Análise – Zone of the Enders: The Second Runner MARS

Zone of the Enders: The Second Runner é um dos melhores jogos de ação da época do PS2 e, desde então, o seu excelente combate com robôs gigantes nunca foi replicado com a mesma precisão e velocidade. A nova edição, MARS, traz como novidade vários modos voltados ao VR, no entanto, vale ressaltar que o jogo principal é uma excelente recomendação para aqueles que nunca jogaram.

A história detalha o conflito entre a Terra e as colônias de Marte, este último grupo sendo controlado pela facção extremista BAHRAM. No meio desta guerra, o protagonista, Dingo, encontra Jehuty, um dos mais poderosos Orbital Frame (robô gigante de combate) e se torna seu piloto com a intenção de libertar Marte da opressão de BAHRAM. A história não é um grande foco e tem uma tradução que faz muitos momentos parecerem cafonas, mas ela serve bem como pano de fundo para a ação.

A grande qualidade de Zone of the Enders é seu combate, que é rápido e bastante versátil, sendo absolutamente necessário considerar o ambiente enquanto se luta. Jehuty tem seus combos comuns, que são capazes de lançar inimigos em paredes, e outros perigos de cada fase. O botão de corrida permite chegar rapidamente próximo a inimigos ou esquivar de seus ataques e também altera as propriedades de cada botão com novos golpes. É possível também agarrar seus inimigos e utilizá-los de escudo ou como uma arma de longo alcance, ou simplesmente jogá-los um contra os outros. Uma das novidades da versão MARS é um novo esquema de controle, em que é possível selecionar rapidamente entre as diversas armas secundárias.

O combate é altamente versátil, sendo possível desenvolver inúmeras estratégias para cada confronto. Levando isso em consideração, a aventura coloca o jogador em várias situações diferentes, com o intuito que este aproveite a versatilidade do combate. Existem missões onde derrotar inimigos o mais rápido possível é o recomendado, outra em que você deve proteger unidades, outra que é um campo de batalha com vários inimigos em simultâneo e por aí vai. Nem todos os cenários são divertidos ou agradáveis, mas servem ao seu propósito de criar uma campanha diversificada, mesmo que seja curta.

Um dos maiores problemas de Zone of the Enders é ser uma experiência breve. A campanha deve levar cerca de 4 a 6 horas, talvez um pouco mais se você não for experiente. Existe um modo multiplayer e missões opcionais para serem feitas, mas estas fazem pouco para estender a vida útil do jogo. Há algumas adições à versão MARS, como a possibilidade de explorar um galpão com o Jehuty dentro e a possibilidade de jogar a campanha inteira em VR, mas são poucas diferenças se comparado ao lançamento original ou à coletânea do PS3.

Jogo analisado com código fornecido pela Konami.