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Uncharted 2: Among Thieves

Pode-se resumir Uncharted 2: Among Thieves com algumas afirmações. Por exemplo, se fosse um filme, ganharia mais estatuetas no Oscar do que Titanic. Se fosse um álbum musical, ganharia o prêmio Grammy. Se fosse um livro, ganharia o prêmio Nobel de literatura. Se fosse uma série de TV, ganharia o prêmio Emmy. E se fosse a prova de um aluno na escola, ganharia um 10 com louvor. Simples assim.

 

Honestamente, com a mais absoluta certeza, ao jogar Uncharted 2 você estará diante de um dos melhores jogos de todos os tempos. O leitor mais desatento poderá achar que este texto não é uma análise imparcial do jogo e sim um texto de um fã, e, infelizmente, depois de ter finalizado o jogo mais de uma vez e de ter gasto dezenas de horas em seu modo online, ele vai estar certo: virei um fã da série Uncharted. Não que tenha sido sempre assim. O primeiro jogo da série (Uncharted: Drake’s Fortune) realmente é um excelente jogo, mas na teoria não teria a mesma capacidade de tornar alguém fã da franquia. Mas a enorme gama de qualidades de Uncharted 2: Among Thieves cativa de tal forma que é capaz de fazer até o crítico mais sagaz e criterioso abrir um sorriso de orelha a orelha.

 

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Faca na caveira!

 

Uncharted 2: Among Thieves conta a história de Nathan Drake em busca de uma pedra preciosa que seria extremamente valiosa e estaria abrigada na mítica cidade escondida de Shambahala, ou Shangri-la. E cabe ao caçador de tesouros encontrá-la em parceria com Chloe Frazer, uma nova personagem. A história do jogo é soberba. Embora possua aqueles trejeitos de Sessão da Tarde, com escapadas miraculosas e diversas reviravoltas, é contada em um ritmo preciso e precioso, que não deixa que você se desgrude dela nem por um minuto sequer. Os que jogaram Uncharted: Drake’s Fortune logo se sentirão familiarizados com os personagens, seus elementos e a narrativa. E mesmo os que não jogaram a edição anterior logo perceberão que se trata de uma história que, se já seria digna dos maiores sucessos de bilheteria do mundo dos filmes caso fosse essa sua origem, quanto mais em se tratando de um jogo de videogame.

 

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Eu não tenho medo de balas perdidas. Minha sorte é mais precisa do que elas!

 

E como se já não bastasse a própria história ser tão boa, a forma como é contada só consegue aumentar a qualidade. Embora a câmera do jogo seja aquela clássica em terceira pessoa por trás dos personagens, a variação da mesma para dar mais profundidade às cenas é impressionante e nunca parece forçosa. O distanciamento da câmera ao se chegar a um templo, a movimentação da câmera na fuga dos personagens entre becos de uma cidade destruída ou o posicionamento desta na escalada em um trem descarrilado pendurado em um penhasco, por exemplo, são excepcionalmente bem realizados e sempre fazem parte de situações nas quais temos total controle de Drake, e não como cutscenes pré-renderizadas. É sério: Uncharted 2: Among Thieves possui uma direção de arte incrivelmente bem realizada.

 

E isso só se acentua com a jogabilidade extremamente bem resolvida e simplificada. Esqueça ter que decorar vários comandos para realizar operações simples. Os controles que já eram naturais e fáceis de serem manuseados na edição anterior ficaram ainda mais simples e intuitivos. Por exemplo, no primeiro jogo era necessário utilizar uma mira diferente da mira da arma para se lançar uma granada. Tinha que se calcular a trajetória com um comando diferente. Agora basta apontar a mira para o destino da granada e apertar um botão.

 

Drake continua um exímio escalador. E se na versão anterior já se tinha a impressão de que ele poderia escalar uma montanha no Himalaia apenas com as mãos, sem auxílio de equipamentos, agora dá pra ter certeza de que ele consegue. As escaladas fazem parte de um dos principais eixos da jogabilidade, completado pelos tiroteios e o sistema de cobertura. Estes também são excepcionalmente bem realizados, com diversas armas a sua disposição e ambientes nos quais tudo pode servir de escudo. O sistema de combate corpo-a-corpo também foi aprimorado, de forma que agora faz muito mais sentido atacar um inimigo com murros e é realmente útil (e possível) tentar atacá-los pelas costas e ser silencioso ao invadir uma área.

 

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Eu com um Rocket Laucher agora…

 

Falando nas áreas, ambientes e da parte gráfica do jogo agora. A palavra "Soberbo" pode, de acordo com o Dicionário Aurélio, ser entendida como "Majestoso; grandioso; belo, sublime; altivo.". Portanto, de acordo com esta definição, graficamente Uncharted 2: Among Thieves é soberbo. Incomparável, eu diria. Não há até o momento na geração atual de consoles algum outro jogo que se compare. Absurda variedade de objetos (pode ter certeza de que você nunca vai perceber repetição de objetos nos cenários) e detalhes dos mesmos. Texturas em altíssima resolução que não são repetidas em momento nenhum (não que não sejam de fato, mas com certeza é imperceptível). Paisagens e cenários externos quase foto-realísticos, extremamente detalhados. Em uma dos capítulos do jogo no qual Drake se encontrava sob uma montanha na qual era possível ver uma praia cercada por uma floresta tropical eu fiquei cerca de 15 minutos apenas observando os detalhes, assombrado com sua qualidade. Achei que fosse parar por aí, mas logo depois, no topo de um edifício em uma cidade em destruição cercada por uma cadeia de montanhas, acontece a mesma coisa: fico mais de 10 minutos apenas observando a paisagem, os detalhes das construções e das montanhas. Não vemos slowdowns, glitches nem problemas de câmera e personagens atravessando paredes em momento nenhum. Não importa como você encare: Uncharted 2 é um colírio para os olhos.

 

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Chumbo grosso!

 

A parte sonora conta com dublagem e trilha sonora do mais alto nível. Todas as vozes são perfeitamente sincronizadas (preste atenção, na dublagem em inglês, no movimento da boca dos personagens ao falar). Os textos são excelentes e muito bem interpretados (a voz com sotaque britânico de Chloe Frazer vai te deixar hipnotizado). São criativos e engraçados, e ajudam a criar uma imersão do jogador na história de forma incrível. As músicas são excepcionalmente bem orquestradas e parecem ter sido escolhidas com perfeição para os momentos nos quais são tocadas.

 

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Calma, Elena! Não é o que você está pensando!

 

Como se não bastasse o modo história single-player excelente, Uncharted 2: Among Thieves ainda conta com um modo online que, por si só já valeria a compra. Diversos modos competitivos como Death Match e variações de Capture The Flag estão presentes. Os tiroteios são frenéticos e muito bem resolvidos. Os mapas são diversos e muito bem detalhados (valem aqui as mesmas considerações com relação ao modo história), com dimensões verticais e horizontais muito bem definidas (vale escalar prédios ou outras construções para encontrar outro caminho de ataque, ou de fuga). Também foram criados de modo que os pontos exageradamente seguros para os campers são quase inexistentes. Até existem locais onde é possível se esconder, mas sempre é possível chegar ao esconderijo por outro caminho para dar cabo dos campers. Conta com progressão em nível para o jogador que, conforme avança, pode destravar mais e mais recursos para auxiliar a mira ou a movimentação, dentre outros.

 

Temos também modos co-operativos nos quais equipes de até três jogadores devem percorrer mapas para a resolução de objetivos, sempre contra inimigos controlados pelo computador. Estes, à exemplo de todo o jogo também foram muito bem implementados, contando com um nível de desafio crescente e extremamente divertido (principalmente neste modo, um fone bluetooth é muito bem-vindo). Um pequeno senão (acho que o único da análise) é que o sistema de ranqueamento para dividir os jogadores nas partidas não parece funcionar tão bem, pois algumas vezes encontramos salas onde existem times desequilibrados em se tratando do ranking dos jogadores. Mas isso não desmerece o modo de forma nenhuma. O jogo pode ser concluído entre 10h e 12h, mas tenha certeza de que você sentirá vontade de jogar novamente. E o modo online bem como a captura de troféus para destravamento de artworks e vários outros conteúdos extras adicionam enorme valor replay ao jogo.

 

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Droga! Vocês explodiram o meu Fiat 147!

 

Como disse acima, infelizmente este review ficou mais parecido com um texto de um fã do jogo do que com uma análise imparcial. Mas não é culpa minha, e sim da Naughty Dog que produziu este jogo que tem potencial para marcar uma geração (à semelhança de jogos como Legend of Zelda : Ocarina of Time, Metal Gear Solid e God of War) e ser lembrado por eras. Pode ter certeza de que ao jogar Uncharted 2: Among Thieves, você estará diante de uma obra prima em todos os sentidos. É um jogo que eleva bastante o nível do que é possível de se fazer com a plataforma da Sony, e que com certeza ficará por muito tempo dentro do seu PS3. E também tenha certeza de que vale cada real que você gastar nele. Pela excepcional qualidade em todas as áreas de seu desenvolvimento, por ser o jogo de videogame mais belo já feito até hoje e por conter muito mais conteúdo do que já seria necessário para torná-lo um jogo AAA, Uncharted 2: Among Thieves merece 100% de recomendação. E com louvor. O que está esperando para pegar o seu e matar a curiosidade de se Drake fica com a moreninha Chloe no final? Nos encontramos no modo online!

Winz.io

Veredito

100

Uncharted 2: Among Thieves

Fabricante: Naugthy Dog

Plataforma: ps3

Gênero: Ação / Aventura

Distribuidora: Sony Computer Entertainment

Lançamento: 13/10/2009

Dublado:

Legendado:

Troféus:

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