Remnant From The Ashes – Subject 2923 – Review

A última expansão planejada para Remnat: From the Ashes finalmente foi lançada e, ao que tudo indica, vai encerrar totalmente o suporte ao jogo depois de 1 ano de seu lançamento. Ainda que tenhamos atualizações com possíveis correções de bugs e mais, tanto a já lançada DLC Pântano de Corsus quanto a mais nova Subject 2923 foram os conteúdos extras que tivemos para uma das boas surpresas dessa geração.

Diferente de sua primeira expansão, onde o que mais foi agregado ao jogo foram um novo modo de jogar e também mais itens, a Subject 2923 é uma experiência totalmente diferente. Aqui temos ligação diretamente com a história do jogo base e complementa vários pontos dessa. A intenção da última expansão é realmente fechar a história que foi apresentada, criar mais motivos para o jogador voltar ao mundo de Remnant e se divertir um pouco mais com algumas novidades.

Em Subject 2923 surge uma chance de ir nos primórdios do surgimento da Raiz, grande inimigo do jogo. Explorar uma estação de pesquisa abandonada e onde provavelmente foi o primeiro foco da infestação pode dar indícios de descobrir como acabar com esse mal de uma vez por todas e ainda descobrir mais sobre o mistério dos Sonhadores. A história gira em encontrar a origem da Raiz na Terra, mas eventualmente se torna algo maior do que almejado, fazendo o jogador desbravar um novo mundo, novos inimigos e desafios inesperados.

A campanha e exploração em Subject 2923 acontecem de maneira similar ao jogo base, em que ao mesmo tempo expandem a lore do universo com a inclusão de novos personagens e sua relação com a Raiz e principalmente com o impacto dos sonhadores no mundo. Mesmo que o final possa indicar a primeira vista um certo caminho, na realidade abre precedentes para um futuro ainda melhor e com o que pode vir a acontecer na franquia em uma provável sequência.

A maior parte da expansão acontece no novo mundo de Reisum, um local congelado e que abriga inimigos inéditos no jogo. Espécies de ratos alienígenas e mutantes serão a maior resistência aqui. Modificações desses inimigos para formas maiores, pesadas ou focados em magia e ataques a distância. Enfrentar opções diferentes aqui é uma grata novidades, mesmo que no fim das contas ainda lembram inimigos padrões do jogo base.

Entretanto, destaque para isso fica por conta dos novos chefes de cenários. Algo que era incômodo no jogo base era ter chefes que compartilhavam a mesma dinâmica de luta. Quase sempre o chefe atacava, tomava dano e chamava uma horda de inimigos menores. Isso era praticamente 80% das batalhas de chefes no jogo original. Na última expansão essa dinâmica muda, com chefes sendo mais peculiares e não dependendo desnecessariamente de invocar dezenas e inimigos menores a todo momento.

O novo mundo de Reisum também traz um novo perigo. Por ser um planeta totalmente congelado, frequentemente o jogador sofre com o novo status de gelo. Seja pelo ambiente ou por ataques de inimigos, é possível que ficar imóvel ou lento devido ao frio seja constante, além de haver um enorme prejuízo a visão do jogador devido a um ataque de gelo de um inimigo específico. O novo elemento é interessante e vai forçar a busca por equipamentos e itens que previna esse malefício.

Como no jogo base, a nova localidade é repleta de segredos e também afetada pela aleatoriedade. Há dungeons, itens, chefes e equipamentos que demandam um longo trabalho para serem encontrados, além de precisar reconstruir o mundo no modo aventura para experimentar locais ainda não explorados e objetos não recolhidos.

Além de inimigos já citados, um novo status e, logicamente, armamentos, armadura e itens, a jogabilidade de Remnant não teve alterações, continuando tão boa quanto no jogo original. As maiores novidades da expansão ficam principalmente pelo avanço da história da franquia e uma construção ainda maior do universo do jogo. Muito disso só deverá ser mais explorado no futuro, mas já indica que há material de sobra para usar, enquanto a Gunfire Games consegue adicionar novos materiais ao título sem perder sua essência.

Uma pena que essa DLC não incremente tanto assim ao sistema de endgame do título. Não deveremos ter mais material referente a isso, ficando essa parte do jogo a cargo mais da aleatoriedade e repetição de mundos pelo modo aventura ou principalmente ao Survival que foi implementado na expansão Pântano de Corsus. Há de se entender que o jogo é muito mais focado na narrativa e cooperação, mas há potencial para mais além disso. Eventos específicos, atividades desafiadores e únicas ou algo como incursões poderiam caber facilmente no jogo, além de uma expansão mais agressiva ao conteúdo já disponível, como dungeons reutilizadas em formatos diferentes, com acréscimos de algo que incentive o jogador a voltar e conquistar algo único dali.

Jogo analisado no PS4 Pro com código fornecido pela Perfect World Entertainment.