Star Wars: Battlefront Classic Collection – Review

Star Wars é, sem dúvida, uma das franquias mais importantes da atualidade. Surgindo em 1977 com o filme Uma Nova Esperança, ela redefiniu um gênero e impressionou a todos não apenas por sua história e personagens, mas também por seus efeitos especiais e batalhas. Quantas pessoas não ficaram deslumbradas assistindo o ataque da Rebelião à Estrela da Morte, a batalha de Hoth, a perseguição pela chuva de asteroides ou a batalha nos campos de Naboo e em Geonosis? Desse sucesso vieram também os games da saga que tentavam colocar o jogador na pele dos nossos heróis, mas ainda assim não era o suficiente para trazer a imersão que procurávamos. Foi com Star Wars Battlefront – não os da EA – que isso mudou e agora, 20 anos depois, poderemos reviver essa experiência com Star Wars Battlefront Classic Collection.

Desenvolvido pela experiente Aspyr, a Classic Collection traz os dois games lançados para PlayStation completamente remasterizados e com alguns novos conteúdos. A começar pelo primeiro título que, apesar de mais simples, conta com uma campanha single player abrangendo as batalhas mais famosas vistas nos filmes I – VI, ou seja, jogaremos com as mais variadas facções passando por separatistas, clones, imperiais e rebeldes.

O objetivo de cada fase é simples, consistindo em capturar os pontos de controle espalhados pelo mapa ou conquistar a vitória derrotando uma determinada quantidade de inimigos. É possível escolher entre uma gama de personagens que variam de soldados, a snipers, jet troopers, soldados pesados, entre outros. Cada um deles possui características próprias que podem facilitar as batalhas, por exemplo, engenheiros são ótimos para reparar droids médicos e de munição que foram danificados, enquanto que soldados pesados, munidos de uma rocket launcher, são ótimo para causar dano em veículos e transportes. Entra aqui mais um detalhe do game: é possível também controlar veículos térreos, como speeders, AT-ATs, entre outros. Por outro lado, apesar de contar com a presença dos heróis e vilões no campo de batalha, neste jogo não é possível controlá-los.

Battlefront também possui o modo Conquista Galáctica, onde escolhemos uma das facções disponíveis e tentamos dominar a galáxia. A cada vitória temos a chance de tentar conquistar mais um planeta, porém ao perder uma batalha o próximo turno acaba indo para o computador. Em ambos os modos espere por combates frenéticos nos locais mais famosos da saga e tudo isso com muita diversão e, claro, acompanhado da excepcional trilha de John Williams.

Indo para o segundo game, temos aqui algumas boas novidades. Battlefront II também conta com uma campanha single player que nos coloca na pele da 501st Legion, um esquadrão de stormtroopers de elite de Darth Vader. Acompanhamos algumas missões da equipe desde a época em que as Guerras Clônicas começaram até a vitória do Império sob a Rebelião em um final alternativo para a saga. Essa campanha é bastante interessante, sendo narrada pelo próprio Temuera Morrison – o ator e voz dos clones e Boba Fett – e conta com novos objetivos que deixam cada uma das fases ainda mais dinâmicas.

Uma das maiores novidades da sequência se dá pela possibilidade de controlar os heróis e vilões em combate. Por último, mas não menos importante, as batalhas deixam de ser apenas em terra firme e passam a tomar os céus. É isso mesmo, Battlefront II conta com intensas batalhas no espaço e que me surpreenderam muito quando joguei pela primeira vez há uns bons 15 anos atrás. Para a época era muito incrível escolher seu soldado, andar pela base aérea, entrar em uma das naves e só então decolar para a batalha. Também é possível aterrissar na base inimiga e explorar as fraquezas dela de dentro pra fora.

O game também possui uma versão mais encorpada da Conquista Galáctica, dessa vez trazendo um pouco mais de estratégia, pois não há apenas os planetas como também as rotas que nos levam até eles. Caso as duas facções se encontrem num mesmo ponto, uma batalha espacial terá início e, se for num mesmo planeta, as clássicas batalhas de antes.

Diferente dos Battlefront da EA, os dessa coletânea tem apenas um único objetivo: divertir. As batalhas são rápidas e dinâmicas, trazendo toda a adrenalina que sentimos quando assistimos um dos filmes. Morrer em combate é apenas algo inevitável na bagunça de tiros de blaster e detonadores termais que ocorrem no game. É muito rápido voltar para o combate e, acima de tudo, não é frustrante. Como fã das duas versões de Battlefront, faço questão de ressaltar essa qualidade dos títulos originais, uma vez que já passei por momentos de muita raiva jogando os mais modernos e sentindo que faltava habilidade para desfrutar deles. Isso, felizmente, não acontece na Classic Collection.

Ambos títulos, além das campanhas single player, também contam com um modo multiplayer para até 64 pessoas. E foi nesse modo que recebemos pequenas novidades: novos mapas para ambos games e, no caso do segundo, novos heróis e vilões como Asajj Ventress e Kit Fisto. Durante minha jogatina consegui testar um pouco do multiplayer que conta com servidores dedicados. Por conta do período em que a review está sendo feita, não foi possível encontrar um servidor lotado. Nestes casos o mesmo acaba sendo preenchido por bots. Ainda assim consegui me divertir muito, principalmente no modo Heróis vs Vilões.

Star Wars Battlefront Classic Collection é uma coletânea obrigatória para os fãs dos títulos originais e uma ótima pedida para que está descobrindo a franquia por agora. Ela carrega toda a alma da saga, permitindo que o sentimento de euforia e adrenalina que sentíamos ao assistir seja um dos filmes ou até mesmo as séries, tomem conta de nós. São dois games extremamente divertidos, com ótimas campanhas single player e um multiplayer que permite aumentar ainda mais seu fator replay. Derrubar o Império Galáctico ou lutar ao lado dos Jedi nunca foi tão divertido.

Jogo analisado no PS5 com código fornecido pela Aspyr Media.