Star Wars: The Force Unleashed foi lançado para o PlayStation 3 em 2008. Era um título muito aguardado, pois prometia – depois de anos – um verdadeiro jogo da franquia que usasse e abusasse dos poderes da "Força".
The Force Unleashed conta a história de um novo aprendiz: Starkiller, o aprendiz secreto de Darth Vader. O enredo acontece entre as duas trilogias dos filmes.
O game é relativamente curto (possui apenas 9 fases). A trilha sonora é totalmente originária da franquia. Os gráficos são muito bem feitos e a engine usa e abusa da Havok. Ou seja, diversos pontos do cenários são destrutíveis e obedecem às leis da física bem realisticamente, por exemplo. Outra engine usada é a Euphoria, que aumenta a inteligência artificial dos inimigos.
Aqui entra a jogabilidade de Force Unleashed: é possível atacar com o sabre de luz, pegar inimigos ou objetos com a "Força" (através do R2), executar choques elétricos (um dos golpes que mais serão usados em sua jornada), um "empurrão" e o pulo duplo, além de outros como um dash com L1 e defesa com L2 (a qual também ativa outros golpes especiais quando é combinada com outro botão). O problema é que a jogabilidade passa a sensação de ser um pouco travada: é impossível descrever com palavras tal sensação, mas você a nota nos momentos de plataforma com o pulo duplo: dificilmente você "pousará" onde quer. Por causa dos ataques com o Force Grip (R2) o personagem precisar ficar parado, você dificilmente usará essa técnica e assim por diante.
Portanto, algo que oferece uma enorme variação, acaba se repetindo em eliminar inimigos com os mesmos golpes que você se acostumar a usar.
O jogo ainda oferece alguns extras como a customização do sabre de luz, upgrade em sistema de levels para os combos e força do personagem, entre outros.
Na época de lançamento, o game só oferecia, portanto, a jornada principal composta por 9 fases e em dificuldades diferentes. Com o lançamento da "Ultimate Sith Edition", o game recebeu suporte a troféus, o que aumentou a sua durabilidade, principalmente levando em conta que há diversos troféus de "destrua 500 inimigos" com cada técnica do game (não se preocupe, porém, muitos desses troféus são fáceis de serem pegos graças ao prólogo no qual você controla Darth Vader).
A história, que é para ser um ponto forte do game, é extremamente fraca. O início é interessantíssimo (inclusive você controla Darth Vader, como mencionado no parágrafo anterior), depois passa a ser desagradável e volta a ser interessante no final do jogo, o qual lhe permite ver dois diferentes: um que realmente se encaixa entre as duas trilogias e um outro que dá origem aos DLCs e à versão "Ultimate Sith Edition".
Os DLCs são três: um acontece no Jedi Temple, outro em Tatooine e o último em Hoth. Todos estão disponíveis na PlayStation Store, exceto o de Hoth. Exatamente, caro Padawan: se você quer ter 100% dos troféus do jogo, só comprando a edição "Ultimate Sith".
O Jedi Temple é o DLC mais isolado dos três. Ele considera o final "bom" do game (e que se encaixa nas duas trilogias). O aprendiz visita as ruínas do templo Jedi (destruído por Anakin Skywalker no Episódio III) para saber mais sobre o seu passado e sobre o seu pai. Esse DLC é isolado dos outros por dois motivos: primeiro que essa visita ao templo Jedi deve ter acontecido durante a aventura de The Force Unleashed (o final do jogo explica o que eu quero dizer), e segundo que os outros DLCs (que são extremamente mais interessantes) exploram os Episódios IV e V de Star Wars como se o Aprendiz tivesse ocupado o lugar de Darth Vader ao lado do Imperador.
E me arrisco a dizer: esses dois DLCs (Tatooine e Hoth) são melhores que o jogo inteiro. Eles têm a duração aproximada de uma fase completa do jogo, cada. Como dito, os DLCs seguem o final ruim do game e a história fictícia de Starkiller no lugar de Darth Vader (morto, nessa nova história). O primeiro DLC em Tatooine acontece durante o Episódio IV. O Aprendiz, já "mecanizado" como Vader era devido à sua batalha final, possui até mesmo uma "nova voz" dando um estilo completamente novo ao personagem e que é infinitamente melhor que o personagem "comum" de Force Unleashed. Em Tatooine, o Aprendiz está atrás dos dois robôs (adivinhe você quais são) e que estão com os planos da Death Star. Você encontrará com Jabba, Boba Fett, Obi-Wan e vários locais extremamente familiares aos filmes – tanto do Episódio IV quanto do Episódio VI.
Já o outro DLC, o qual se passa no Episódio V, em Hoth, conta a história do Aprendiz no momento que o Império – literalmente – contra-ataca. Novamente, vários personagens e locais familiares aos fãs estarão presentes. O final desse episódio é um tanto quanto fraco comparado ao pacote que demonstrou muita fidelidade e excelência. Ao menos, é "acreditável" e coloca um fim nesse "mundo paralelo sem Darth Vader".
Os DLCs, infelizmente, também apresentam os problemas mencionados durante a análise como a jogabilidade relativamente travada e alguns outros problemas. Mas para quem é fã da franquia, os DLCs valem todo o pacote. Diria até mesmo que Force Unleashed, o qual deveria ser o coração da edição, é um mero "bônus" perto dos DLCs.
Juntamente com esses DLCs, diversas skins para o Aprendiz estão disponíveis na jornada principal. São muitas: desde Anakin e Luke Skywalker, até Darth Maul e C-3PO. O único problema é que a skin não é salva no capítulo, toda vez que inicar uma fase é necessário mudar no menu de opções. E aí vem um problema do jogo: o loading é absurdo no menu de pause, mesmo com o jogo pedindo cerca de 5GB para instalar em seu PlayStation 3. No game em si, o loading não vai incomodar o jogador, em contrapartida.
Star Wars: The Force Unleashed – Ultimate Sith Edition é um jogo obrigatório para os fãs de Star Wars. Para os demais, é um game que deveria ser alugado. A caixinha de "Ultimate Sith Edition" é metalizada e toda especial, realmente uma edição de colecionador.