Análise – Bloodstained: Ritual of the Night

A proposta de Bloodstained é ser um sucessor espiritual da série Castlevania. Em especial dos títulos dirigidos e produzidos por Koji Igarashi como Symphony of the Night, Aria of Sorrow, Order of Ecclesia, entre outros.

Ao contrário dos primeiros jogos da série Castlevania, os jogos dirigidos por Igarashi permitiam explorar um grande castelo, possuem vários elementos de RPGs como níveis, parâmetros e equipamentos únicos e permitiam que os protagonistas conseguissem novas habilidades que, por sua vez, davam acesso a novas regiões do castelo.

Bloodstained, por sua vez, não traz nenhuma novidade a fórmula, sendo um excelente sucessor que faz uma junção das melhores características dos jogos em que se baseia.

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A história se foca em Miriam, uma fragmentária que passou 10 anos em um coma e desperta quando um castelo do inferno é invocado por seu amigo e também fragmentário, Gebel. Portanto, cabe a Miriam descobrir o porque Gebel invocou um castelo repleto de demônios e encontrar uma forma de destruí-lo.

Fragmentários têm o poder de absorver habilidades de demônios, mecânica também utilizada em Aria/Dawn of Sorrow e Order of Ecclesia, sendo que os fragmentos podem agir como suporte, ataques, evocações e muito mais. A mecânica permite criar diferentes estilos de luta e exploração e, aliado com uma grande variedade de equipamentos com vários efeitos especiais, faz com que o jogador tenha bastante liberdade em sua customização.

Bloodstained ainda permite salvar e carregar até 8 diferentes conjuntos de fragmentos e equipamentos, incentivando que o jogador crie diferentes conjuntos para cada situação.

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O castelo em Bloodstained é enorme e dividido em diferentes regiões tematizadas. O jogo faz um uso bastante inteligente de seus assets, espaçando muito bem seus reusos e mantendo áreas visualmente parecidas afastadas umas das outras. Isso torna a exploração mas interessante, pois o conteúdo próximo é muitas vezes novo ou, pelo menos, modificado e aplicado de diferentes maneiras para ainda ser interessante.

Gradativamente, Miriam obtém fragmentos que permitem pular mais alto, nadar e muito mais, abrindo novas áreas para serem exploradas e permitindo adquirir novos tesouros em áreas já visitadas. Os mapas ainda contam com várias passagens escondidas, chefes e inimigos secretos, técnicas especiais de armas e muito mais, requerindo bastante atenção do jogador para se obter tudo. Cada exploração garante que seu personagem evolua de alguma forma e essa é a maior conquista do título.

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Sendo um jogo financiado pelo Kickstarter e produzido por um estúdio independente, Bloodstained tem alguns problemas. O desempenho do jogo é irregular com algumas quedas de frames em alguns momentos e, estranhamente, raros momentos que o jogo parou completamente ao registrar um ataque e retorna após um ou dois segundos.

Por outro lado, a campanha teve uma duração de quase 20 horas e isso sem contar alguns modos extras, algumas salas inexploradas e todas as missões opcionais ainda a serem feitas.

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Jogo analisado com código fornecido pela 505 Games.

Veredito

Bloodstained foi produzido para saciar a demanda de fãs por um novo Castlevania no estilo de Symphony of the Night e, felizmente, Ritual of the Night se mostra como um excelente sucessor espiritual e também um ótimo ponto de início para uma nova série.

90

Bloodstained: Ritual of the Night

Fabricante: ArtPlay

Plataforma: ps4

Gênero: Ação / Aventura

Distribuidora: 505 Games

Lançamento: 18/06/2019

Dublado:

Legendado:

Troféus:

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Veredict

Bloodstained was made to satisfy fans demands for a new Castlevania Symphony of the Night, and Ritual of the Night is an excellent spiritual sucessor and a great starting point for a new series.