Uma das grandes vantagens do mercado de jogos independentes é poder sempre esperar algo completamente inimaginável como opção por aí. Uma batalha épica entre llamas e alpacas pelo domínio e sobrevivência da espécie é algo que você jamais presenciaria em jogos mais tradicionais ou dos famosos AAA.
Speedollama chuta o balde e entrega um sidescroller com esse contexto, onde o jogador assume um dos 3 grandes heróis do mundo das llamas convocados por um grande mestre para garantir a sobrevivência da espécie. Avance pelos mapas, colete recursos e destrua alpacas em diversos ambientes para garantir sua vitória.
Num estilo próximo do clássico Metal Slug, ou ao menos similar em alguns pontos, o jogador adentra em mapas gerados proceduralmente na busca de 75% dos recursos dentro de um tempo específico para poder prosseguir ao próximo mapa. Cada bioma completado tem um chefe no final e desbloqueia novas áreas, possibilitando mais inimigos, coletas de recursos, melhorias de upgrades e mais.
A proposta do jogo é entregar mapas aleatórios, mas que apesar disso entregam um padrão de repetição imenso, com ação rápida e desafio direto. Alpacas e suas bestas modificadas para o combate vão cair facilmente, mas quando em conjunto podem fazer um estrago imenso, com o jogador sendo forçado a estratégias cada vez mais aceleradas, tentando encontrar as pequenas melhorias temporárias pelo mapa e, na maior parte das tentativas, ir apenas direto ao ponto para avançar.
As limitações do combate ficam restritas ao estilo de jogo acelerado e mapas aleatórios, que sem muita variação tangível à jogabilidade vão ficar batidos logo. A estrutura de coletar e avançar rápido é sempre a mais indicada, até para guardar vidas que serão necessárias em cada chefe. Além disso, nem todos os upgrades valem a pena e alguns, como o lançador de mísseis, para mais um debuff do que qualquer outra coisa.
Repetindo esse padrão por 9 mapas diferentes, no que essencialmente muda apenas o estilo visual e paleta de cor, Speedollama entrega doses de diversão que podem ser aproveitadas em períodos curtos. Cada mapa tem uma duração máxima de 5 min e um mundo inteiro até o boss não passa de 25 min ao todo.
Uma questão problemática fica pela falta de balanceamento com os saltos e a falta de explicação disso. É preciso o jogador usar o recuo da arma em diversos pontos para alcançar alguns locais, mas nada isso é explicado. Além disso, a estrutura fica repetida demais logo no início e ir até o fim não melhora, sendo mais um exercício de paciência apenas.
Apesar disso, Speedollama entrega uma diversão cadenciada de forma jamais pensada e sem muita preocupação no fim das contas. Usa da proposta nonsense para gerar comédia e ação fácil, ainda que careça de pequenos ajustes mesmo para um universo completamente solo. Uma adição imprescindível para o tipo de jogo, e talvez aqui numa sequência futura, seria a inclusão do cooperativo, local ou online, e também de mapas mais profundos que valorizassem um tempo maior de jogabilidade.
Jogo analisado no PS5 com código fornecido pela Chaosmonger Studio.
Veredito
Divertido e com foco na ação rápida, Speedollama entrega o que propõem de forma sem compromisso, ainda que falte melhorias em alguns aspectos e também um cooperativo quase obrigatório para o gênero.
Speedollama
Fabricante: Chaosmonger Studio
Plataforma: PS4 / PS5
Gênero: Ação / Aventura
Distribuidora: Chaosmonger Studio
Lançamento: 21/10/2024
Dublado: Não
Legendado: Não
Troféus: Sim (inclusive Platina)
Veredict
Fun and focused on fast action, Speedollama delivers what it proposes in a non-compromising way, even if it lacks improvements in some aspects and also an almost obligatory cooperative for the genre.