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BioShock

BioShock é um jogo que não deve ser visto como genérico, em qualquer situação. É fato que estamos em uma geração que games de tiro em primeira pessoa saem aos montes. BioShock é um desses títulos que se destacam dentre todos esses.

Não espere por uma experiência multiplayer, por uma guerra ou por toneladas de armas. BioShock coloca o jogador num universo único, rico e que passa uma tensão à lá Resident Evil e Dead Space do que qualquer outra coisa.

BioShock conta a história de Rapture, uma cidade submarina fundada para que as pessoas mais brilhantes pudessem trabalhar sem serem afetadas pela religião, pelo governo ou pelos medíocres. No entanto, essa filosofia levou a cidade a uma guerra civil, tudo por causa de um composto chamado ADAM. O ADAM vem de uma alga rara encontrada no fundo do mar. Com isso, o ser humano pode reescrever o seu DNA (através de uma técnica chamada “Splicing” e é daí que vem o nome dos inimigos do jogo: Splicers, seres que abusaram disso) e utilizar itens chamados Plasmids e Gene Tonics – um dos atrativos do game. Como é algo raro, ADAM pode ser recuperado de pessoas mortas. Por causa disso, existem as Little Sisters, pequenas garotas que andam por Rapture atrás somente de “anjos” (pessoas mortas) para recuperar o ADAM e inserir em seu próprio corpo – as Little Sisters, portanto, são grandes “baús” de ADAM. Elas são protegidas por grandes seres vestidos com roupa de mergulhadores chamados Big Daddies. Ambos, Little Sister e Big Daddies, possuem suas mentes modificadas para realizarem apenas o trabalho para o qual foram designados – outro elemento chave na história de BioShock.

O grande atrativo de BioShock é, sem dúvida, o seu enredo e todo o universo de Rapture que foi criado. Uma cidade com toda a ambientação da década de 1950 e, infelizmente, totalmente destruída por causa da briga por ADAM é o que chama a atenção. A história, inicialmente, é focada em você – um cara chamado Jack que é o único sobrevivente de um desastre aéreo e que chega acidentalmente (será acidental?) em Rapture -, Andrew Ryan, o fundador da cidade e Atlas, um rebelde. Depois de metade do jogo, a história muda de foco de uma maneira sensacional e prova que um shooter pode ter um enredo intrigante e que segura o jogador.

BioShock é um shooter um tanto quanto linear. O game não tem fases, mas é dividido por locais sequenciais. A diferença de BioShock para todos os outros shooters não são suas armas (que são poucas e apenas as básicas: pistola, shotgun, machine gun, etc.), mas sim todo o resto: começando pelos Plasmids.

As armas são selecionadas através do botão R1 e atiradas com o R2. Os Plasmids são selecionados com o botão L1 e atirados com o L2. Os Plasmids são poderes que permitem ao jogador eletrecutar um inimigo, queimá-lo, abusar da telecinese ou até mesmo hipnotizar um Big Daddy. Os Plasmids são gastos considerando uma barra azul que fica embaixo de sua vida e são recuperados através de EVE. É uma mecânica que tornam as coisas diferentes como um todo: eletrecute o inimigo para que ele fique paralisado e meta bala. Ou ainda, queime-o para que perca vida com o decorrer do tempo e assim por diante. Alguns Plasmids também são usados para avançar na história, como queimar um bloco de gelo que está impedindo sua passagem.

Como adquirir novos Plasmids? Aqui entra a mecânica dos Big Daddies e Little Sisters. Através de ADAM, você pode adquirir mais Plasmids e outros upgrades. No entanto, para isso, é necessário capturar uma Little Sister. Ao achá-la, será necessário matar o Big Daddy – uma das batalhas que você certamente se lembrará para o resto de sua vida gamer, e, em seguida, terá a opção de salvar a Little Sister ou matá-la. A diferença na escolha afetam duas coisas: a história do jogo e a quantidade de ADAM coletada no processo. É a escolha do jogador o que fazer: ser bom ou ser mau?

Mas BioShock não se prende apenas aos Plasmids. Existem Gene Tonics aos montes, cada um com uma função diferente: queimar os inimigos ao seu redor ao levar um dano, facilidade em hackear, etc. Hackear? Sim, BioShock possui um sistema de hackeamento para qualquer “eletrônico” no game, sejam máquinas para comprar itens com dólares encontrados no jogo (ao serem hackeadas, o preço dos itens diminui, por exemplo) ou simplesmente câmeras de segurança ou turrets, a ponto de serem usadas a seu favor. O sistema de hackeamento é ilustrado na imagem acima: o seu objetivo é fazer com o que o fluxo de água que sai de um lado, chegue com sucesso ao outro. Errando, você é punido com o soar de um alarme ou apenas com um choque elétrico tirando sua vida.

Outra coisa única que BioShock oferece é a câmera. Através dela, você pode “pesquisar” os inimigos tirando fotos. Quanto mais fotos de inimigos você tirar – que são divididos em categorias – e dos mais diferentes dentre as categorias, mais vantagem você terá sobre eles. Ou seja, tiros de determinadas armas (o jogo lhe diz qual arma quando a pesquisa é concluída) causam mais dano em determinados inimigos a partir do momento que você souber disso. A câmera, portanto, adiciona uma espécie de elemento RPG em BioShock.

A crítica ao game fica somente a exatamente esse sistema de câmera, que, apesar de ser algo funcional e interessante, demanda muita paciência do jogador para evoluir o nível da pesquisa (nota: algo que foi consertado em BioShock 2). Outra crítica é sobre o próprio enredo: ele é praticamente construído em cima de conversas via rádio com o jogador. É algo interessante e que não tira a incrível história bolada, mas deixa um gosto de “quero mais do que isso”. Não há uma cut-scene em todo o jogo. Há a abertura do jogo e a cena final, podendo considerar também algo que acontece pela metade, mas todo o restante é gameplay sem parar. Estamos mal acostumados com a geração atual? Pode até ser isso mesmo, mas a ausência de algumas cut-scenes em momentos chave do jogo podem fazer falta para os jogadores que não prestam atenção em detalhes dos cenários ou não tem interesse em entender o que está sendo dito via rádio.

Mas não se engane, BioShock é um título único. O enredo é sensacional e os seus diversos elementos característicos o tornam único. Isso sem mencionar a sua trilha sonora que vai de uma música clássica até músicas reais que foram licenciadas pela 2K Games e que realmente são da década de 30, 40 e 50, tornando o jogo completamente caracterizado.

Agora, “would you kindly play BioShock?”. Se não entendeu, jogue e depois leia isso novamente. Tenho dito!

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