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The Evil Within

The Evil Within é um jogo que procura agradar todo tipo de público, desde os fãs de Survival Horror até os de ação desenfreada. O problema disso é que o lado extremo de cada um deles não vai gostar do que encontrará. Os de Survival Horror terão a opinião de que não é um verdadeiro jogo no estilo, enquanto que os de ação se sentirão incomodados com os elementos de Survival Horror. Porém, apesar disso tudo, essa mescla dá certo se você não for conferir o título com uma mentalidade pré-definida.

A história de The Evil Within segue os policiais detetives Sebastian Castellanos, Joseph Oda e Juli Kidman. Os três devem investigar um assassinato em massa que aconteceu no Beacon Mental Hospital. Quando chegam ao local, encontram o antagonista Ruvik, que parece um fantasma. Sem mais nem menos, Sebastian e seus colegas começam uma jornada por um pesadelo sem fim. Tudo o que acontece (inimigos que parecem zumbis, vários maníacos e seres que parecem ter saído do inferno) fica sem explicação até por volta do capítulo 6 ou 7, quando você começa a juntar as peças. Ou seja, a história do jogo é interessante, mas a maneira como é contada deixa a desejar, pois leva tempo para que as coisas comecem a engrenar.

The Evil Within tem um sistema de jogo bastante similar à série Resident Evil em suas versões mais recentes. Para quem jogou esses títulos, se sentirá em casa, com algumas poucas diferenças. A principal delas é o ataque físico de Sebastian. O personagem pode atacar o inimigo pressionando triângulo, mas o ataque é tão inútil e deixa você tão aberto a levar dano, que você preferirá usar uma arma de fogo. O ataque físico, portanto, serve mais para abrir caixas e semelhantes e, no máximo, deixar o oponente tonto como último recurso.

Outra diferença marcante é a escassez de munição. Muitas vezes você pensará duas vezes antes de distribuir bala nos inimigos. Mas não se preocupe: ficar sem bala não significa não poder avançar no jogo, principalmente nos chefes, em que existe uma alternativa que pode ser usada para vencê-lo. Por exemplo, logo no início você encontrará um maníaco com uma moto-serra (olá, RE4 novamente). É possível, sim, tentar matá-lo com a munição que você tem, mas é muito mais vantajoso levá-lo para as armadilhas espalhadas pela fase.

Como muitos outros jogos, The Evil Within conta com um sistema de upgrades. De tempos em tempos, Sebastian encontra uma sala com um espelho (e normalmente um pedaço de sua agenda, que fornece mais detalhes sobre o passado do nosso protagonista) que o leva a uma sala de um hospital. Lá, sempre há uma enfermeira que permite você salvar o jogo e também realizar os upgrades. Os upgrades são ativados em uma sala na qual pregos são inseridos em seu cérebro e, dependendo da quantidade de um gel colecionável (inimigos mortos deixam isso, assim como há frascos espalhados pelo mundo do jogo), Sebastian pode melhorar seus atributos como vida, corrida e até mesmo suas armas (ter mais munição carregada, menor tempo de recarregamento, mais dano, etc).

Correr, aliás, é algo que também fará você pensar duas vezes. Há uma pequena barra de stamina que, ao se esgotar, deixará Sebastian sem fôlego e vulnerável. A vida em si também não recupera sozinha (apenas uma pequena parte), sendo necessário usar itens para isso.

No que diz respeito às armas, há as padrões como pistola, shotgun, sniper rifle e granadas. Há também uma besta que possui diferentes tipos de dardos, desde mina de proximidade até congelante. Você pode construir munição para a besta usando itens específicos para isso. Esses itens são pegos pelo cenário, bem como ao desativar bombas e armadilhas espalhadas pelo jogo. As armadilhas com fio não apresentam problemas, basta se aproximar com cuidado e desativá-las. No entanto, as bombas de proximidade oferecem um mini-game: um círculo aparece e você deve apertar X no momento certo e só há uma chance para isso. Se errar, boom. Isso mesmo: boom, você morre.

Por incrível que pareça, há elementos que lembram The Last of Us. Por você querer ser o mais discreto possível, poderá usar coisas como uma garrafa para chamar a atenção dos inimigos. Também pode eliminá-los com um movimento "stealth", que os mata instantaneamente pelas costas.

Mas há também elementos inéditos em The Evil Within, que oferecem um ar novo para o gênero Survival Horror. O principal deles é o uso de fósforos. Você pode coletá-los pelo jogo e, quando um inimigo estiver caído, se você acha que ele pode ressucitar, basta colocá-lo em chamas. Isso é válido também para corpos encontrados no chão, não só aqueles que você botou lá. O interessante de incendiá-los é de, se tiver sorte, os inimigos próximos também ficarem em chamas e morrerem. Ou seja, é possível matar mais de um inimigo com apenas um único fósforo. Mas vale ressaltar que esse item só pode ser usado com o adversário caído.

The Evil Within é um título relativamente longo, considerando o seu gênero. Há 15 capítulos com durações variadas e diferentes níveis de dificuldade. Acredite: o jogo é difícil e vencer no modo Akumu será uma tarefa e tanto. Sem contar outros troféus, como o que exige finalizar sem realizar upgrades.

O maior problema do jogo é a sua perfomance técnica. No PS3 há inúmeros "screen tearing", ou seja, linhas que aparecem e dividem a imagem. Problemas com texturas são constantes também, principalmente nas cutscenes. Por sorte, esses problemas são bastante visíveis nas cutscenes, mas durante o jogo em si você não os percebe com frequência. Mas há ainda outro fator que incomoda muita gente: a "letterboxing". O jogo inteiro roda com duas faixas pretas na tela.

Como você pode ver ao longo desta análise, The Evil Within se assemelha muito a Resident Evil 4, também de Shinji Mikami. Há elementos novos que não existiam, como o sprint e upgrades no personagem em si, além de a munição ser mais escassa e os golpes físicos serem menos úteis. Porém, se você gosta da série RE nesse estilo, não deve deixar de conferir The Evil Within.

Veredito

The Evil Within possui problemas técnicos que podem incomodar. A história também demora para engrenar e ser atrativa. Porém, o jogo oferece inúmeras opções em seu gameplay, é longo e desafiador. The Evil Within é uma ótima mescla de Survival Horror e ação e é altamente recomendado para qualquer fã dos dois gêneros.

Jogo analisado com cópia digital adquirida pelo redator.

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