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Resident Evil 5

"Em time que está ganhando, não se mexe". Esse foi o lema adotado pela Capcom durante a produção de Resident Evil 5. Qualquer jogador percebe que as semelhanças da quarta versão da série com o jogo anterior são inúmeras. Mas isso foi uma péssima ou ótima jogada?

Resident Evil 5 tem como astro principal Chris Redfield, o qual já apareceu no primeiro Resident Evil e em CODE: Veronica. Numa época, na qual a corporação Umbrella não existe mais, Chris faz parte da BSAA, órgão contra armas biológicas. Além de Chris, pertencente à divisão americana da BSAA, temos Sheva, uma nova personagem na série,a grande parceira de Chris em Resident Evil 5 e que faz parte da BSAA africana. Mais detalhes da história? Jogue e descubra você mesmo.

Por que isso? Simples. Resident Evil 5, ao contrário da quarta versão, apresenta uma história consistente e que agradará aos fãs. Para não prolongar demais em comparativos com Resident Evil 4, considere RE5 sendo o jogo que pega todas as boas características de RE4 e as trabalha melhor. Dado esse fato, RE5 virou mais um jogo de ação do que Survival Horror, e é aí que se encontra a maior discussão entre os fãs. Porém, note: sendo ou não Survival Horror, Resident Evil 5 é um excelente jogo e mais adiante veremos o porquê.

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A ação de Resident Evil 5 se desenrola na África, razão pela qual a maior parte dos inimigos lembra o povo e a fauna da região. Não, você não verá leões e nem girafas afetadas por armas biológicas, mas enfrentará crocodilos e todos os tipos de africanos que possa imaginar. Essa, aliás, é uma parte preocupante. Muitos inimigos são parecidos uns com os outros. Mesmo com todos os avanços tecnológicos que sofremos, ainda vemos vários "Majinis" (nome dado aos "zumbis" do jogo) clones. Infelizmente. Excluindo esse detalhe, o game é perfeito graficamente e é esse um dos seus maiores atrativos. A variedade dos ambientes e os efeitos em todos eles é impressionante, sem contar a física dos objetos – boa parte interativa. A parte sonora também é incrível. Os sons lembram muito o ambiente em que o jogador se encontra, somado à sincronização labial dos personagens com o diálogo em inglês – algo raro em jogos produzidos por empresas japonesas.

A jogabilidade é um ponto crucial de discussão de Resident Evil 5. Seguindo exatamente o que foi dito no início dessa análise, a Capcom disponibilizou a opção de customização do controle idêntica à quarta versão da série. E, pessoalmente, é essa a que mais me agradou. Já a opção padrão do jogo consiste na possibilidade de "andar de lado" (strafe) com o analógico da direita, tornando o game mais dinâmico. Mas isso só é possível quando o personagem anda. Ao correr, essa função desaparece. Além disso, essa jogabilidade nova adiciona a possibilidade de se mirar com L1 e atirar e usar a faca com R1 e R2. Há outras duas opções de controle, mas são apenas mesclas da jogabilidade antiga com a nova.

Além de a jogabilidade se manter intacta, outros elementos também continuam presentes, como os QTE (Quick Time Events, inaugurados pela primeira vez em Shenmue de Dreamcast, e usados em Resident Evil 4), cinemáticas nas quais o jogador precisa apertar botões que aparecem na tela para conseguir sobreviver. Elementos novos, como um sistema de "cover" (cobertura), foram inseridos.

O fator inédito de Resident Evil 5 é, sem dúvida, o modo cooperativo. O game inteiro foi pensado e projetado para isso. Tanto que, ao jogar sozinho, a CPU controlará Sheva, ao invés de você jogar somente com Chris. A inteligência artificial de Sheva é um pouco problemática. Você deverá ter jogo de cintura, pois ao ver um Majini, a CPU gastará toda a munição que tiver para derrotá-lo, ao invés de economizar ou deixar você matar. Entretanto, existem comandos que podem ser executados através do botão círculo para que Sheva obedeça você. Mas, mesmo assim, nada supera a inteligência humana, ou seja, um amigo ou conhecido seu controlando o boneco.

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Dado o fato de que Resident Evil 5 foi projetado para ser cooperativo, inúmeros puzzles (que são pequenos e poucos na jornada) dependem dos dois personagens; os Majini são em um número tal que somente dois jogadores conseguem eliminá-los e assim por diante. No modo cooperativo, há três opções: com a tela dividida (local, offline) ou online, quando pode ser um amigo seu convidado através da XMB ou uma pessoa qualquer ao redor do mundo. O uso do headset para o modo cooperativo online é indispensável. Até você acessar a XMB para enviar a mensagem, o inimigo já decepou a sua cabeça. Falando em morrer, se um dos dois morrer, é "Game Over" na hora, reforçando ainda mais o trabalho em equipe.

O jogo inteiro é com Chris e Sheva. Não há um momento em que os dois se separam. Então, aqueles que se preocupariam com cada personagem ter um caminho exclusivo, só precisam se preocupar em determinados momentos em que os dois personagens se separam – mas essa separação é curta e no mesmo local. E ainda, pode ser determinada pelos jogadores, basta fazer com que Chris (ou Sheva) seja o primeiro a caminhar no local com a futura divisão de caminhos. Outro caso semelhante é em um barco, onde um deve dirigir e outro atirar. É possível escolher quem deve fazer o quê.

O inventário é único e não é possível aumentá-lo. Chris e Sheva possuem os seus próprios. Você pode, no entanto, guardar os itens e armas em uma espécie de baú infinito que está disponível entre as missões, quando você morre ou quando inicia o jogo. Nessa mesma tela, você pode vender todos os tesouros que adquirir na aventura. Um detalhe: você não sabe para quem está vendendo, pois não existe mercador. Com o dinheiro, é possível comprar armas, First Aid Sprays (recuperar vida, como as ervas que ainda existem, mas somente durante a jornada) e melhorar as armas. Melhorando todas as armas, você ganha algo que não posso falar. Mas fica a dica para que você não ignore essa característica.

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Resident Evil 5 possui uma jornada relativamente curta. Em cerca de 10 horas, é possível terminá-lo, não importando como você jogue. O que atrai o jogador por mais de 40 horas de jogo são seus extras. Além de todos os trophies – os quais não são impossíveis de pegar como outros jogos de PlayStation 3 – há destraváveis (miniaturas 3D, armas com munição infinita, roupas para Chris/Sheva e mais), como Mercenaries e o Versus. Sem contar que você terminará a jornada principal inúmeras vezes, seja com amigos ou sem amigos, para conseguir habilitar tudo que o jogo oferece.

O modo Mercenaries, mencionado anteriormente, é um modo no qual você escolhe um personagem – sendo que dois deles não são Chris e Sheva – a principal atração desses destraváveis – e precisa matar o maior número possível de Majinis em um tempo determinado. Analisando friamente, é um modo "arcade" de Resident Evil 5 e também pode ser jogado por duas pessoas.

Já o modo Versus é um DLC (conteúdo adicional para download) pago (US$5,99) e lembra muito o Mercenaries, exceto pelo fato de que é possível agora atirar nos outros jogadores. Há dois modos distintos: Slayers e Survivors. O modo Slayers consiste em quem matar mais Majinis. Já o Survivors é um simples "deathmatch", ou seja, cada um por si. Ambos os modos podem ser jogados em times.

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Exceto os modos Mercenaries e Versus, Resident Evil 5 pode ser considerado um jogo de ação com elementos de terror. Mas o fato de maior discussão é: "por que em RE5 não é possível andar e atirar ao mesmo tempo?". Não há explicação para isso, mas em minha opinião, a Capcom escolheu essa opção para aumentar a tensão no game. E eu aprovo. Resident Evil 4 passava medo? Em algumas partes, como nos Regenerators, sim, passava. Mas a maior parte era de pura ação e tensão (ou você se assustava com um "mierda"?). E é exatamente essa a palavra: tensão. É esse o novo "medo" que a série Resident Evil passa. Pode ter diminuído com a inclusão do modo cooperativo, mas garanto que há momentos, principalmente contra chefes, em que você sentirá um leve frio na barriga. E é aí que a magia da série se mostra presente nesta nova fase.

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