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Nights of Azure 2: Bride of the New Moon

O primeiro Nights of Azure foi uma surpresa agradável. O título é um RPG de ação produzido pela Gust, uma produtora da qual gosto bastante, e possuía uma história mais sombria e séria, um foco no relacionamento das duas personagens principais e um sistema de batalha simples, mas com elementos incomuns que o tornavam interessante. O primeiro Nights of Azure foi um bom começo para uma nova IP, porém rústico, o que demonstrava que o título tinha muito potencial ainda há ser realizado. Infelizmente, Nights of Azure 2 não aproveita, em nada, desse potencial.

É difícil pensar em uma sequência que não melhore em absolutamente nada as características de seu predecessor, no entanto, esse foi o meu principal problema enquanto jogava Nights of Azure 2. A história é um conjunto de retalhos com elementos supostamente importantes sendo esquecidos momentos depois ou delegados a cenas curtas dentro de missões opcionais. As personagens e suas relações interpessoais tornaram-se raras e mal exploradas, sendo que algumas cenas curtas, também opcionais, são as que fazem algum aprofundamento das mesmas. O combate foi simplificado, com elementos interessantes removidos ou substituídos por sistemas menos interessantes ou quase inúteis. Nights of Azure 2, portanto, pode não ser um jogo ruim, mas é incrivelmente medíocre em tudo que faz.

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A história é centrada na cavaleira Aluche e em suas duas amigas de infância: Liliana e Ruenheid. O mundo está sendo ameaçado pela "Rainha Lunar", uma mulher que procura destruir a civilização humana trazendo uma noite eterna. Devido a essa ameaça, a Curia (Vaticano) ordena que Liliana participe de um ritual como sacrifício humano para selar os poderes da Rainha Lunar, enquanto que Aluche deve protegê-la para que Liliana cumpra seu dever. Logo em seguida, ambas encontram Ruenheid, uma cavaleira que abandonou a Curia e acredita que o sacrifício de Liliana será a causa principal para a trazer a noite eterna, portanto ela procura impedir o ritual e proteger Liliana. As três, desse modo, resolvem procurar um modo de derrotar a "Rainha Lunar" sem o sacrífico de Liliana.

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O relacionamento principal de NoA2 está entre as três mulheres, no entanto, a trama principal faz um péssimo trabalho em explorar o relacionamento delas, fazendo parecer que é um elemento secundário à história. Algumas missões opcionais exploram melhor os relacionamentos, no entanto, apenas de Aluche com as outras duas ao invés do trio em si. O mesmo ocorre com outras personagens e organizações que, em tese, deveriam ser importantes para a trama geral.

A história, portanto, é contada em retalhos, seja pelos capítulos principais ou pelas missões opcionais. O agravante disso é que existe um limite de dias para se realizar as missões principais, sendo que o contador de dias remanescentes não é claro e as missões opcionais também consomem um tempo precioso desse recurso. Isso força o jogador a escolher quais missões realizar e, muito provavelmente, terão muitas que serão impossíveis em uma primeira jogada.

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A jogabilidade consiste de um RPG de ação simples que utiliza uma equipe composta por Aluche, controlada pelo jogador, uma mulher acompanhante e dois familiares, sendo esses monstros que ajudam Aluche. O jogador pode escolher a acompanhante e os familiares, no entanto, não é possível jogar com a acompanhante ou controlar diretamente os familiares, com exceção de alguns ataques especiais. A acompanhante tem suas habilidades próprias, que são ativadas de acordo com a situação de batalha, e também existem golpes especiais feitos em conjunto com Aluche que são bastante poderosos. O uso dessas habilidades e golpes especiais é bastante comum e todos, sem exceção, possuem uma pequena cena que interrompe o ritmo da ação, consequentemente fazendo com que tomem uma parcela considerável do tempo de cada luta.

Os inimigos também não são interessantes ou variados e seus padrões de ataque são extremamente lentos, previsíveis e simples, o que torna o jogo extremamente fácil. Ainda pior, os chefes também variam entre o ruim e o regular, não possuindo um único que se destacasse ou que pudesse demonstrar alguma profundidade nas mecânicas de combate.

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Cada familiar tem uma característica especial como remover ou passar de certos obstáculos em alguns cenários, transformarem-se em armas para Aluche utilizar ou suporte no combate. Esse é um sistema semelhante ao de servos no primeiro Nights of Azure, no entanto, só é possível trazer dois familiares por missão, enquanto que no original era possível carregar uma dezena de servos, não existia limite de tempo para realizar as missões principais e as armas secundárias eram acessíveis em qualquer momento independente do servo. O limite de dois familiares por missão faz com que seja impossível explorar completamente os níveis ou experimentar adequadamente as armas alternativas sem gastar uma quantia considerável de tempo das missões. Esse é um exemplo em que os sistemas se limitam ao invés de agirem em conjunto para uma experiência de jogo mais interessante.

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Além disso, toda a produção traz uma impressão pior que a do original. Nights of Azure 2 ainda tem uma estética boa, no entanto, parece que o jogo não teve praticamente nenhum polimento em quase todas suas áreas. Algumas animações são horríveis e parecem trabalhos realmente amadores, os cenários utilizados em alguns golpes não fazem o menor sentido com a localidade atual, momentos da história que acontecem de maneira muito súbita ou com ritmo extremamente ruim e muito mais. Mesmo a trilha sonora, algo usualmente muito bom nos jogos da Gust, não passa de regular, com pouquíssimas músicas conseguindo algum destaque e isso, francamente, é uma pena, especialmente depois da excelente trilha sonora de Blue Reflection.

Veredito

Nights of Azure 2 falha em aproveitar o potencial de seu predecessor e, pior ainda, é um retrocesso em todos os aspectos. Nights of Azure 2 pode não ser um "jogo ruim", mas também não tem nenhum elemento de destaque para que seja feita uma boa recomendação. Espero que a Gust tente mais uma vez com a série e consiga relembrar o que fez do primeiro título algo especial.

Jogo analisado com cópia digital fornecida pela Koei Tecmo.

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Veredict

Nights of Azure 2 fails in using the its predecessor potential and goes even worse: it is a regression in all aspects. Nights of Azure 2 might not be taken as a bad game, however, it doesn’t have any feature to be recommended. I hope Gust tries again with this series and that it remembers what made the first title so special.


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