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Synth Riders – Review

Já comentei algumas vezes em outras análises como sou bastante fã de jogos musicais e rítmicos. Quando os dois estilos unem em um só fica melhor ainda. Confesso que um dos principais motivos que usei para comprar um PS VR foi para jogar estes gêneros com uma imersão em realidade virtual. Fiquei muito feliz quando foi anunciado o lançamento de Synth Riders para PlayStation VR.

Para quem não conhece, Synth Riders é um jogo rítmico de dança “freestyle” em realidade virtual com uma temática visual futurista. Pensando na plataforma PlayStation, utilizando os dois controles move você deve acertar orbes na tela conforme a música toca. Muitas pessoas automaticamente pensam e até comparam com Beat Saber, outro jogo rítmico bem famoso no meio VR. De fato não há como não lembrar deste outro título. Porém, apesar de em alguns momentos eu fazer certas comparações no texto, tendo os dois jogos em meu console eu já adianto que existem pequenas variações em cada um deles que fazem com que você queira jogar cada um em um momento diferente, tudo a depender daquilo que você estará buscando no momento.

Synth Riders
Os cenários fazem com que a imersão seja muito maior. Fonte: Divulgação/Kluge Interactive.

Voltando para os conceitos básicos, Synth Riders acaba sendo mais simples para o aprendizado de pessoas que que não conhecem o estilo, principalmente por não existir a obrigação de “acertar as bolas por um certo lado/ângulo”. Cada mão sua representa uma cor e você deve encostar no círculo com a cor certa. Para as bolas amarelas é preciso passar com as mãos, enquanto com bolas verdes é possível utilizar qualquer uma delas (mas a mesma durante toda a sequência). Além das bolas soltas, também existirão algumas ligadas por uma “trilha”, onde é necessário seguir com as mãos até o fim, uma mecânica comum neste estilo. Não podemos esquecer também dos obstáculos que poderão aparecer, onde será necessário desviar de alguma forma com seu corpo.

Já que citei sobre as bolas amarelas, infelizmente tenho que dizer que nem sempre quando você junta as duas mãos você irá visualizar o amarelo, mas sim as cores anteriores (rosa e azul). Acredito que isso seja algum bug, já que na maior parte das vezes a cor muda. Não é algo que particularmente me atrapalhou, mas sei que isso pode afetar a performance de outros jogadores, além de ser algo visualmente ruim, que diminui um pouco a imersão. Tirando isso, foi o único bug que encontrei no jogo inteiro. Até mesmo a precisão dos movimentos é muito boa e se em algum momento você achar que sua mão não está aparecendo no lugar exato da tela é porque provavelmente você saiu do campo de visão da PS Camera. Infelizmente isso é algo geral para qualquer jogo que necessite da câmera e acontecerá caso você tenha pouco espaço para se movimentar.

Synth Riders
Ainda é possível colocar modificadores para cada performance, como deixar os orbes coloridos (foto), fazer a tela deslocar-se para os lados ou até mesmo aumentar e diminuir o tamanho das orbes. Fonte: Divulgação/Kluge Interactive

Existem dois modos para se jogar: precisão e força. Para precisão é preciso passar seu controle o mais próximo possível do centro do círculo para fazer uma pontuação maior. Já no de força, quanto mais forte balançar seu PS Move, melhor. Particularmente preferi jogar no modo precisão pois não gostei de precisar “bater” com força em todos os movimentos que fosse fazer. Fazer esses tipos de movimentos “fortes” ocasionou na movimentação do PS VR em minha cabeça, o que acabou atrapalhando um pouco o jogo. Sem falar da questão do fio do aparelho que ainda pode causar algum acidente caso você tropece fazendo movimentos fortes (isso pode acontecer em qualquer jogo, porém senti maior risco neste método). Em ambos os modos você também pode escolher a dificuldade da música e, para a alegria de todos, até mesmo no modo mais fácil o ritmo é muito bem percebido na jogabilidade.

Ainda falando de como jogar, não existe um “modo história” em Synth Riders. O menu inicial te dá a opção Solo e Party, porém ambas funcionam da mesma forma: um menu com as músicas no centro, configurações na esquerda e leaderbords a direita. A principal diferença é que colocando no modo festa a pessoa poderá colocar manualmente seu nome no placar geral, enquanto em Solo fica seu PSN ID. O título está totalmente em inglês, o que é algo que irei sempre criticar e sinalizar, mas também aponto que o menu é bem intuitivo e isso não será um grande problema. Para os caçadores de trofeús, eles existem, mas infelizmente sem platina.

Synth Riders
Dica: Decore a cor que você está segurando em cada mão, pois nem sempre o orbe necessário está no mesmo lado da mão que você segura a cor. Fonte: Divulgação/Kluge Interactive

Sempre que penso em um jogo que envolve música a primeira coisa que faço é procurar a lista e ver o que conheço. Algo que me assustou foi não ver nenhum nome de artista pop hypado das rádios em Synth Riders. O mais próximo disso foram algumas músicas de The Offspring e Muse em um pack, mas mesmo assim nenhum smash hit deles como Supermassive Black Hole. O meu medo foi logo embora quando coloquei aleatoriamente uma primeira música para dançar. A jogabilidade junto com a imersão e a qualidade rítmica dos movimentos faz com que você possa dançar qualquer música e aproveite muito o jogo. Sem falar que as músicas escolhidas são realmente MUITO boas. Conheci diversos artistas independentes ótimos que salvei em minha plataforma de streaming e comecei a acompanhar a carreira e ouvir outras músicas. Recomendo que comece por qualquer uma das músicas por PRIZM, todas são muito divertidas de se jogar e ainda combinam demais com o conceito que Synth Riders quer transmitir.

E já que eu falei de imersão, vou falar onde que o título realmente brilha: os modos experiência. Apesar de estarem no momento somente em três músicas, a vontade é de jogá-las a todo momento. Enquanto em todas as músicas você joga em um dos cenários futuristas padrões do jogo, ativando esta opção você entra em uma imersão feita especialmente para cada música. Em Wonderland, do Caravan Palace, por exemplo, a sensação é de ter caído na toca do coelho junto com Alice e estar viajando pelo país das maravilhas. Neste modo você não pontua e o intuito é realmente curtir o momento. Os fãs de Muse com certeza irão pirar e se identificar muito com este modo em Algorithm. Confesso que toda vez que pego para jogar Synth Riders é uma que sempre entra em minha playlist.

Synth Riders
O modo experiência não é recomendado para pessoas que não reajam bem a muitos luzes piscando rapidamente. Fonte: Divulgação/Kluge Interactive

O título em si não é tão caro, porém para se ter a melhor experiência possível eu recomendo que ninguém compre a versão básica, mas sim já a completa, que inclui todos os packs de músicas disponíveis no lançamento do jogo. Com o básico você consegue se divertir bastante, não me entenda mal, mas posso dizer que minhas favoritas estão nas que não estão na edição padrão do jogo e realmente é algo que vale a pena investir. Levando em consideração a versão completa acaba que Synth Riders não sai tão barato assim. E pode sair ainda mais caro se mais músicas em DLC forem lançadas no futuro, algo que realmente espero que aconteça, pois assim a longevidade de um jogo que já era grande fica maior ainda.

Jogo analisado no PS5 (com PS VR) com código fornecido pela Kluge Interactive

Winz.io

Veredito

Sem a necessidade de grandes hits musicais, Synth Riders traz um catálogo de qualidade para uma imersão rítmica viciante e inesquecível, especialmente se falarmos das músicas com modo experiência. Um título que deve estar na biblioteca de todos que jogam em realidade virtual.

90

Synth Riders

Fabricante: Kluge Interactive

Plataforma: PS4

Gênero: Rítmo / VR / Música

Distribuidora: Kluge Interactive

Lançamento: 10/08/2021

Dublado: Não

Legendado: Não

Troféus: Sim (Sem Platina)

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Without the need for great musical hits, Synth Riders brings a quality catalog for an addictive and unforgettable rhythmic immersion, especially if we talk about songs in experience mode. A game that should be in the library of everyone who plays in virtual reality.