da outra.

Cada capítulo permite que o jogador escolha entre 3 personagens para controlar, o que traz uma ótima variedade ao jogo e permite que capítulos sejam jogados com diferentes personagens, para o jogador ter uma experiência levemente diferente. A maioria das missões conta com Transformers terrestres, que se transformam em veículos como caminhões e tanques.

Contudo, algumas missões trazem os Transformers aéreos, e na opinião do autor essas são as melhores missões do jogo. Controlar os Transformers na forma de jato é ótimo e a liberdade total de movimento permite diversas estratégias para se enfrentar as batalhas. O jogo permite que o jogador escolha qual capítulo, e inclusive qual checkpoint ele quer jogar, então caso você goste particularmente de alguma seção do jogo, ela pode ser facilmente jogada mais uma vez.

 

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O modo principal pode ser todo jogado online por até três pessoas, permitindo que você e mais dois amigos avancem juntos nos capítulos e se ajudem caso queiram jogar no modo Hard. O autor teve a oportunidade de jogar online com conhecidos e desconhecidos nesse modo, e salvo algumas exceções, jogar com outras pessoas é mais divertido e também mais fácil, visto que a Inteligência Artificial (I.A.) do jogo não é das melhores e os personagens controlados pelo computador muitas vezes te deixam na mão.

Outro modo multiplayer é o Escalation, uma espécie de horde/survival. Até quatro jogadores (sem bots) são colocados em uma arena com ondas cada mais vez difíceis de inimigos e o objetivo é chegar até onde for possível. Ao derrotar inimigos se acumula pontos, que são usados para comprar armas novas, munição e destravar portas que abrem novas áreas e novas armas na fase. É um excelente modo, mas com a desvantagem de só conter dois mapas (com outros dois podendo ser adquiridos via DLC), que podem se tornar repetitivos em algum tempo.

O último modo de jogo é o multiplayer tradicional, com até 10 jogadores se enfrentando em diversos tipos de partida como Deathmatch e Conquest (captura de áreas específicas do mapa). Esse modo é a origem dos maiores problemas de War for Cybertron, e o motivo pelo qual o jogo não se destaca mais, como foi mencionado no primeiro parágrafo desse texto.

O multiplayer é muito bom, em sua essência. São oferecidos diversos mapas e quatro classes de personagens para se escolher, cada uma muito bem balanceada, com diversos pontos fortes e fracos. Por exemplo, a classe Scientist é a dos Transformers voadores, que possuem uma óbvia vantagem no campo de batalha por terem liberdade total de movimento. Contudo, essa classe possui armas mais fracas e a menor quantidade de energia (vida) de todas, exigindo cuidado de quem a controla. Cada jogador se adapta diferentemente às classes, e no final cada um acabará achando aquela que mais o agrada. O jogador acumula experiência nesse modo e sobe de nível, ganhando novas habilidades que podem ser customizadas de diversas formas.

Esse modo, portanto, é bom. Mas é bom quando funciona, e ele muitas vezes simplesmente não funciona ou funciona de uma forma muito desagradável. O jogo não possui servidores centralizados e depende de um sistema de matchmaking ponto-a-ponto, ou seja, cada jogador se conecta diretamente aos outros. Não é oferecida uma lista de jogos disponíveis para se escolher em qual sala entrar. Cada sala comporta até 10 jogadores, incluindo o host, o usuário que criou a sala. Todo o jogo depende da qualidade da conexão desse host, e mesmo ela sendo boa muitas vezes o jogo fica com um lag insuportável, tornando a partida injogável. Outro problema grande é que, caso o host saia da partida, o jogo é encerrado e todos são levados para o menu do modo multiplayer.

O netcode (código responsável pela comunicação via rede) do jogo foi muito mal feito, e nele faltou implementar uma migração de hosts para esses casos de desconexão. Uma consolação é que, caso o host se desconecte, o jogador não perde a experiência que adquiriu naquela partida. Outro problema do netcode é a enorme quantidade de portas TCP/IP desbloqueadas que o jogo exige para ser jogado, além de necessitar de algumas características que nem todos os roteadores possuem. O autor desse texto nunca teve problemas ao jogar online no PS3, mas em WFC um amigo seu não conseguiu jogar online de forma alguma, em nenhum dos modos, até que trocasse de roteador. A implementação do código de rede deixou e muito a desejar.

Ao buscar um jogo já existente para entrar, o jogo busca até encontrar a primeira sala com vagas e então coloca o jogador nela. Contudo, agora que os mapas DLC foram lançados o jogo não está preparado para não colocar o jogador em salas que usem esses mapas. Resultado: você deve esperar até o jogo encontrar uma sala e carregá-la, para então avisar que você não possui o mapa da sala. Você então é levado para o menu principal do jogo e deve começar o processo todo novamente. Essa é uma falha absurda da High Moon, e que irrita profundamente quando acontece por 10 ou 15 minutos, como chegou a ocorrer com o autor. O jogo também não parece levar o lag em consideração na hora de escolher uma sala para o jogador, o que também é motivo de frustração.

Esses problemas são muitos e sérios e fazem com que WFC não possa alcançar todo o potencial que poderia. Com um modo multiplayer mais robusto, com certeza atrairia mais jogadores, que a cada dia são em menor número. Faltou atenção ao modo online em diversos detalhes. Por exemplo, o jogo não permite colocar outros jogadores no mudo, ou seja, muitas vezes você será obrigado a escutar crianças choronas brigando em seus headsets e pessoas xingando a torto e a direito, sem poder escolher não ouvir isso. O jogo travou diversas vezes no modo multiplayer, ao ponto de somente tirando da tomada para conseguir desligar o videogame, fazendo com que o autor perdesse todos os pontos conquistados naquelas partidas.

 

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Transformers: War for Cybertron é um ótimo jogo, mas tem diversas ressalvas. O que ele faz bem, faz muito bem; o que ele faz mal, faz muito mal e desaponta quem tenta realmente gostar do jogo. Ele tem bons aspectos, como os já mencionados nesse texto, além de outros, como um contador de progresso que auxilia o jogador em busca de troféus (um troféu exige que se mate um certo tipo de inimigo 5 vezes, por exemplo: a cada inimigo derrotado, o contador é incrementado e exibido para o jogador). Contudo, as falhas do jogo são grandes, em especial no multiplayer, o que tira parte do mérito desse jogo da High Moon. Fica a esperança de que uma sequência seja desenvolvida e com essas falhas corrigidas.

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